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—Foi assim que conheceu a Julieta?—A inspectora pergunta analisado as possíveis respostas

Estou cansado, com fome e cheio de calor, estás salas de interrogatório são pequenas e muito quentes, vejo que tem ar condicionado mas não deve estará a funcionar. A inspectora olha para trás de mim que tinha uma câmara a gravar todos os interrogatórios.

Sou uma simples marioneta nas mãos de todos, eles brincam e fazem tudo o que querem de mim.

—Sim—Digo simples e curto,não há muito a falar dela, o seu nome gravado na minha memória fazia o meu peito apertar, quase que era impossível de respirar

—A Ashley não gostou de que Julieta encontrará a mansão, certo?

A porta é aberta e o Pai de Ashley o inspector Park entra e chama a sua colega para fora da sala enquanto a porta se fechava atrás deles, suspirei. O som ecoou na sala vazia, pesada com o silêncio desconfortável.

Por um momento, fiquei sozinho com os meus pensamentos, rodeado apenas pelas paredes brancas que pareciam fechar-se à minha volta. A minha cabeça estava a mil. Era sempre assim quando alguém mencionava a Julieta. Havia algo nela, algo que mexia comigo de maneiras que eu não conseguia explicar. Mas agora, cada palavra, cada gesto, parecia estar a ser usado contra mim.

Olho para o espelho à minha frente. Sabia que, do outro lado, alguém observava cada movimento, cada expressão que eu fazia. Eles não queriam respostas; queriam a minha rendição.

As perguntas sobre a Ashley também não ajudavam. Ela sempre teve ciúmes da Julieta, desde o momento em que esta apareceu. A mansão, o lugar que considerava o nosso refúgio, tornou-se um campo de batalha silencioso entre elas. Eu evitava falar sobre isso. Não porque não quisesse, mas porque sabia o peso das minhas palavras naquele momento.

A porta abriu-se de novo, e a inspectora voltou, desta vez sem o Inspector Park. Ela sentou-se à minha frente, com uma expressão que misturava cansaço e impaciência.

—Não vais responder à pergunta sobre a Ashley?— insistiu, o tom da sua voz mais frio do que antes.

Engoli em seco, sentindo o meu peito apertar outra vez. Claro que não ia responder. Se dissesse a verdade, estaria a incriminar-me ainda mais. Mas também não podia continuar em silêncio para sempre. Eles sabiam que algo tinha acontecido naquela noite. A pergunta era: o que fariam quando descobrissem tudo?

—Ela...—comecei, as palavras a lutarem para sair. —A Ashley sempre foi territorial. Não gostou de ver a Julieta na mansão, isso é verdade.

A inspectora inclinou-se ligeiramente para a frente, interessada. Eu sabia que tinha de ter cuidado. Estava a pisar gelo fino.

—Mas isso não significa que tenha feito algo contra ela.— Acrescentei rapidamente, tentando manter a calma.

Ela ficou a olhar para mim, como se pudesse ver através de todas as minhas mentiras, todas as minhas desculpas. Eu era uma marioneta, sim, mas também sabia jogar este jogo.

Agora, restava-me esperar pelo próximo movimento.

24 de Outubro de 2023

—FOGE—Grito a mulher que tentava ajudar-me

Mas já era tarde demais ,Ashley apanha a mulher pelos os cabelos

— ASHLEY, LARGA-A! — gritei com toda a força, mas já era tarde demais.

Ashley tinha os dedos cravados no cabelo da mulher, puxando-a com uma violência desnecessária. A tensão no ar era palpável, e eu sabia que aquilo podia acabar mal.

Não me procures Onde histórias criam vida. Descubra agora