Capítulo 2: O Despertar no Mundo de Arcalis

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Subaru despertou com um estrondo em seus sentidos, confuso e desorientado. A dor que sentia antes havia desaparecido, e o lugar onde ele se encontrava era tão surreal que ele se perguntava se estava sonhando ou se havia chegado ao paraíso. A paisagem diante dele era de uma beleza estonteante, como se ele tivesse sido transportado para um fundo de tela do Windows XP, mas com uma vivacidade e riqueza de detalhes que tornavam a imagem quase mágica.

O verde vibrante das árvores e a calma superfície do lago refletiam um céu azul profundo. A serenidade do lugar parecia quase onírica. Subaru tentou processar o que via, suas dúvidas e confusões misturando-se em sua mente. Ele estava deitado sobre um leito de grama macia, vestindo roupas de camponês que não reconhecia. Seu traje era simples, composto por uma camisa de linho branco com um colete de couro marrom, calças de algodão e botas resistentes. Parecia algo saído diretamente de um livro de fantasia.

Levantando-se com dificuldade, Subaru seguiu em direção ao lago, sua mente ainda girando com as perguntas. Ao chegar à beira da água, ele viu algo que desafiava toda lógica. Um homem estava de costas para o lago, usando uma vestimenta longa e fluida que se assemelhava a um vestido, adornado com um broche em forma de sol no peito. O homem segurava uma varinha que parecia brilhar com uma luz mágica. À sua frente, havia um grupo de onze crianças, sentadas em fila, observando com olhos fascinados.

O homem com a varinha começou a balançá-la com um gesto gracioso. Em um tom de voz encantador, ele entoou uma palavra mágica em uma língua que Subaru nunca havia ouvido antes. A magia foi conjurada com um esplendor encantador. Bolhas de água começaram a se elevar do lago, subindo lentamente e refletindo as cores do arco-íris ao sol. À medida que as bolhas alcançavam o céu, elas se transformavam em esferas de gelo que cresciam e se comprimiam até explodirem em flocos de neve que começaram a cair suavemente sobre as crianças.

"Yelmarionë," o homem pronunciou a magia, e a cena diante de Subaru parecia ainda mais espetacular. A água se ergueu e se transformou em uma neve encantadora que dançava pelo ar, cobrindo a área com uma camada de branco brilhante e cintilante.

Subaru observava a cena em estado de choque, sem conseguir entender completamente o que estava acontecendo. O som da magia, a beleza do espetáculo, e a sensação de estar completamente fora de seu mundo o deixavam sem palavras. Ele estava em um lugar que não fazia sentido com o que conhecia, um mundo onde a magia parecia ser uma realidade cotidiana.

De repente, Subaru sentiu um aperto em seu peito, como se alguém o estivesse apertando com força e depois soltando. Uma onda elétrica passou por todo o seu corpo, e ele ouviu uma voz ao seu lado dizer "Afastem-se!" Assustado, olhou rapidamente para o lado, mas não havia nada lá, apenas a brisa do vento balançando as folhas das árvores. Então, suas vistas começaram a escurecer, e, em um piscar de olhos, ele despertou novamente.

Agora, Subaru estava deitado em um leito de hospital, com a visão embaçada. Ele viu pessoas ao seu redor vestidas com roupas brancas que pareciam médicos, e um desfibrilador estava sendo usado em seu peito na tentativa de reanimá-lo. "Então, não passou de um sonho," pensou Subaru. "Isso que dá assistir a muitos isekais." Ele abriu um leve sorriso e voltou a dormir. O sarcasmo era sua principal arma contra a triste ansiedade depressiva.

Ao acordar novamente, tudo estava escuro, parecia que ele estava no meio do nada, do vazio. Então, uma luz apareceu, um clarão que ofuscava seus olhos. Ele conseguiu distinguir um vestido branco e cabelos loiros, mas não conseguia olhar diretamente nos olhos da pessoa devido à intensidade da luz que ela emanava.

"Meu nome é Elaria," disse a figura luminosa. "Eu sou a Deusa do Renascimento."

Subaru estava confuso e perguntou: "Como assim? O que está acontecendo?"

