SabiGiyuu - Por favor, fique...

🍀 Capítulo 14 🍀

Pov Giyuu ~

"O café da manhã continuou em silêncio, oque na minha opinião não tinha problema, mas Sabito parecia meio desconfortável"

Sabito: Então, Gih... Você sente falta das suas coisas? Porque eu não tenho nada para fazer hoje, então se quiser podemos ir na sua casa...

Giyuu: Ahm... olha não sei...

Sabito: Vamos lá... Daí você pega suas coisas e traz pra cá... Vai ser bom para você e pra mim já que você está usando minhas roupas. - Ele diz rindo

Giyuu: Se você diz, Sabi...

Pov Sabito~

"Eu fico meio envergonhado por ele não ter rido também, então comemos o resto do café da manhã em silêncio"

~Q.D.T

"Giyuu esta sentado na minha cama enquanto pego algumas malas para ele trazer as coisas dele. Percebo que ele não parece muito animado com a ideia de voltar para a casa dele e eu não o culpo. Ele não voltou lá desde que a Tsutako... bom, morreu."

Sabito: Gih, se você não quiser ir... -Digo me aproximando.

Giyuu: Não, tudo bem... eu... quero... ir... - Ele diz forçando um sorriso.

"Pegamos as bolsas e saímos de casa indo até o carro do Urokodaki"

Pov Giyuu~

"Confesso que estava muito nervoso, não queria ir pra lá, mas não queria atrapalhar Sabito. Já estava causando problemas demais"

"Estávamos indo de carro para a minha casa, fazendo o caminho que antes eu percorria quase todos os dias. A cada quadra que passávamos sentia meu estômago embrulhar, até que paramos na porta da minha casa. Descemos e Sabito olha pra mim, como se esperasse que eu digitasse a senha e abrisse a porta, apesar de que ele tinha decorado a senha"

Sabito: Eai? Está pronto?

"Queria dizer que não. Não estava pronto. Não me sentia pronto. Não estava pronto para entrar ali e reviver todas aquelas memórias. Não estava pronto para entrar em minha casa e não ser recebido pelo abraço caloroso de Tsutako. Não queria aceitar que ela se foi, e não iria voltar nunca mais. Tudo oque eu pensava era não, mas parece que minha boca tinha outros planos"

Giyuu: Claro... - Digito a senha e abro a porta.

"Eu entro em casa, meus passos pareciam ecoar na minha mente. Olhei em volta, estava diferente... não tinha nada de errado, estava tudo no lugar que deixei... mas... não me sentia em casa, não parecia mais meu lar."

"Sabito olha para mim como se estivesse decidindo algo, mas não fala nada. Ele sobe as escadas me deixando sozinho."

"Fiquei parado no meio da sala, sem saber o que fazer. O silêncio ao meu redor era ensurdecedor, como se a casa estivesse me esmagando. Meus olhos passeavam pelos móveis, pelas fotos na estante, tudo tão familiar, mas ao mesmo tempo tão... distante. Cada detalhe me lembrava da Tsutako. Eu queria sair correndo dali, mas minhas pernas estavam congeladas, como se o chão tivesse me prendido."

"Minhas mãos trememiam e meu coração acelerava. Eu sabia oque isso significava, por isso me obriguei a focar em algo."

"Subo as escadas devagar, vejo a porta do meu quarto entreaberta, provavelmente Sabito está lá, mas minha atenção vai para a porta do quarto de minha irmã."

"Me aproximo e passo a mão pelos desenhos de sua porta. Me lembro como se fosso hoje de Tsu insistindo para mim carimbar nossas mãos juntas, ela disse que sem mim não estaria completa. Sinto um aperto no peito quando relembro o momento... mas mesmo assim não deixo de sorrir."

"Suspiro antes de por a mão na maçaneta, hesitando em abrir a porta. Talvez devesse chamar Sabito para fugirmos desse lugar que parece me sufocar. Mas quando abro a porta o mundo em minha volta parece parar. O ar estava pesado, mas não sufocante. Ao invés do aperto que antecedia uma crise, tudo que restava era um vazio. Um lugar que faltava em meu coração."

"O lugar estava intocado, parecia que Tsutako iria chegar a qualquer momento e me expulsar de seu quarto. Seus livros estavam separados por cor e tamanho na estante. Me lembro de que ela passava horas arrumando eles. Comprava tantos livros que nem conseguia ler todos. Tem uma parte na estante de livros que ela nunca leu, mas insistia que um dia iria ler... Bem, nem sempre as coisas são como imaginamos..."

"Sabito aparece na porta, provavelmente preocupado por eu estar demorando"

Sabito: Gih... Tá tudo bem? - Ele pergunta se aproximando devagar.

"Eu aceno negativamente com a cabeça, sentindo as lágrimas se formarem. Sabito me envolve em um abraço aconchegante. Eu me deixo afundar nos braços dele, sentindo meu corpo relaxar aos poucos. O vazio não parecia mais ser insuportável; ele ainda estava ali se fazendo presente, e muito, mas sentia como se estivesse sendo preenchido aos poucos."

Sabito: Você quer sair daqui? - Ele pergunta com a voz suave, sem me soltar.

"Eu faço que não com a cabeça de novo, sem conseguir falar. Eu queria ficar mais ali, mesmo que doesse."

Giyuu: Só... fica aqui comigo... - Murmuro, minha voz falhando.

~Q.D.T

Pov Sabito~

"Estamos quase acabando de levar as coisas para o carro. Procuro Giyuu e o vejo sentado no sofá meio sonolento."

Sabito: Oque acha de já ir para o carro, Gih? -Digo me aproximando.

Giyuu: Ah... Ok. - Ele diz bocejando no final.

"Vejo Giyuu se levantar e sair da casa enquanto vou buscar outra caixa, dessa vez do quarto da Tsutako."

"Termino de colocar as últimas 3 caixas no carro e vou até o banco da frente. Sorrio ao ver Giyuu dormindo no banco do condutor. Entro no carro silenciosamente e dirijo té a minha casa. Lá levo as caixas para dentro e comprimento Makomo que já estava de pijama indo dormir."

Makomo: Vocês já voltaram?

Sabito: Sim, Giyuu esta dormindo no carro, vou terminar de trazer as caixas e vou levá-lo para o quarto.

Makomo: Ok, boa noite, maninho.

"Volto para o carro e pego o restante das caixas. Volto e vejo Giyuu ainda dormindo, abro a porda em silêncio e o pego no colo. Ele está tão fofo, tão calmo, tão... vulnerável... Levo ele para o quarto e o coloco na cama. Antes de entrar no quarto para dormir tranco o carro e a porta da frente. Quando volto cubro o Giyuu com um cobertor e vou até o banheiro me arrumar para ir dormir também ."

"Antes de me deitar observo Giyuu dormindo, sei que pode parecer estranho, mas ele é muito bonitinho quando dorme. Dou um beijinho na sua testa e mesmo sabendo que ele não vai ouvir, desejo boa noite."

1052 palavras

( Continua...)