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O sinal tocou, anunciando o fim da última aula, e eu não via a hora de ir para casa. Só queria um momento de paz, mas sabia que era impossível com Walker por perto. Ele estava encostado na parede do corredor, me esperando com aquele sorriso de quem já tinha uma piada pronta na ponta da língua.

— E aí, Serena? — ele chamou, aquele tom provocador inconfundível. — O que você acha de finalmente me levar a sério hoje?

Revirei os olhos, mas não pude evitar sorrir de volta. — Levar você a sério? Você nem saberia o que fazer se eu realmente levasse — provoquei, passando por ele sem diminuir o passo.

Ele me seguiu, rindo. — Acho que você me subestima. Se me levasse a sério por cinco minutos, aposto que acabaria se apaixonando de vez.

— Nossa, Walker, como você é humilde — respondi, jogando o cabelo para o lado. — Mas não se preocupe, ainda não chegou a hora de eu cair no seu charme barato.

Ele colocou a mão no peito, fingindo uma expressão ofendida. — Charme barato? Eu diria que é uma verdadeira pechincha! — E então, chegando mais perto, sussurrou: — E funciona em você toda vez, sabia?

Senti um arrepio percorrer minha espinha, mas mantive a pose. — Funciona? Em mim? Talvez você esteja confundindo as coisas, Walker. Eu só estou me divertindo com você.

— Se está se divertindo, então estamos no caminho certo — ele riu, dando de ombros. — Porque eu me divirto muito mais quando você está por perto.

Eu bufei, mas minha vontade de sorrir era quase impossível de conter. Leena apareceu do nada, interrompendo o nosso pequeno duelo verbal.

— Ei, amorzinhos, vocês dois vão ficar flertando aqui no corredor ou vão se juntar a nós para uma conversa de verdade? — ela brincou, piscando para mim.

— Vou pensar se vale a pena — brinquei, cruzando os braços. — Vocês estão falando sobre o quê?

— Ah, sobre as aventuras do nosso querido Walker na arte do flerte fracassado — Leena disse, rindo. — Parece que ele anda precisando de algumas dicas.

Walker revirou os olhos dramaticamente. — Claro, porque todas vocês são tão especialistas nisso, né? Aposto que não sobreviveriam a uma semana sendo eu.

— Previsível? — ele riu, fingindo incredulidade. — Eu sou tudo, menos previsível. E para provar isso, o que acha de largar tudo e fazer algo realmente divertido hoje?

Revirei os olhos, sem conseguir segurar o sorriso. — Divertido? Não sei se confio na sua definição de diversão, Walker.

Ele se aproximou, os olhos brilhando. — Ah, confia sim. Porque a minha ideia é ir para o parque de diversões que acabou de chegar na cidade. Vai me dizer que não está interessada?

— Parque de diversões? — perguntei, fingindo ponderar. — Pode ser que eu esteja interessada... — dei uma pausa dramática. — Ou pode ser que não.

Walker fez uma expressão fingidamente desesperada. — Nossa, Serena, não faz isso comigo! Prometo que, se você vier, te ganho um urso de pelúcia gigante naquelas barraquinhas de tiro ao alvo.

Cruzei os braços, mantendo o ar de dúvida. — O que me garante que você vai conseguir acertar o alvo?

— Ah, eu tenho meus truques, — ele disse, piscando. — Além disso, se eu falhar, podemos ir naquela montanha-russa assustadora e ver quem grita primeiro.

Revirei os olhos de novo, mas ri, finalmente. — Tudo bem, Walker, você me convenceu. Mas só porque eu adoro montanhas-russas, não por sua causa.

Ele sorriu, satisfeito. — Claro, claro, continue dizendo isso. Eu sei que no fundo, você só quer passar mais tempo comigo.

CHASING DREAMS, walker scobell Onde histórias criam vida. Descubra agora