Seungcheol se sentou à cabeceira da mesa na sala de reuniões, os olhos fixos nos relatórios espalhados à sua frente. A notícia de que Bang Chan e seu grupo estavam testando os limites de seu território o incomodava profundamente. Ele sabia que Chan não era um alfa qualquer. Era um estrategista calculista, e cada movimento que fazia tinha um propósito bem pensado.
— Precisamos de um contra-ataque rápido — Hoshi sugeriu, os olhos fervendo de determinação. — Se deixarmos isso passar, eles vão pensar que somos fracos.
— Concordo — acrescentou Mingyu, o braço cruzado em seu peito. — Não podemos deixar Chan ganhar confiança.
Wonwoo, no entanto, manteve o olhar sereno, sempre analisando todos os ângulos. Ele sabia que a situação exigia mais do que força bruta. Seungcheol, ao lado dele, não podia permitir que a impulsividade ditasse suas ações.
— Bang Chan é diferente dos outros alfas — disse Wonwoo, interrompendo o silêncio. — Se fizermos um movimento apressado, ele já terá previsto isso. Precisamos ser cuidadosos.
Seungcheol acenou em concordância.
— Wonwoo está certo. Chan é esperto, mas ele tem um ponto fraco — seus olhos brilharam com malícia. — Ele subestima nossa inteligência e nossa habilidade de planejar a longo prazo.
Todos ao redor da mesa se calaram, esperando pela próxima ordem de Seungcheol.
— Vamos esperar o próximo movimento deles, mas não ficaremos parados. Quero que mantenham nossos informantes de olhos abertos e atentos aos próximos passos de Chan e sua gangue. Se eles avançarem mais um centímetro em nosso território, então agiremos — Seungcheol disse com autoridade. — Hoshi, Mingyu, cuidem da defesa. Wonwoo, prepare uma estratégia de retaliação caso precisemos atacar.
Antes que a reunião terminasse, Seokmin entrou na sala com uma expressão ansiosa.
— Seungcheol, há algo que você precisa ver — disse ele, entregando um pequeno envelope selado. — Acabou de chegar.
Seungcheol franziu o cenho ao pegar o envelope. Ele o abriu, revelando uma carta manuscrita. A caligrafia elegante e calculada era inconfundível — era de Bang Chan.
— O que diz? — Wonwoo perguntou, notando a expressão tensa de Seungcheol ao ler.
Seungcheol respirou fundo antes de ler a mensagem em voz alta.
— "Seungcheol, sei que você está ciente de nossa aproximação. Quero ser direto: estou tomando o que é meu. A questão é, o quão disposto você está a lutar para manter o que acredita ser seu? — Bang Chan."
A sala ficou em silêncio por alguns segundos. O aviso era claro: Chan estava desafiando Seungcheol diretamente, provocando uma resposta.
— Esse filho da... — Hoshi murmurou, apertando os punhos.
— Ele quer que a gente reaja — disse Wonwoo calmamente. — Isso tudo faz parte do plano dele. Ele quer nos desestabilizar antes mesmo de atacar.
Seungcheol fechou os olhos por um momento, ponderando. Ele sabia que Chan era astuto, mas também sabia que precisava manter a cabeça fria. De qualquer forma, uma resposta seria necessária, mas não poderia ser precipitada.
— Vamos manter nossa posição — disse Seungcheol, sua voz firme. — Quero que todos continuem em alerta máximo. E Wonwoo... prepare uma resposta à altura. Chan está brincando com fogo, mas ele não sabe que está prestes a ser queimado.