Elaria respondeu com um tom sereno: "Você, garoto, o que você fez? Nós temos vários universos, mas existem dois primordiais: o Céu e o Inferno. Você vivia na Terra, que chamaremos de Solara, e de alguma maneira, você se teletransportou para a Terra chamada Arcalis. Você morreu e deveria ter ido para o Esquecimento!"

Subaru ficou indignado e retrucou: "Não deveria ir para o Céu ou Inferno?"

Elaria riu suavemente. "Hahaha, não, senhor. Existem mundos que pertencem a nós Deuses, e os mortais, nossa criação, não vão para eles!

 E qual o sentido da vida, então?" - Perguntou Subaru.

"Não há sentido intrínseco. Vocês dão sentido à vida de vocês, assim como nós damos à nossa," respondeu Elaria.

Subaru ficou ainda mais confuso. "Então, é isso? Fui para outro mundo por engano e você me trouxe de volta para este? Não deveria renascer? Você não é a Deusa do Renascimento?"

"Sim, sou. Eu concedo a alguns seres a chance de renascer. Nunca notou que existem pessoas que são idênticas a outras que viveram bem antes delas nascerem? Eu revivo no mesmo mundo, não os envio para outros. De alguma forma, você foi parar em um mundo que não deveria! Sua morte foi aqui, neste hospital," Elaria explicou.

Subaru olhou para baixo e viu seu corpo no hospital, com os médicos anotando a hora da morte. "Não morrer para jogar GTA 6? Não brinca," pensou consigo mesmo. Era uma situação absurda, mas o verdadeiro motivo pelo qual não queria morrer era sua família. Ele tinha dois irmãos mais velhos, casados e com filhos, enquanto ele ainda era solteiro, com o sonho de ter sua própria família, mesmo que não fosse muito rica.

Elaria percebeu o pesar de Subaru e disse: "Eu só posso renascer pessoas um pouco antes de sua morte. Após a morte, as pessoas vão para o Esquecimento, um lugar onde não há como restaurar. Seu espírito continuava vivo e isso me indignou. Você não pertence mais ao mundo que conhecia. O pouco tempo que você passou em Arcalis fez com que você pertencesse a ele. Vou te enviar de volta para lá, mas saiba que aquele mundo é um lugar que os deuses adoram. Onde você vivia, os deuses quase não interagem com vocês. É como se fosse um universo esquecido por eles, mas onde você vai recomeçar, os deuses constantemente interferem. Não existe conceito de bom ou ruim para os deuses lá."

Ela continuou: "Vou te dar habilidades de status para que você possa sobreviver melhor. Lá, o Ken é o mesmo que magia ou chakra no seu antigo mundo. Com habilidades de status, você poderá acompanhar seu desenvolvimento, sua força, inteligência, habilidades de construção ou coleta, e o seu Ken. Você renascerá mais jovem; naquele corpo, você terá apenas 16 anos. Você conseguirá ler e se comunicar com os habitantes de Arcalis. E também..."

A voz de Elaria foi diminuindo, substituída por um zumbido alto como o de uma turbina de avião. Subaru despertou novamente, agora em seu novo mundo. Ele estava deitado em uma cama medieval com uma estrutura de madeira rústica e um colchão de palha coberto com cobertores de lã grossa. O ambiente ao redor era simples, com paredes de pedra e uma janela pequena.

Ao abrir os olhos, Subaru viu uma criança de aproximadamente seis anos, com cabelos escuros e um olhar curioso, parada ao seu lado. A criança estava vestida com roupas simples e parecia ansiosa. "Mestre, avô, ele acordou!" exclamou a criança.

Poucos momentos depois, uma figura familiar entrou no quarto. Era Elandor, o homem que Subaru tinha visto no lago realizando magia. Ele agora estava vestido de forma um pouco mais formal, mas ainda mantendo um estilo encantador.

"Ah, finalmente você acordou," disse Elandor com um sorriso acolhedor. "Eu sou Elandor. Como você está se sentindo? Você desmaiou e caiu de cara no chão".

RE: ZERO - Ecos de Mundos PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora