Os dias após a batalha com Kronos, agora Mc Pipokinha, foram surpreendentemente pacíficos. Salter finalmente havia se acostumado a seu novo corpo e ao poder que agora dominava com facilidade. O vilarejo de Lumeris também seguia sua rotina tranquila, e a presença de Mc Pipokinha, que rapidamente se tornou uma figura carismática e adorada por todos, apenas contribuiu para isso. Salter, no entanto, não poderia prever o que estava por vir: o amor florescendo entre ele e Pipokinha.Após a intensa batalha, os dois começaram a passar muito tempo juntos. Inicialmente, era para "ajustar-se" às novas realidades de suas vidas, mas, com o tempo, os sentimentos entre Salter e Pipokinha evoluíram de uma estranha camaradagem para algo mais profundo. Pipokinha, com seu jeito ousado e cativante, conquistou o coração de Salter, que não resistiu ao seu charme desinibido. E, para sua surpresa, ela também se apaixonou por ele.
Então, o dia finalmente chegou. O vilarejo estava em festa: Salter e Mc Pipokinha iam se casar. Era um evento que ninguém em Lumeris queria perder. As ruas estavam decoradas com flores coloridas, e a praça central havia sido transformada em um altar magnífico, onde a cerimônia seria realizada.
***
Na manhã do casamento, Salter se olhou no espelho, ajustando o vestido de noiva que havia escolhido com tanto carinho. Ele estava deslumbrante: um vestido branco longo, com detalhes em renda e um véu delicado que caía suavemente sobre seus ombros. O corpo feminilizado de Salter se encaixava perfeitamente na peça, destacando suas curvas graciosas. No entanto, seu coração batia descontroladamente.
— Eu estou prestes a casar... com a Mc Pipokinha! — pensou, enquanto tentava respirar fundo.
Kalem e Thalor estavam ao lado dele, ajudando com os preparativos finais.
— Relaxa, Salter — disse Kalem com um sorriso tranquilo. — Você está incrível. Não há motivo para ficar nervoso.
— Falar é fácil — respondeu Salter, tentando arrumar o véu de novo. — Eu não consigo acreditar que isso está realmente acontecendo.
Thalor deu uma risadinha, sempre o mais despreocupado dos dois.
— Vai dar tudo certo, e você vai brilhar lá fora. Além disso, Pipokinha está doida para te ver com esse vestido.
Salter soltou um suspiro profundo. O nervosismo tomava conta de seu corpo, e, quanto mais o momento da cerimônia se aproximava, mais ele sentia uma pressão crescente no estômago. Algo estava errado, muito errado.
— Acho que... preciso de um momento sozinho — murmurou, segurando a barriga e sentindo uma onda de desconforto.
— Claro! A gente te dá um minuto — disse Kalem, puxando Thalor pela manga da camisa.
Quando os dois saíram, Salter começou a andar de um lado para o outro no pequeno quarto. A pressão no estômago estava aumentando, e ele sentia o suor frio escorrer pela nuca.
— Isso não pode estar acontecendo... Não agora! — Ele olhou para o espelho com desespero.
E foi então que aconteceu. Sem qualquer aviso ou controle, Salter soltou um som que jamais esperava ouvir no dia de seu casamento.
*RECEBA.* (barulho super realista de cu abrindo e partindo o cocô no meio em seguida)
— Não... não... — sussurrou ele, encolhendo-se de vergonha, sentindo o cheiro começar a se espalhar pelo quarto. *Eu caguei no meu vestido de noiva!*
Seu rosto ficou vermelho, e o pânico tomou conta. Como ele poderia sair assim? O casamento estava prestes a começar, e agora ele estava, literalmente, em uma situação merda.
***
Enquanto isso, do lado de fora, a música já tocava, e Mc Pipokinha estava no altar, com um sorriso ansioso no rosto, esperando seu noivo. A multidão se aglomerava, murmurando curiosa sobre a demora.
Kalem e Thalor, preocupados com a demora de Salter, voltaram ao quarto e, ao abrir a porta, encontraram-no pálido e encolhido em um canto.
— O que está acontecendo? — perguntou Kalem, preocupado.
Salter, envergonhado, mal conseguiu responder.
— Eu... eu... caguei... no vestido.
Thalor caiu na gargalhada, mas Kalem, sendo mais sensível à situação, imediatamente começou a pensar em uma solução.
— Ok, tudo bem. Isso é horrível, mas não é o fim do mundo. — Kalem foi até um armário e pegou outro vestido. — Ainda temos tempo para trocar. Levanta daí e vamos resolver isso. Nada vai estragar esse casamento.
***
Com a ajuda dos dois, Salter rapidamente trocou de vestido. A humilhação ainda o consumia, mas ele sabia que precisava superar aquilo. Não podia decepcionar Pipokinha, que o esperava no altar.
Minutos depois, finalmente pronto, Salter saiu em direção à praça. A música recomeçou, e todos os olhos se voltaram para ele. Enquanto caminhava em direção a Pipokinha, que estava deslumbrante com um sorriso largo no rosto, Salter sentiu que tudo valia a pena. O nervosismo foi desaparecendo, e, quando os olhares deles se encontraram, todo o medo e vergonha desapareceram.
Chegando ao altar, Pipokinha sorriu provocativamente.
— Achei que tinha fugido, hein? — disse ela, com um brilho nos olhos.
Salter riu, tentando esconder o que havia acontecido.
— Digamos que tive... alguns contratempos.
O celebrante começou a cerimônia, e Salter mal podia acreditar no que estava acontecendo. Ali, ao lado de Pipokinha, ele finalmente sentiu que havia encontrado seu lugar no mundo — um lugar onde ele podia ser quem realmente era.
— Salter — disse o celebrante, interrompendo seus pensamentos. — Você aceita Mc Pipokinha como sua esposa, para amá-la e respeitá-la, seja na alegria ou na tristeza, até o fim de seus dias?
Salter olhou nos olhos de Pipokinha e, sem hesitar, respondeu:
— Sim, eu aceito.
— E você, Mc Pipokinha, aceita Salter como seu marido, para amá-lo e respeitá-lo, até o fim de seus dias?
Pipokinha sorriu largamente.
— Aceito demais, cria!
Com isso, o celebrante sorriu e levantou as mãos.
— Eu os declaro casados! Pode beijar a noiva.
Salter, agora aliviado e completamente à vontade, se aproximou de Pipokinha e a beijou. A multidão explodiu em aplausos e gritos de alegria, enquanto os dois recém-casados selavam sua união com um beijo apaixonado.
Enquanto a festa começava e todos celebravam, Salter se permitiu um momento de reflexão. A jornada que o trouxe até ali havia sido surreal e cheia de surpresas, mas, no fim, ele encontrou algo que jamais esperava: amor, aceitação e, acima de tudo, a confiança de ser quem ele realmente era, sem medos ou julgamentos.
E assim, em meio a danças lentas e rebolados ousados, Salter e Mc Pipokinha começaram sua vida juntos, prontos para encarar qualquer desafio — ou acidente de vestido — que o futuro lhes trouxesse.
Fim.