NATE PAYNE
— Jogo da garrafa? Sério? — Alexa perguntou, olhando para Hayes com desânimo. — Isso não é jogo de criança? — Sua amiga loira esticou um cigarro para ela, que aceitou de bom grado, tragando-o profundamente.
— Não do jeito que jogamos, querida — ele a respondeu, depositando uma garrafa de vidro vazia no chão. Nenhum de nós pareceu se mover para acompanhá-lo. — Qual é? Vocês podem ao menos experimentar? — Revirei meus olhos, caminhando até o meu melhor amigo e me sentando ao seu lado. As garotas fizeram o mesmo, juntamente a mais algumas pessoas no cômodo. Hayes, então, posicionou vários tipos de tintas coloridas no chão e nos encarou, animado. — Me permitam fazer uma demonstração... — Ele girou a garrafa, que apontou para uma garota de cabelos azuis e piercing na sobrancelha. Hayes sorriu, abrindo um aplicativo em seu celular e apertando um botão escrito "sortear". Segundos depois, a palavra "seios" apareceu. Então, ele alcançou a tinta vermelha e parou em frente à garota.
— Então... Você vai pintar os seios dela? — perguntei, não achando o jogo tão interessante assim.
— Não. Eu vou chupar. — A garota o olhou com malicia e desabotoou sua blusa. — São tintas comestíveis... — explicou, fazendo uma linha vermelha nos peitos dela. Logo em seguida, ele agarrou a garota pela cintura, abocanhando seus seios. Ela soltou um gemido baixo.
Meus olhos correram imediatamente para Alexa, que tinha sua atenção focada na cena. Ela mordeu o lábio inferior, com desejo.
Imaginei qual parte do corpo dela eu chuparia...
— Então... — Tucker voltou a nos fitar, limpando seus lábios borrados de vermelho. — Ainda acham chato?
XXX
À medida que o jogo foi seguindo, mais pessoas começaram a participar, e algumas até saíram, destinadas a encontrar um lugar vazio para transarem. Eu tinha meu pescoço latejante e sujo de azul, graças a uma garota ruiva. Tucker Hayes já se encontrava sem camisa e tinha diversas cores espalhadas pelo seu corpo. Por alguma razão, a garrafa parava muito nele. A amiga de Alexa também tinha seu pescoço e seus seios pintados.
O jogo estava quente e interessante, porém eu ainda não havia conseguido o que queria...
Um garoto loiro girou a garrafa, e eu fiquei irritado ao perceber que ela havia parado em Alexa.
Merda! Eu queria ser o primeiro a deixar minha marca em seu corpo.
Hayes sorteou a palavra, e eu vi, frustrado, quando "interior da coxa" apareceu no ecrã. Observei, sedento de inveja, quando o garoto engatinhou até ela, pegando a cor laranja e desenhando uma linha nas coxas grossas da morena. Ela o encarou, com tesão, e abriu suas pernas para ele, não parecendo se importar de que todos nós podíamos ver sua calcinha.
Uma lingerie vermelha.
Foda-se!
O loiro se abaixou em direção a ela, passando sua língua contra a tinta devagar. Notei Alexa fechar seus olhos e jogar sua cabeça para trás, gemendo. Ela mordeu seu lábio inferior, apertando os fios de cabelo do garoto, que parecia deixar um chupão forte em sua pele. E quando a morena abriu seus olhos castanhos, ela os voltou para mim.
A ereção em meu jeans se tornou dolorosa.
— OK. Pombinhos... arrumem um quarto! — Carla anunciou, fazendo com que o loiro se afastasse. — Alexa, é sua vez! — A morena se ajoelhou, ajeitando seu vestido, antes de girar a garrafa de vidro. Senti meu estômago revirar, eufórico, quando o objeto apontou para mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
DEADLY POISON (DEGUSTAÇÃO)
Misterio / SuspensoDark Romance + Slow Burn + Suspense + Anti-herói + "Quem fez isso com você?". E se... E se... Alexa Hopkins deixou de se perguntar isso há um bom tempo. Ela vivia em festas, mesmo quando não sentia tanta vontade. Se drogava sempre que podia e bebia...