🤖 capitulo 9 🤖

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A sala onde os jovens estavam sentados foi subitamente invadida por uma voz suave, porém firme, ecoando das paredes.

— Atenção, jovens escolhidos. Dirijam-se agora ao Portal Exilia, onde poderão se encontrar com seus pais para a despedida. Aguardamos vocês.

Os olhares se cruzaram brevemente, e sem muito alarde, todos se levantaram e seguiram para a saída. Nova estava com um leve aperto no peito, ansiosa para rever Maximus, mas também preocupada com o que viria a seguir. O Portal Exiliar, localizado no setor oeste do prédio, era um vasto corredor que conectava diversas salas de treinamento e transporte, sendo conhecido como o ponto de entrada e saída do local.

Assim que chegaram ao Portal, viram seus pais os esperando, mas algo parecia diferente. O semblante de alegria habitual estava ausente, substituído por expressões tensas e contidas. Kael foi o primeiro a perceber a estranheza.

— Aconteceu alguma coisa com vocês? — perguntou ele, franzindo a testa.

Lucian, olhou para ele por um instante, antes de forçar um sorriso.

— Estamos bem — respondeu Lucian, mas o tom de sua voz e o sorriso claramente forçado diziam o contrário.

Nova olhou para o lado, procurando por Maximus. Quando finalmente o viu, correu até ele e abriu um sorriso acolhedor, tentando aliviar a tensão no ar.

— Aconteceu alguma coisa, papai? — perguntou ela, observando de perto as expressões dele.

Maximus hesitou por um momento, como se estivesse procurando as palavras certas.

— Não, minha filha. Não aconteceu nada — respondeu ele, com um tom controlado. Ele a envolveu em um abraço, mas desta vez, o abraço foi mais forte e apertado do que o habitual. Nova estava acostumada com a firmeza de seu pai, mas a intensidade deste abraço a fez estranhar por um breve segundo.

Ela relaxou e retribuiu o abraço, encostando o rosto no ombro dele. Quando finalmente se afastaram, ela olhou ao redor e viu os outros jovens também se abraçando e conversando com seus pais, trocando palavras de despedida, embora todos parecessem presos a alguma espécie de tensão invisível.

Maximus a chamou de volta à realidade.

— Nova — disse ele, sua voz grave e carregada de significado. — Tenho mais uma coisa para você.

Curiosa, Nova olhou para ele com atenção, vendo seu pai tirar de um compartimento discreto em sua roupa um pequeno dispositivo metálico e fino. Era do tamanho de um cartão, mas com um brilho tecnológico evidente. Ele o entregou para Nova com uma expressão séria.

— O que é isso? — perguntou Nova, segurando o dispositivo com cuidado.

Maximus apertou um pequeno botão lateral, e o dispositivo emitiu um brilho suave, ativando-se.

— Isto aqui — disse ele, enquanto o brilho ganhava forma e projetava uma pequena interface holográfica — é a Cora.

Assim que Nova ouviu isso, seus olhos se iluminaram, e ela sorriu, sentindo uma onda de alívio e familiaridade.

— Muito obrigada, papai! — exclamou ela, apertando o dispositivo entre os dedos, já imaginando como isso seria útil para o que estava por vir.

O dispositivo fez um leve som mecânico, e de repente, uma voz conhecida ecoou do pequeno aparelho.

— Olá, senhorita Nova.

Nova não pôde conter o sorriso e respondeu com entusiasmo.

— Oi, Cora!

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