CAPÍTULO 8

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Naruto Uzumaki

Não sei que horas são, ainda estava escuro lá fora, a chuva forte não havia passado.

Hinata estava ao meu lado de olhos fechados, não sei se ela está dormindo, talvez nem esteja.

Merda.

Não era pra ser assim, não era porra, perdi totalmente o controle, eu a machuquei.

Estrupei o amor da minha vida

Olhei para o seu corpo, as marcas roxas o lençol branco que está manchado pelo sangue que havia escorrido dentre suas pernas, um pontada de arrependimento me percorrida.

"Eu te odeio"  não era isso que eu queria ouvir dela, eu estraguei tudo.

- Merda - me levantei  da cama peguei minha cueca a vestindo e fui até o banheiro, encarei minha pessoa no espelho.

Me direcionei até o box, liguei o chuveiro, deixei a água escorrendo e voltei no quarto.

Me assustei não a encontrando - HINATA - gritei por ela, saindo do quarto, meu anjo.

De longe vi seu corpo encostado no corrimão da escada.

Ela estava encolhida, fui andando até ela em passos calmos, quando ela viu que eu me aproximava, tentou seu levantar - não, não - disse a segurando pela cintura.

Ouvir seu choro me machuca pra porra.

Ergui seu corpo a levando para dentro do quarto, me direcionei até o banheiro a colocando no chão, seu corpo deu sinal de que iria cair e me apressei a segurando, ela tentava me afastar com seus braços.

- tudo bem, meu amor

A levei para dentro do box, tirei seu sutiã e deixei que a água morna nos molhasse, um gemido de dor saiu de sua boca, olhei para suas pernas e vi quando ela tentava tocar em sua intimidade, como se não quisesse que a água a molhasse.

- está ardendo muito - disse entre choro, eles ficaram mais intenso - está doendo Naruto - sua voz misturada com dor, seu choro intenso.

Desliguei o chuveiro a ajudei a sair do box e a levei até a banheira, a fiz sentar no fundo da banheira e liguei a torneira.

Peguei uma esponja e o frasco de sabonete líquido - eu posso fazer isso - Hinata os pegou de minha mão e começou a se lavar.

As marcas ainda eram presente em seu corpo, a água da banheira havia pegado uma coloração avermelhada, ela não olhava para mim.

Voltei para o box para terminar meu banho, a banheira ficava a frente do box me dando visão a suas costas.

O barulho do chuveiro não me impedia de ouvi-la chorar.

Peguei a toalha me enrolando nela, Hinata havia se colocado de pé e saiu da banheira, tentei ajudá-la mais se desviou de mim.

Foi até o chuveiro se enxaguando, peguei outra toalha e joguei contra seu corpo quando ela havia saído.

(..)

No quarto Hinata parou sobre a cama - irei mandar trocar os lençóis - disse a ela.

Ela se distanciou e foi até a poltrona que havia ali e se sentou com a toalha enrolada em seu corpo, seu olhar estava distante, cabisbaixa - meu anjo - fui me aproximando e vi quando ela se encolheu a cada passo que dava em sua direção - não era pra ter sido assim - me agachei e encarei seus olhos que olhava para outro lugar menos pra mim.

- foi minha culpa, olha pra mim meu amor - seus olhos se encontraram com os meus e pude ver a tristeza em seu olhar, talvez ela estivesse com raiva, não sei.

Eu a conheço, Hinata é diferente, seu alto cuidado com as pessoas, sua simpatia, sua voz doce, seu olhar meigo, uma pessoa tão verdadeira, por isso me apaixonei por ela, meu anjo é meu destino.

Mais um medo do caralho me percorre, tudo que fiz nesses dois anos podem ir para o ralo, só por eu ter pedido o controle com ela, eu a machuquei.

-

nunca mais irei fazer isso, nunca mais irei fazer algo que vc não queira.

- me deixe ir - sinto um dor em meu peito, ela quer ir embora, não que ela não quisesse ir desde do primeiro dia em veio para cá, mais sinto que vou perdê-la.

- não posso fazer isso - me coloquei de pé

- então você já tá fazendo algo que eu não quero, está me deixando aqui contra minha vontade, Naruto.

- meu anj.. -

- PARA DE ME CHAMAR ASSIM - ela se colocou de pé - não sou seu anjo e nem seu amor, não sou nada pra você, VOCÊ ME ESTRUPOU - lágrimas saiam de seus olhos, pude sentir a dor dela.

Hinata se debatia quando a puxei para mim - solta - enrolei um de meus braços em sua cintura a deixando mais perto.

Minha outra mão foi para sua cabeça, fiz com que ela deitasse em meu peito - me perdoa - seu choro se misturou com soluços até que ela cansou de lutar e chorou em meu peito.

Não sei como será de agora em diante, mais de uma coisa eu tenho certeza.

Ela não irá embora.

Sequestrada Por Um MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora