Kelly Severide, tenente do esquadrão 3 dos bombeiros de Chicago, o homem mais cobiçado e pegador da cidade e do distrito 51, sempre achou que a sua vida seria assim até o resto dela...
Mas tudo muda ao conhecer Isabelle Rizzo, 10 anos mais nova que...
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— Estou indo — Foi a última coisa que escutei antes de olhar tudo em volta na minha casa e sentir o choque do chão contra o meu corpo.
Tempos atrás...
— Onde você está? Se não chegar aqui agora, vou desligar os aparelhos da sua querida mamãe e ainda você apanha! Entendeu Isa...? — Sinto meu estômago embrulhar, desligo o telefone segurando as lágrimas.
— Preciso ir... — pego minhas coisas e saio correndo, ao chegar na porta esbarro em alguém. — Me desculpa... — Levanto minha cabeça e vejo ele...
Saio correndo para um ponto de ônibus próximo, logo o ônibus chega e vou para casa.
Abro a porta devagar, vejo a casa toda escura, entro com cuidado, fecho a porta, quando dou mais um passo, sinto uma pancada na minha cabeça, acabo caindo no chão gelado.
— Quando fala da mamãezinha dela, ela vem correndo — Escuto sua risada diabólica, sinto minha cabeça latejar.
— Tomás... — Coloco a mão na cabeça, tento me levantar, mas ele me chuta, sinto minhas costelas queimar — Aí!
— Onde você estava até agora!? — Coloca seu pé em meu rosto, sinto as lágrimas descer. — Me responde vagabunda!!! — Pressiona seu pé contra o meu rosto.
— Sai com umas amigas.... — Minha voz sai fraca.
— Amigas é? — Gargalha, ele aproxima o seu rosto no meu, sinto algo me molhar...
Ele cuspiu em mim...
Ele me espancou...
Porque alguém pode ser tão mau assim?...
Abro os meus olhos, olho ao redor, lembro de tudo que aconteceu, vejo que ainda estou no chão da sala, tento me levantar, sinto dores no meu corpo todo, me levanto com dificuldade, ergo minha camisa, a região da minha barriga e costela está toda roxa e dolorida, solto um suspiro e uma lágrima cai.
Me lembro da sua ameaça quando me ligou, vou até o quarto da mamãe, vou me encostando na parede, como ainda está tudo escuro lá fora, assim que entro no quarto acendo a luz, vejo mamãe dormindo, seu aparelho está ligado, suspiro aliviada.
— Mamãe... — Minha voz sai embargada e fraca, passo a mão em seu rosto e dou um beijo.
Vou até a sua caixa de remédio, pego um frasco de morfina e a seringa, aplico em minha veia, me encosto na parede e escorrego até o chão, sinto as dores sumindo e acabo apagando.
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