Say Don't Go + skyrus

Capítulo 10

A água caia, a compressa de gelo atingia sua pele e não importava com que fizesse o vermelho ainda permanecia no seu rosto. Sem acreditar, Cirrus rangeu e xingou ao colocar a máscara para esconder sua ferida. Sem olhar para trás, ele saiu correndo do banheiro para porta sem olhar nos olhos de Jisu que estava também pronta para sair.

Um estrondo da porta foi ouvido, e Jisu foi atrás de Cirrus com raiva e o puxou pelo braço:

— Você me pediu autorização para sair hoje? Volte! — As unhas vermelhas da sua mão destacavam a personalidade ríspida e agressiva de Jisu, em contraste, os vermelhos de Cirrus refletiam sobre o olhar desalmado de Jisu.

— Que atitude é essa? Nunca se importou se estou vivo ou morto, faça o favor e saia da minha frente — exclamou, enquanto empurrava seu braço das unhas de sua madrasta.

— Não é dá minha conta, mas tenho meus contatos. Você matou metade da aula do cursinho, e ainda apareceu com essa mancha no rosto. Seu pai pode não aparecer nos próximos três dias, mas tenho provas de que você andou aprontando. Embora tenha me acertado com seu pai em relação a você, não quero que você me desobedeça. Volte para casa. — Apontando o dedo de volta para casa, Jisu fez com que Cirrus voltasse para o quarto, e mesmo querendo quebrar o dedo dela, Cirrus voltou atrás e a obedeceu.

— Não sai do seu quarto se eu tiver em casa. Nesse final de semana, evite ao máximo ter que ver o seu rosto.

Longe, madrasta de Jisu sabia que por mais que ele a odiasse, Cirrus ainda tinha medo do seu pai e usá-lo para humilhar ele era de longe bem infantil, mas ela ainda queria demonstrar o poder que ainda tinha sobre ele. Mesmo que fosse insignificante.

. . .

Em um dia tedioso em que rodeava a casa com Candy pela casa, Cirrus recebeu uma ligação de Chanil com um sorriso triste no rosto. Eles tinham que sair naquele dia, mas Cirrus não conseguiu ir. Com peito apertado e posição desconfortável, o ruivo ligou para Cirrus para contar a ele sobre o evento. Após uns 30 minutos discutindo sobre todos os assuntos existentes, sem ser retribuído com a mesma animação, o loiro só começou a discutir e a trocar mais palavras com seu amigo, somente após o assunto voltar a ser sobre ele de novo.

— Não se preocupe com meu machucado, é natural que eu e minha madrasta termos desentendimentos. Ela é dura comigo sempre que pode, e eu não me importo. Se ela é uma vadia que importuna minha vida, logo arranjarei um jeito de me livrar dela. — Com raiva, Cirrus segurou a coleira da Candy com força, ao mesmo tempo que se sentava e a observava comer a grama do quintal. - Ela me irrita tanto, você não sabe nem da metade.

Desde que falou sobre a morte da mãe, Cirrus vinha sendo bem sincero com Chanil em até certa medida. Em contraste, ele ainda ocultava o que fazia de errado, só para ouvir palavras afirmativas do ruivo no outro lado da linha.

— Você deveria falar com seu pai e fazê-la pagar por tudo, não é certo agredir ninguém — Com uma voz suave, o ruivo dizia calmamente para Cirrus se acalmar e não partir para vingança. O loiro fingia escutar, suspirando e criticando a inocência de Chanil em seus pensamentos. — Se não for possível que ela lhe deixe em paz, pode dormir aqui em casa por alguns dias.

Coçando a cabeça, Chanil se sentou na cama e envergonhado por dizer seus pensamentos em voz alta. Em contraste, Cirrus sentiu um arrepio na nuca que vinha e voltava, variando entre indiferença e estranheza.

— Você realmente estava sério, quando disse que ia me proteger, não é? — Com sorriso cínico nos lábios, Cirrus foi até a Candy e lhe deu petisco com pedaço de remédio no meio para enganá-la. — Bem, obrigado, ninguém fez isso por mim.

Sentindo Chanil corar mais fortemente no outro lado da linha, Cirrus sorriu vitorioso. — Sabe, tive receio em contar, mas o coordenador me deu uma tarefa muito complicada envolvendo um garoto problemático. E sinto que ele precisa de novos amigos para se afastar de companhias ruins, principalmente de um certo alguém...