Capítulo 3 🍒

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Aos que estão acompanhando, peço somente o voto de vocês, isso me incentiva a continuar, ou pelo menos comentários

Boa leitura!!
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| Guilherme |

Acordei no outro dia virado de cachaça, na minha cama não se encontrava nenhuma mulher mas, estava uma calcinha feminina e um número de telefone escrito em um bilhete, ao lado tinha escrito "Me liga quando estiver sóbrio". Levantei meio tonto, joguei a calcinha e o número na lata de lixo, vesti um moletom velho e fui ao banheiro onde escovei meus dentes e dei uma arrumada leve em meu cabelo que estava desgrenhados, quando desci até a cozinha abri os armários procurando algo para comer, foi aí que percebi que não havia nada, abri a dispensa e só encontrei miojo velho aberto e garrafas de vinho, dei uma visualizada rápida no local e só avistei comidas de ifood degustadas pela metade.

- Droga, tenho que ir no mercado, justo hoje dia de domingo.

Olhei no meu relógio o horário e percebi que já passavam das 2 da tarde, meu estômago estava doendo de fome, pelo horário ninguém me entregaria comida também, calcei uma havaiana, peguei as chaves do carro e fui até o Carrefour, lá encontraria algo pra comer e iria fazer minha feira da semana, além disso tinha a funcionária que fazia diária 2 vezes na semana pra mim, só fazia compra de comidas o dia que ela vinha, afinal, eu posso ser um vagabundo e ficar sem comer, mas Maria não, era o que Marielly ensinava, tratar bem seus funcionários.

- Arroz, feijão, uvas, morango, picanha...

| Ysthela |

Era dia de folga do meu digníssimo esposo, o mesmo entraria de férias na segunda-feira, iríamos fazer uma pequena viagem para o nordeste na quinta-feira, depois que almoçamos, Ryan queria porque queria ir no mercado com o pai fazer as compras da semana, normalmente fazemos compras dia de segunda-feira, mas como a funcionária do lar iria fazer a limpeza da casa na terça-feira e ela iria trazer sua filha Alice, Ryan queria "ajudar" nas compras e comprar guloseimas para ele e pra menina, como era algo raro, Luan está em casa, aproveitei para fazer algo em família, ir os três no mercado fazer compras para casa, já que nem sempre podemos fazer isso.

- Toddynho, dollynho, arroz e carne

- Tudo isso filho?- perguntei rindo enquanto olhava o pequeno pelo espelho do carro.

- Sim, dollynho é meu refrigerante preferido, o melhor do mundo todinho.

- Porque não compramos um sorvete também?- Luan perguntou enquanto dirigia.

Luan não gostava de refrigerantes dolly, mas sempre que estava em casa fazia as vontade e arte do Ryan.

- Sorvete, sorvete!

- Amor, vamos lá no Carrefour? Deve ser o mercado que está mais de boa.

| Guilherme |

Estava na sessão de sorvetes, escolhendo algum sorvete para degustar de sobremesa, meu carrinho já estava cheio com as coisas que precisava, vim mentalizando no caminho o que não podia esquecer, os demais itens peguei quando avistava, de repente vi uma criança de baixa estatura tentando alcançar o freezer, a cena era até engraçada, o garotinho gritava por sorvete, até que seus pais se aproximaram dele com o carrinho, estavam rindo e conversando entre si, parecia até bonito mas, olhei para o casal e me assustei na hora.

- Calma filho, o papai tá indo te ajudar.

- Ysthela? Luan? Esse filho é de vocês?

- Guilherme?- a morena parou de conversar com a figura masculina que estava ao seu lado e me olhou totalmente assustada também, foi 5 anos sem ver ela desde do ocorrido, não esperava que fosse encontrar com ela ali no supermercado, ter casado com Luan eu sabia que ela tinha feito essa burrada, vendi duas músicas minha pra ele mas não cheguei a conversar com ele próprio e sim com seu produtor, eu não sabia que Ysthela tinha engravidado do Luan, e que seu filho já fosse grandinho, fiquei em choque por isso.

- Oi Guilherme- o moreno veio me cumprimentar com um aperto de mão e olhou para o filho- Nosso sim.

- Papai, quem é esse moço? Ele tá fedido- o garotinho riu e olhou para mim- eu quero de leite ninho.

Ysthela repreendeu a criança por me chamar de fedido e eu olhei para criança assustado por esse moleque afrontoso ser filho deles.

- Quantos anos ele tem?

- 5 anos moço- o mesmo sorriu pra mim mostrando sua mão, afim de tentar me mostrar sua idade com os dedos.

Foi então que olhando melhor para criança que estava sorrindo de orelha á orelha, fiz a conta mentalmente na minha cabeça e me assustei mais ainda, o menino era minha cara, tinha grandes chances de ser meu filho, não tem nada haver com esse cara que ele tava chamando de pai.

- Ysthela, podemos conversar?

- Aqui?- a mesma olhou assustada pela minha pergunta e olhou em sua volta.

- Pô cara, foi mal, estamos ocupados

- Amor...- a morena então olhou para seu esposo e o repreendeu- vai ser rápido

- Papai, vem pegar meu sorvete

- Mas amor....

- Quer que eu pegue pra você? - me abaixei na altura da criança e olhando para o rosto dele- Criança?

- Meu nome é Ryan, não é criança.

Ysthela de repente aflita, olhou para mim e falou - Prefere aqui mesmo Guilherme?

- Não precisa Guilherme, eu pego o sorvete do meu filho

Percebi o deboche de Luan mas, não respondi por não ser apropriado, levantei e fui ao encontro de Ysthela, deixando o menino com o "pai" levei a morena para um canto onde eles não podia nos escutar

- Ysthela, fala logo, esse filho é meu? Não tem nada do Luan e você sabe disso!



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