ecos do silêncio

1 0 0
                                    

**Capítulo 24 ** ecos do silêncio

Anne acordou naquela terça-feira com uma sensação de que o dia seria diferente. O sol entrava pelas cortinas, mas a ideia de ir à escola não a animava. Ela se virou na cama, olhando para o relógio. As horas passaram e, em um impulso, decidiu que não iria. Precisava de um tempo para processar tudo o que havia acontecido, especialmente a briga com Atlas.

Durante a manhã, Anne se permitiu relaxar em casa. Ela tomou um café da manhã tranquilo e assistiu a alguns episódios de sua série favorita, tentando distrair a mente. Mas mesmo assim, seu pensamento sempre voltava para Atlas — para a maneira como ele a olhou no sábado, a frustração em suas vozes.

Ao longo do dia, ela fez algumas tarefas escolares que havia deixado de lado. Mas havia um burburinho dentro dela, uma expectativa que não conseguia ignorar. O que Atlas estaria fazendo? Estaria pensando nela também? A incerteza era angustiante.

Quando o sol começou a se pôr, Anne ouviu o som de batidas na porta. Seu coração acelerou. Poderia ser alguém conhecido ou apenas um vizinho? Com um misto de ansiedade e esperança, ela se levantou e foi até a porta.

Ao abrir, deu de cara com Atlas. Ele estava parado ali, com suas mãos nos bolsos e uma expressão que misturava nervosismo e determinação. O ar entre eles parecia carregado de emoções não ditas.

— Oi, Anne — ele disse, tentando sorrir, mas seu olhar traía a preocupação.

— Oi... — ela respondeu hesitante.

Atlas respirou fundo antes de falar novamente. — Eu vim aqui porque precisamos conversar sobre sábado.

Anne assentiu lentamente e fez sinal para ele entrar. O clima estava tenso enquanto eles se sentavam no sofá da sala.

— Eu... eu não queria que aquilo acontecesse — começou Atlas. — As coisas saíram do controle muito rápido. Eu só queria que você entendesse meu lado.

Anne olhou para ele, tentando reunir coragem para expressar seus sentimentos. — Eu sei que os dois temos nossos pontos de vista. Mas eu me senti tão magoada com o que você disse...

Ele abaixou os olhos por um momento antes de continuar. — Eu também me senti mal por tudo aquilo. Não era minha intenção ferir você. Às vezes eu fico tão frustrado e acabo falando coisas que não quero dizer.

O silêncio preenchia o espaço entre eles enquanto Anne refletia sobre suas palavras. A sinceridade nos olhos dele fazia seu coração acelerar novamente.

— Eu só... quero que possamos resolver isso — disse Atlas finalmente, olhando nos olhos dela. — Você é importante para mim, Anne.

Ela sentiu uma onda de emoção ao ouvir isso e decidiu ser honesta também.

— Você sabe que eu gosto de você, mas precisamos ser sinceros um com o outro — disse ela firmemente. — Não podemos continuar assim sem resolver nossas diferenças.

Atlas assentiu lentamente, percebendo que aquele era o momento certo para mudar as coisas entre eles.

— Então vamos fazer isso! Vamos conversar sobre tudo e esclarecer as coisas agora! — exclamou ele com determinação.

E assim começaram uma conversa franca e profunda sobre seus sentimentos, medos e expectativas. Eles discutiram não apenas a briga do sábado, mas também suas inseguranças e esperanças para o futuro da amizade deles.

No final daquela conversa intensa, ambos sentiram um peso ser retirado das costas. Embora ainda houvesse muito a ser resolvido entre eles, sabiam que estavam dispostos a lutar pela amizade e pelo entendimento mútuo.

Atlas sorriu levemente ao dizer: — Então estamos juntos nessa?

Anne sorriu de volta, aliviada por finalmente terem falado abertamente sobre tudo: — Sim! Juntos nessa!

O clima entre eles mudou rapidamente; as palavras tinham criado uma conexão mais profunda do que jamais imaginaram ter. Atlas inclinou-se lentamente em direção a Anne e seus lábios finalmente se encontraram em um beijo suave e cheio de carinho. Era como se todo o peso das desavenças tivesse desaparecido naquele toque delicado.

O beijo logo se intensificou; as mãos começaram a explorar os rostos um do outro enquanto as emoções fervilhavam dentro deles. A tensão acumulada finalmente se transformou em algo mais profundo e apaixonado.

Com um olhar cúmplice nos olhos, Anne puxou Atlas pelo braço em direção ao quarto dela. A atmosfera estava carregada de desejo e expectativa enquanto eles entravam no espaço íntimo dela.

Ali, cercados pelo calor da conexão recém-descoberta, eles se entregaram completamente um ao outro; cada toque e cada suspiro eram reflexos do amor e da paixão que estavam prontos para explorar juntos pela primeira vez.

E assim começou uma nova fase na relação deles: cheia de promessas de sinceridade, compreensão mútua... e agora também amor físico.

---

***𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜𝑠 𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑜𝑠***  (Soft)Onde histórias criam vida. Descubra agora