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O QUARTO DE LITHYE estava imerso em sombras, iluminado apenas pela luz prateada do luar que entrava pela grande janela aberta. As cortinas dançavam suavemente com a brisa noturna, e, perto da janela, Lithye chorava silenciosamente. Seus soluços eram baixos, quase inaudíveis, mas, ainda assim, cheios de angústia. A raiva e a vergonha do jantar ainda ardiam em seu peito.
DALIA abriu a porta do quarto com cuidado, seus passos silenciosos enquanto se aproximava da filha. Ao ver sua filha assim, seu coração apertou. Aproximou-se lentamente, os olhos suavizando enquanto se ajoelhava ao lado dela, colocando a mão delicadamente sobre o ombro da ruiva.
—Lithye... — Começou Dallia, a voz suave como a brisa. — Sei que foi um jantar difícil, mas sua atitude... foi impulsiva. Você precisa aprender a se controlar, especialmente em situações como essa.
A pequena, ainda de costas, enxugou rapidamente as lágrimas com a mão, a voz rouca de emoção.
— Eu sei, mãe... Mas... às vezes... eu simplesmente não consigo. A raiva... toma conta de mim, e quando percebo, já fiz algo que não devia. — Lithye respirou fundo, tentando se acalmar.
Dallia sorriu com ternura, colocando uma mecha dos cabelos ruivos da filha atrás de sua orelha. Com cuidado, começou a ajeitar os fios bagunçados de Lithye, um gesto que sempre acalmava a menina desde criança.
– Eu entendo, minha querida — Murmurou ela, continuando a arrumar o cabelo da filha. —Mas é importante que você aprenda a dominar esse fogo dentro de você. Ser uma Targaryen é saber quando deixar o fogo arder e quando mantê-lo sob controle.
Lithye fechou os olhos, apreciando o toque reconfortante da mãe. Um longo suspiro escapou de seus lábios. Depois de alguns momentos de silêncio, ela falou, a voz trêmula.
— Mãe... — Começou ela, hesitante. — Eu ouvi... eu ouvi sussurros pelos corredores. Dizem que... dizem que meu pai não é legítimo. Que ele não tem o direito de usar o nome Targaryen.
Dallia parou por um momento, mas não pareceu surpresa. Sabia que esses rumores sempre existiram, sussurrados por aqueles que queriam enfraquecer a posição deles na corte. A mulher respirou fundo e voltou a acariciar os cabelos da filha.
— Não é a primeira vez que ouço essas palavras, Lithye. — Admitiu Dallia, a voz tranquila. - Mas escute-me, minha querida, essas palavras são apenas isso, sussurros no vento, ditos por aqueles que não conhecem o valor real de sua família.
Lithye abriu os olhos, encarando o reflexo pálido de seu rosto na janela. Seus olhos estavam avermelhados pelas lágrimas, mas ela ainda parecia intensa, determinada. Em um sussurro, perguntou.