Um grupo de adolescentes é envolvido em uma onda de assassinatos sombrios. Unidos pela sobrevivência, eles seguem pistas e enfrentam o responsável, mas será que conseguirão acabar com o pesadelo antes que seja tarde demais?
Dean: Você deve estar se perguntando por que você está nessa lista de suspeitos também. Eu sinto muito em dizer, mas você também é suspeita.
Bia: Tá, mas por que a Kessia e a Anna estão aí? Eu vi elas lá fora quando o assassino tava tentando entrar no meu quarto!
Dean: Suponha que fossem elas as assassinas, elas poderiam ter um cúmplice que estaria tentando entrar no seu quarto, assim elas não seriam suspeitas.
Bia: Isso não tem nada a ver! Eu conheço elas! Elas nunca fariam isso!
Dean: Sinto muito, mas não podemos descartá-las como suspeitas.
Bia: Afinal, onde elas estão?
Dean: Estão esperando lá fora. A detetive vai investigar o caso a fundo. Ela é uma das melhores.
Bia: Eu realmente espero que ela consiga desvendar esse caso logo.
Do lado de fora, Kessia e Anna estavam esperando Bia sair para irem embora.
Kessia: Bia! Você tá bem?
Bia: Tô.
Anna: Desculpa, amiga!
Bia: Não tem problema, vocês não têm culpa de nada. Eu só quero ir embora. Vamos?
Kessia: Vamos lá pra casa. Quer ir também, Anna?
Anna: Eu não sei, meninas...
Kessia: Vamos, vai ser bom pra gente esquecer isso logo!
Anna: Ok, vou em casa pegar minhas coisas.
Kessia: A gente já tá indo, então. Até mais.
Anna: Tchau, meninas.
Antes de sair, Kessia teve uma conversa a sós com o delegado.
Dean: Ela está passando por um momento muito difícil, por isso, mais do que nunca, vocês precisam cuidar dela!
Kessia: Ok. Já suspeitam de quem fez isso?
Dean: Estamos investigando. É confidencial.
Kessia: Tá, eu já vou com ela.
Dean: Sozinhas? Não! Eu levo vocês até em casa.
Kessia: Não precisa!
Dean: Precisa sim! Agora vamos!
Kessia: Que saco...
Eles saíram pelos fundos da delegacia para evitar a multidão de jornalistas na frente. Enquanto saíam, uma jornalista apareceu de repente e surpreendeu Bia, que estava um pouco afastada de Dean e Kessia.
Jornalista: Bia, o que exatamente aconteceu com você? Você acha que tem alguma culpa nas mortes de ontem? Você se sente culpada pela morte dos seus pais?
Kessia, sempre destemida e com uma língua afiada, observava de longe a jornalista cercando Bia com perguntas invasivas, sem dar um minuto de paz. Vendo o desconforto crescente no rosto da amiga, ela se aproximou, decidida a intervir.
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Kessia: Você não acha que já fez perguntas suficientes?
A jornalista, sem se intimidar, respondeu com firmeza.
Jornalista: Estou apenas fazendo meu trabalho!
Kessia: Ah, claro, seu 'trabalho'. Perguntar coisas irrelevantes como se fosse resolver o caso sozinha, né? Se você gastasse menos tempo tentando transformar o sofrimento dos outros em manchete e mais tempo ouvindo, talvez até conseguisse uma história de verdade.
Kessia cruzou os braços e olhou diretamente para a mulher, que parecia ter sido pega desprevenida pela resposta.
Jornalista: O público tem o direito de saber o que está acontecendo.
Kessia: Direito? Sim, até certo ponto. Mas a Bia não é obrigada a ser sua fonte de entretenimento, muito menos num momento como esse.
Ela deu um passo à frente, a voz carregada de ironia.
Kessia: Então, se eu fosse você, tiraria esse microfone da cara dela antes que alguém faça isso por você. E olha... essa pessoa pode ser bem menos educada que eu.
Com um sorriso sarcástico, Kessia pegou Bia pelo braço e se afastou, deixando a jornalista boquiaberta e sem resposta.
Kessia: Que mulher sem noção! Fala sério! Bia, você tá bem?
Bia, triste, balançou a cabeça afirmando que sim.
Kessia: Não liga pra essa idiota, tá bom? Agora o delegado vai levar a gente pra casa.
Mesmo assim, a jornalista ainda gritou.
Jornalista: Bia! As pessoas querem saber!
Kessia: Ah não! Já deu!
Bia: Calma, Kessia!
Kessia: Eu avisei pra você parar, não avisei?
Jornalista: Estou só fazendo meu traba-
A jornalista não teve tempo de terminar a frase. Num segundo, Kessia avançou, e, no instante seguinte, o som seco de um soco ecoou no ar. O punho de Kessia acertou em cheio o rosto da jornalista, que tropeçou para trás, caindo no chão com o microfone voando para o lado.
