Kelly Severide, tenente do esquadrão 3 dos bombeiros de Chicago, o homem mais cobiçado e pegador da cidade e do distrito 51, sempre achou que a sua vida seria assim até o resto dela...
Mas tudo muda ao conhecer Isabelle Rizzo, 10 anos mais nova que...
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Estou brincando com mamãe em um parque do lado de casa, ela corre atrás de mim enquanto eu corro entre os brinquedos, nossa vida sempre foi assim, ela me busca na escola, brincamos muito no parque e depois vamos para casa, tomo banho, janto e me deito para dormir.
Estou correndo, quando olho para trás não vejo mais a mamãe, começo a caçar ela em todo o lugar do parque, vou até de baixo do escorrega enorme, quando me deparo com a mamãe deitada no chão coberta de sangue.
— Mamãe? Mamãe, acorda! — Balanço seu corpo, mas nada dela se mexer. — MAMÃEEEEE!
— MÃE!? — Me levanto da cama assustada, sinto o meu suor escorrer sobre meu rosto, coloco minhas mãos sobre ele e respiro fundo. — Foi só um pesadelo idiota Isabelle... — Olho no relógio do lado da minha cama, 04horas da manhã, saio do meu quarto, passo pela sala e vejo Tomás sentado em sua poltrona como sempre, com certeza está até a tampa de bêbado.
Vou para o quarto da minha mãe, ela está dormindo, verifico seus batimentos no aparelho, passo mão em seu rosto fazendo carinho.
— A senhora vai sair dessa mamãe... Vamos conquistar o mundo juntas... — Mamãe teve um derrame a um ano atrás, depois nunca mais foi a mesma... Está acamada, eu cuido dela o tempo todo, só nas horas que estou no trabalho que o idiota do Tomás olha ela, mas ele como marido, não faz mais que a sua obrigação cuidar dela.
Volto para o meu quarto, tomo um banho e coloco minha roupa de correr, todos os dias antes de ir para o Med, corro pelo menos uns quarteirões, prendo meu cabelo em rabo de cavalo, coloco meu tênis, saio de casa na ponta do pé para o idiota do meu padrasto não me vê.
Depois de correr, volto para casa às cinco e meia, meu padrasto ainda está dormindo, vou para o meu quarto, tomo banho e me arrumo, coloco meu uniforme de recepcionista do hospital, arrumo meu cabelo e vou para o quarto da mamãe, coloco os remédios em sua veia, e com ela já acordada troco sua roupa e fralda, passo um lenço umedecido nela, e vou preparar seu café da manhã.
Começo a preparar o café, estou fazendo ovos mexidos quando sem querer derrubo um copo de alumínio no chão, meu coração gela, pois Tomás não gosta de ser acordado, me abaixo para pegar o copo, quando me levanto, deparo com ele me encarando com uma cara nada boa.
— Não sabe fazer nada quieto? Tem que me acordar?— Seu tom de voz sai grosseiro e me tremo do pé a cabeça.
— Me desculpa Tomás...
— Sempre com as suas desculpas! Já que me acordou, faz o meu café — Me encara, e logo sai da cozinha.
Faço o café da manhã dele e da mamãe, deixo o dele na mesa e vou para o quarto dar o da mamãe.
— Bom dia mamãe... Dormiu bem? — Ela sorri — Trouxe seu café... Tá do jeitinho que a senhora gosta... — Começo dar para ela e vejo um sorriso sair em seus lábios — Gostou? — Ela tenta balançar a cabeça e dou um sorriso.
