Bem vinda?

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Minha cabeça está latejando de dor, ainda com minha visão turva, começo a olhar em volta tentando descobrir onde eu estou.
Um elevador? Aparentemente estou em uma espécie de elevador que sobe rapidamente para cima, com caixas em volta de mim, em um movimento desesperado eu começo a abrir as caixas, deve ter alguma coisa que me tire daqui, seja lá onde eu esteja.
Por sorte, na primeira caixa que eu abro, acho uma faca, eu não sei onde vou chegar quando o elevador parar, então a faca será útil, guardo ela na minha cintura, enquanto começo a olhar uma gaiola, ouço um barulho e um animal se aproxima raivoso para frente, quase no mesmo momento que corro para o outro lado o elevador começa a subir mais rápido e para me fazendo desequilibrar e bater a cabeça no chão, perdendo a consciência novamente.

– É uma garota?! – Quando estou voltando ao normal, escuto garotos falando e já me preparo para pegar a faca na minha cintura.
Eu tiro a faca lentamente e abro os olhos vendo um garoto loiro na minha frente.
– Está acordada? – O loiro pergunta segundos antes de eu passar a faca na mão dele, sorte a dele que eu estou tonta, era para ter sido o braço.
– Não me toque! – Digo antes de desmaiar no chão novamente.
– Droga, novata.

Quando estou recuperando a consciência pela segunda vez, vejo que novamente estou em um lugar diferente, olhando em volta vejo que estou em uma cama com alguns instrumentos médicos do meu lado, então esse lugar tem área médica.
Mas afinal, onde eu estou? Quando percebo que não lembro de nada, e não tem ninguém me vigiando saio disfarçadamente do lugar, até o momento que eu estou fora da cabana e percebo que o lugar onde estou é rodeado de muros, não é possível, aqui deve ter uma porta, um túnel, qualquer coisa.
Com base nessa esperança, eu saio correndo em direção aos muros,escuto os garotos gritando enquanto vejo os muros se abrindo e vou indo em direção a eles.
Quando estou quase entrando para dentro dos muros, um garoto me empurra, me fazendo cair no chão, acho que o chão deve gostar muito de mim, não é possível, acho que é a terceira vez hoje.
– Você é idiota? Você não pode entrar no labirinto! – Diz o garoto que me empurrou.
– Saí de perto de mim! – Coloco a mão na minha cintura procurando a faca para me defender, quando percebo que não estou mais com ela, começo a pensar que era meio óbvio que iriam pegar ela, e agora?
– Para de ser idiota, estou tentando te ajudar, sou o Gally. – O garoto diz em um tom de raiva tentando se acalmar.
Até agora só vi garotos por aqui, esse Gally e aquele menino loiro que eu cortei a mão, na minha opinião seria um pouco melhor se uma garota viesse me ajudar.
– Estão se conhecendo? – Diz um homem mais velho vindo em nossa direção, ele se apresentou como Alby.
– Você vai conseguir se lembrar do seu nome em alguns dias, todos passamos por isso, fique tranquila. – Alby diz tentando me tranquilazar, se serve de ajuda ele está falhando.
– Eu me lembro de meu nome, me chamo Athena. – Meu nome é uma das únicas coisas que eu lembro, mas aparentemente já é muito coisa.
– Certo, isso é muito bom, vou chamar o Newt para te mostrar o lugar. – Diz indo em direção de alguns garotos.
Poderia ser qualquer um, qualquer garoto, menos ele.
– Então é você, fedelha da faca. – O garoto loiro diz, eu começo a olhar para mão dele enfaixada.
– Você é o Newt né? Me desculpe por isso, eu acho. – Digo para ele, analisando disfarçadamente o lugar.
– Enfim, como eu disse, esse é o Newt, ele comanda o lugar quando não estou por perto. – Aparentemente o garoto é importante aqui e eu já arrumei confusão, de certo modo, eu nada não ligo, ainda não confio neles.
– Pelo visto, vou ter que te apresentar o lugar, me siga,fedelha. – Durante o meu tour da clareira tive breves explicações sobre o funcionamento do lugar, quando descobri sobre os corredores, tive certeza que iria me tornar uma.
– Por que somos cercados por muros? Quem colocou a gente aqui? Como fazemos para escapar? Já tentaram escalar os mutos? Matar os verdugos? Descer com a caixa? Por que é enviado somente uma pessoa por mês? Por que eu sou a única garota? – Foram essas perguntas e outras que Newt me disse que não sabia a resposta.
Era quase o final do dia quando o garoto acabou de me mostrar tudo e todos.
– Esse é Minho, ele é o encarregado dos corredores. – Ótimo, preciso conversar com ele, afinal ele pode me ajudar a ser uma corredora.
– Prazer, sou a Athena, quero falar com você sobre ser uma corredora. – Estendo a mão para ele, sendo direta com minha ideia.
– Você não é louca, novata. – Newt disse começando a me dizer vários motivos para não ser corredora.
– Você é corajosa então? Falamos sobre isso depois. – Disse Minho apertando minha mão e indo em direção a fogueira onde estavam vários garotos.
– Toda vez que chega alguém fazemos uma festa para comemorar a chegada, então a festa é para você. – Diz o loiro percebendo meu olhar em direção a fogueira.
Caminhando em direção aos garotos sentarmos encostados em um tronco, e o garoto me ofereceu uma bebida.
– O que é isso? – Digo tomando e faço uma cara feia quando estou engulindo.
– É uma bebida que o Gally inventou, me dá aqui. – Diz ele tomando a bebida da minha mão e rindo.
– Isso é horrível! – Falo enquanto acompanho o garoto na risada.
Durante o resto da noite fiquei imaginando como seria o recomeço da minha vida aqui, independente do que acontecer vou fazer meu máximo para escapar.

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Primeira vez aqui, espero que gostem.
Se perceberem algum erro me avisem.
Vejo vocês no próximo capítulo!

Together again. - Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora