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Aiai, as mesmas desculpas de sempre. Estudante do 2° ano do ensino médio técnico em sofrimento aqui, certo?  (pelo menos minhas notas estão boas) enfim, perdoem pelo atraso! Muito trabalho e coisas diversas ocorrendo.

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Chuuya POV

O resto das aulas foram um tédio, mas a volta para casa foi tranquila, apesar do cansaço acumulado. Assim que coloquei o pé dentro de casa, tudo o que eu queria era me jogar no sofá e esquecer do mundo. Mas, como sempre, as coisas não seriam tão simples.

Passei pela sala e dei de cara com Verlaine e meu cunhado Rimbaud confortavelmente instalados no sofá, assistindo a um filme. Eles estavam tão concentrados que, por um momento, pensei que pudesse passar despercebido. Mas, claro, Verlaine me notou imediatamente.

— Ei, pirralha! Como foi a escola hoje? — Ele perguntou, sem desviar os olhos da tela, mas com um sorriso no canto dos lábios.

Eu revirei os olhos e me joguei ao lado dele no sofá, espremendo-me entre ele e Rimbaud. — Foi cansativa. Corri mais do que deveria e ainda tive que aturar o Dazai o dia todo. — Suspirei, apoiando a cabeça no encosto do sofá.

Verlaine riu, esticando o braço para me dar um leve tapa na cabeça. — Você e Dazai são um caso perdido. Já disse que vocês deviam oficializar isso logo.

— Não começa, Paul. — Resmunguei, mas sem muita força. Eu sabia que ele estava apenas brincando, mas as provocações sobre Dazai sempre me deixavam envergonhado.

Rimbaud, sempre mais calmo e discreto, me lançou um sorriso gentil. — Quer pipoca, Chuuya? Acabamos de fazer um pouco.

Assenti e peguei um punhado, enquanto me acomodava melhor entre eles. Apesar do cansaço, era reconfortante estar ali, cercado por eles. Verlaine e Rimbaud tinham uma relação tão leve e tranquila, que eu às vezes invejava o quão fácil tudo parecia para eles.

— O que estão assistindo? — Perguntei, na esperança de desviar a conversa de qualquer tópico relacionado a Dazai.

— Um filme antigo que o Rimbaud escolheu. — Verlaine respondeu, dando de ombros. — Eu não entendo metade do que dizem, mas ele gosta.

Rimbaud riu baixo, balançando a cabeça. — Você só não presta atenção. Mas é um filme bom, Chuuya. Você devia tentar assistir com a gente qualquer dia.

Sorri, mas antes que pudesse responder, o cheiro doce de chocolate derretido veio da cozinha, capturando minha atenção. Sem nem pensar duas vezes, me levantei e segui o cheiro até a origem.

Na cozinha, Kouyou estava em frente ao fogão, mexendo uma panela com brigadeiro. O doce já começava a tomar forma, e eu podia ver a concentração em seu rosto enquanto ela misturava os ingredientes com precisão.

— Brigadeiro, huh? — Perguntei, me aproximando e espiando por cima do ombro dela.

Ela se virou para mim, com um sorriso acolhedor. — Exatamente. Achei que você poderia querer algo doce depois de um dia cansativo.

Então abracei ela de frente, sentindo um pouco do calor e do carinho dela. Confesso que a presença dela sempre me acalmava de alguma forma. — Você me conhece bem demais, Kouyou. — Respondi, sentindo um calor no peito. Kouyou sempre teve esse jeito de cuidar de mim que me fazia sentir que, não importa o quão complicado o mundo lá fora fosse, em casa eu sempre teria um lugar seguro.

— Como foi a escola hoje? — Ela perguntou, sem tirar os olhos da panela, mas com uma atenção que eu sabia ser sincera.

Suspirei, encostando-me no balcão. — Cansativa. Tivemos aula de educação física e uma corrida, e depois... bom, só o de sempre. — Dei de ombros, tentando não parecer tão exausto quanto me sentia.

My Prince boy. | SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora