RE: ZERO - Ecos de Mundos Perdidos

Capítulo 3: Sombras na Estrada

Na vastidão do cosmos, além do que os olhos humanos poderiam alcançar ou os estudiosos mais sábios poderiam imaginar, existia um universo paralelo, moldado pelas mãos divinas. Esse universo era Arcalis - um mundo separado do tempo e do espaço conhecidos, onde os deuses escreviam suas epopeias e experimentavam com a mortalidade. A magia não era apenas uma habilidade rara ou aprendida, mas um sopro vital que penetrava em cada pedra, árvore, e ser vivo. Era o sangue invisível que corria pelas veias do mundo, conferindo a Arcalis uma beleza etérea e um mistério profundo.

Os Quatro Reinos Cada reino de Arcalis tinha sua própria alma, forjada por forças naturais e sobrenaturais. As fronteiras não eram apenas divisões geográficas, mas também barreiras de cultura, tradição e, acima de tudo, do próprio Ken - a energia vital que permitia aos seus habitantes canalizarem a magia do mundo.

• Reino do Sul: Um mar de planícies abrasadoras e desertos escaldantes dominava o Sul. Sob o sol impiedoso, a vida era forjada no calor e na dureza das dunas douradas. As pessoas desse reino eram tão implacáveis quanto o clima, conhecidas por sua maestria no controle do fogo. Não eram apenas guerreiros, mas ferreiros do destino, cujas habilidades em armas de combate eram as mais temidas em Arcalis. A capital, um verdadeiro oásis escondido entre muralhas de ouro, brilhava como uma joia no deserto. Governada por líderes de pulso firme, essa fortaleza irradiava uma aura de poder inabalável, e a supremacia do Sul sobre os outros reinos era mantida com um rigor inquestionável.

• Reino do Leste: Se o Sul era rude, o Leste era o oposto - sereno e sábio. Aqui, florestas densas e montanhas imponentes dominavam a paisagem. O ar era saturado com o cheiro de terra úmida e musgo, enquanto riachos límpidos serpenteavam entre os vales. O Ken da terra e da água fluía pelos dedos dos habitantes, como uma extensão de seus próprios corpos. A capital, uma cidade aninhada entre montanhas que tocavam o céu, era um centro de sabedoria ancestral. Os que viviam aqui preservavam rituais antigos e segredos esquecidos - guardiões de um conhecimento passado de geração em geração, protegendo-o dos olhares curiosos do mundo exterior.

• Reino do Oeste: Oeste era uma terra de extremos, onde ventos tempestuosos uivavam e as costas rochosas eram constantemente batidas por mares traiçoeiros. Seus habitantes, destemidos navegadores, desafiavam as correntes do oceano e os perigos dos céus em busca de glória e riquezas. O Ken dos ventos tornava-os senhores dos mares, capazes de comandar as tempestades com uma simples palavra. A capital, um porto eternamente movimentado, era o coração pulsante do comércio em Arcalis. Aqui, acordos eram selados e promessas feitas ao som das ondas. Para os ocidentais, a vida era uma aventura sem fim, sempre à procura do próximo horizonte ou da próxima fortuna.

• Reino do Norte: No extremo oposto, o Norte era envolto por um silêncio frio e solitário. Cercado por florestas ancestrais e lagos que espelhavam os céus, o reino era um lugar onde o tempo parecia congelado. Subaru começaria sua jornada aqui, onde o frio era mais que físico - era um reflexo da austeridade de seu povo. O Ken no Norte era raro, quase uma lenda para muitos dos seus habitantes. Apenas uns poucos escolhidos tinham a habilidade de manipulá-lo com verdadeira maestria. A capital, uma fortaleza esculpida no gelo e nas pedras mais antigas do mundo, se erguia como uma sentinela gélida, governada por líderes que honravam a tradição com uma severidade fria. No entanto, sob essa superfície de gelo, escondiam-se segredos há muito enterrados, esperando para serem desenterrados.