Tá aqui o capítulo 3 mãe (hanniethinker
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O som de vozes vindas do lado de fora da mansão chamou a atenção de Jeonghan, que estava descansando no quarto. Ele caminhou até a janela, curioso, e viu Seungcheol conversando com um grupo de pessoas. Diferente do que ele esperava, eles não pareciam ser servos ou empregados. Eles tinham uma postura imponente, como se estivessem ali com um propósito.
Sem demora, Jeonghan desceu as escadas, intrigado com os visitantes. Quando chegou ao grande salão, encontrou Seungcheol no centro, falando com quatro alfas, dois betas e um ômega. O clima entre eles era claramente tenso, e a chegada de Jeonghan só intensificou a atmosfera carregada.
— Quem são eles? — Jeonghan perguntou, cruzando os braços, seu olhar desafiador se voltando para Seungcheol.
Seungcheol lançou um olhar frio para ele antes de responder.
— Este é **Wonwoo**, o beta encarregado da segurança de todas as minhas propriedades — disse Seungcheol, apontando para um homem alto, de óculos e expressão séria. — Ele está aqui para garantir que você não cause problemas, Jeonghan.
— Eu não sou uma ameaça para ninguém — Jeonghan retrucou com sarcasmo, mas o olhar de Wonwoo não vacilou.
Ao lado de Wonwoo, um alfa se destacou, de postura confiante e olhar afiado. **Hoshi** era claramente alguém de respeito entre os outros. Seus olhos brilharam ao encontrar os de Jeonghan, mas ele não disse uma palavra.
— Este é Hoshi. Ele é responsável pelos meus interesses fora da mansão — continuou Seungcheol. — E se você está se perguntando, sim, ele está de olho em tudo que acontece aqui também.
Antes que Jeonghan pudesse responder, outro alfa deu um passo à frente. **Mingyu**, com sua presença forte e imponente, olhou diretamente para Jeonghan. Ele parecia menos sério que os outros, mas sua postura indicava que ele levava seu papel a sério.
— E eu sou o Mingyu, responsável por... bem, por garantir que as coisas corram bem. — Ele sorriu, mas havia algo escondido por trás daquele sorriso.
Jeonghan estreitou os olhos, sentindo-se cercado. Claramente, Seungcheol tinha mais aliados do que deixava transparecer, e isso só reforçava a sensação de controle que ele mantinha sobre tudo.
— E quanto a ele? — Jeonghan perguntou, apontando para o único ômega do grupo, que até então se mantivera em silêncio.
— **Seokmin** é o coração do nosso grupo — disse Seungcheol, um raro traço de suavidade em sua voz. — Ele não está aqui para te vigiar, mas para garantir que todos nós não nos esqueçamos de quem somos.
Seokmin sorriu gentilmente para Jeonghan, mas não se intrometeu na conversa. Ele parecia ser o único ali sem uma agenda própria.
Enquanto a tensão pairava no ar, a porta do salão se abriu de repente, e um novo grupo entrou. Jeonghan reconheceu imediatamente um dos recém-chegados: **Joshua**, o ômega que ele havia visto antes.
— Espero que não tenha começado a festa sem mim — disse Joshua com um sorriso descontraído.
— Ah, Joshua... sempre aparecendo no momento certo — Seungcheol murmurou, cruzando os braços.
Junto a ele, um alfa de cabelo prateado entrou, seus olhos vasculhando a sala com um olhar afiado e calculista. **Vernon** era conhecido por sua discrição e habilidade em lidar com situações delicadas, e parecia que sua presença ali não era por acaso.
— Temos coisas a resolver, Seungcheol — Vernon falou sem rodeios. — Esse não é o momento de brincadeiras.
— Eu nunca brinco, Vernon — Seungcheol respondeu com um sorriso frio, seus olhos voltados para Jeonghan.
Jeonghan sentia que estava no meio de algo muito maior do que ele imaginava. O que inicialmente parecia uma simples transação — ele sendo "vendido" para Seungcheol — agora se revelava como parte de uma rede complexa de alfas, betas e ômegas, cada um com seu próprio papel.
Mas ele não tinha intenção de ser uma peça passiva nesse jogo.
— Por que está me cercando com seus... amigos? — Jeonghan questionou, olhando diretamente para Seungcheol. — Isso não muda nada entre nós.
Seungcheol riu, mas não era um som agradável.
— Não se trata de mudar nada, Jeonghan. Apenas de garantir que você entenda onde está pisando.
A conversa foi interrompida por **Changbin**, um alfa de aparência intimidante, que entrou no salão, trazendo um ar de autoridade. Ele olhou para Jeonghan com um leve desprezo, antes de se dirigir a Seungcheol.
— Temos coisas a discutir. Não tenho tempo para ficar de babá de ômega.
Jeonghan sentiu uma faísca de raiva. Ele odiava ser tratado como se fosse um fardo ou uma ameaça mínima. Sua vontade era de retrucar, mas sabia que qualquer explosão de raiva só daria a eles o que queriam: uma reação.
— Não estou aqui para causar problemas — Jeonghan disse com firmeza, ignorando o olhar de Seungcheol.
— Espero que mantenha essa promessa — Seungcheol respondeu, sua voz baixa e perigosa.
Enquanto a tensão permanecia no ar, Jeonghan percebeu que não seria fácil lidar com o grupo. Mas ele não estava disposto a ser quebrado. Mesmo cercado por alfas e betas poderosos, ele se recusava a se submeter ao controle de Seungcheol. E, com o tempo, ele descobriria suas fraquezas.
Porque uma coisa era certa: Jeonghan não era o tipo de ômega que se curvava facilmente. E Seungcheol, por mais implacável que fosse, iria aprender isso.
