capítulo 11

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Jungkook estava quase enlouquecendo.

Doente há quase dois dias, nem conseguira avisar a Jimin. Eram quase dois dias de saudades de seu pequeno anjo, que o mandara várias mensagens, mas sua visão ardia tanto por conta de sua virose que nem as conseguiu ler. Compreensível ele estar quase delirando (pela virose e pela falta que sentia de seu menino.) Tentara incontáveis vezes ligar para Jimin e o avisar que não poderia o ver, mas mal o punk sabia que Hyunah havia tomado o celular do pequeno para lhe aplicar um pequeno castigo - é difícil de acreditar, mas Park descumpriu uma ordem de sua mamãe: não a ajudou a guardar as compras, preocupado demais em mandar mensagens para o namorado sumido. Parece pouca coisa, mas Hyunah não estava acostumada a ver o menor respondão então achou que tirar o celular cortaria as rédeas do filho.

A vontade de Jimin era ir na casa do tatuado, mas tinha medo de se deparar com pessoas que não gostam muito dele, e além disso sua mãe não deixava ele sair sozinho e Minhyuk o ajudava nisso (às vezes é chato ter pessoas superprotetoras ao seu redor). Como seu coraçãozinho apertava imaginando no que poderia ter acontecido com o maior. Jimin podia ser menor e mais frágil, mas quem disse que ele também não queria proteger seu Jun?


"Tudo bem, o que você quer que eu digite?"Gyheyn perguntou a Jungkook, que em meio uma tosse e outra engoliu seu orgulho e pediu gentilmente - ou tão gentil quanto ele pode ser com qualquer outra pessoa que não seja seu anjinho - que ela mandasse uma mensagem para Jimin, avisando sobre o estado em que se encontrava. Muito gripado e inquieto. Gyheyn concordou no mesmo segundo dizendo que estava quase indo buscar o menor em sua casa e que precisava tirar novas fotos com o de olhos castanhos para postar em seu facebook (ao que parece todas as amigas de Gyheyn nas redes sociais adoram a Jimin mesmo sem conhecê-lo; nada de surpreendente.)

"Digite..." Uma tosse. "Chim, não estou muito be-" Um ataque de tosse e um arranhar de garganta depois, Jungkook continuou: "Muito bem, por isso não estamos nos vendo. Quero muito te ver e..."

"Nossa! Que seco." Gyheyn interrompe, fazendo uma careta de desgosto. "Em todas as outras mensagens você chama ele de bebê, de amor, de anj- Olha que bonitinho, nessa você chama ele de vida!" A bondosa serviçal diz, lendo as mensagens do casal - ela não sabia quando teria essa oportunidade novamente. 

Jeon a olhou desconfiado, incapaz de pegar o celular de volta já que mexer algum membro não era uma opção. "Se a senhora puder parar de bisbilhotar nossas mensagens..."

"Aham." Ela respondeu, obviamente não escutando o que foi dito. Jimin e Jungkook eram tão fofos e bonitos em suas mensagens (não tanto quanto eram pessoalmente) que Gyheyn se distraiu do mundo, morrendo de amores e se perguntando como o menor conseguia ser tão tímido e adorável até mesmo por SMS.

Quando se deu por satisfeita, ergueu o rosto para o garoto febril, que a olhava bravo em meio à vista embaçada e ardida. Dando um sorriso quase inocente, disse que ela mesma escreveria a mensagem com as próprias palavras.

Jungkook preferia não imaginar o que Gyheyn escrevia. Pelo jeito em que a mulher fazia caras e bocas, rindo pra si mesma e ao final perguntando "Onde eu clico para enviar, querido?" com um sorriso cúmplice nos lábios, coisa boa não era.

Ou era?


O pequeno Jimin mordia os lábios com os dentinhos pontudos, nervoso em bater na porta da casa do maior. Assim que obteve seu celular de volta recebeu uma mensagem de Jungkook, em que o mesmo dizia estar gripado e à beira da morte, morrendo de saudades de segurar o corpinho macio de seu grande amor contra o seu, ansiando beijar os lábios mais perfeitos do mundo e algumas coisas mais. O menor corou forte quando se lembrou da mensagem, inconscientemente apertando com toda a força que suas mãos miúdas possuíam a garrafa térmica com o chá de laranja que trouxera para ajudar a curar a gripe do tatuado.

Only Chim - Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora