Meu Companheiro Destinos Traçados

Capítulo onze( Continuação )

Samantha sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O cheiro de Lucas, amadeirado e com um toque de menta, a invadiu como um sopro quente. Era um cheiro que ela conhecia de cor, que a acalmava e a excitava ao mesmo tempo. Era o cheiro do seu companheiro. O cheiro que a lembrava da ligação profunda que os unia, uma ligação que ela havia tentado negar, mas que se mostrava mais forte a cada dia.

A voz dele, rouca e melodiosa, a chamou pelo nome, e ela sentiu um tremor na garganta. Era a voz que a hipnotizava, que a fazia esquecer de tudo ao redor, que a levava para um lugar onde só existia ela e ele.

A fúria que ela havia sentido ao rejeitar o convite para a cafeteira ao tentar se libertar da força da ligação, se dissipou como fumaça ao vento. A necessidade de sentir seus lábios nos seus, de sentir o gosto dele em sua boca, a dominou por completo. A vontade de marcar seu pescoço com suas marcas, de mostrar ao mundo que ele era seu, a consumia por dentro.

Seus olhos, antes verdes, mudaram de cor, passando por tons de âmbar e cobre, até se fixarem em um vermelho intenso, quase ameaçador. Era a cor da paixão, da fúria, da necessidade. Era a cor da loba que despertava dentro dela, faminta por seu companheiro.

Samantha sentiu seu corpo se aquecer, a energia bruta da ligação pulsando em suas veias. Ela não conseguia mais negar, não conseguia mais lutar. Lucas era seu, e ela era dele. E o destino, com sua força implacável, os uniria novamente, mesmo que para isso fosse preciso quebrar todas as barreiras que ela havia construído.

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Lucas estava tão absorto em seus
pensamentos, imaginando como conquistar a menina de olhar selvagem que nem percebeu a presença do amigo. Estava perdido em um mar de ideias, tentando decifrar o enigma que era o sorriso dela, quando sentiu uma mão pesada batendo em seu ombro.

- Perdeu a manha, cara? - a voz do amigo o tirou de seus devaneios.

Lucas piscou, voltando para a realidade.

- Ah, oi, Bruno. Não, só pensando... - ele murmurou, sem querer revelar seus pensamentos.

- Pensando em quem? - Bruno insistiu, com um sorriso malicioso.

- Ninguém! - Lucas desviou o olhar para a mesa do outro lado do refeitório.

Bruno, esperto, percebeu a situação. "Ah, tá! A garota de olhar selvagem, né? Não me diga que você está apaixonado."

Lucas desviou o olhar, mas não conseguiu negar. "Talvez", ele murmurou, quase inaudível.

Bruno deu uma risada, percebendo que o amigo estava com a cabeça nas nuvens.

- Falando em outras coisas, fiquei sabendo que as meninas vão assistir ao treino de rugby hoje à tarde, depois da aula. - Bruno disse, mudando de assunto.

- Sério? - Lucas se animou, esquecendo por um momento da menina de olhar selvagem.

- É, vai ser pesado hoje. O técnico tá com o pé no pescoço! - Bruno completou, com um tom de brincadeira.

Lucas sorriu, já imaginando a adrenalina do treino e a chance de mostrar suas habilidades. Talvez, quem sabe, ele pudesse impressionar a menina de olhar selvagem durante a partida.

- Vou ter que me esforçar então!

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