Capitolo uno 🔥

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Antes de começar, gostaria de esclarecer algumas coisas. Esta fic vai abordar temas como ciúmes excessivo, descontrole emocional, alcoolismo, traição, entre outros. Caso surja algum tema sensível, eu avisarei previamente.

Pov: Autora

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A vida de S/n era uma mistura perfeita de dedicação e timidez. No trabalho, onde atuava como engenheira, ela era extremamente focada, sempre atenta aos mínimos detalhes, mas discretamente reservada. Sempre prestativa com seus colegas, ela não se destacava por ser a mais falante, mas pelo cuidado com que realizava cada tarefa.

No entanto, enquanto trabalhava, sua mente frequentemente escapava para um pensamento muito mais doce: Lizzie, sua namorada. S/n era completamente apaixonada por ela, e, em meio aos cálculos e projetos, era impossível não pensar nos momentos que compartilhavam. Ela olhava de relance para o relógio, contando os minutos para o fim do expediente, imaginando o sorriso de Lizzie e o abraço que logo receberia.

Quando a tarde ia chegando ao fim, o coração de S/n acelerava, ansiosa pelo reencontro. Para ela, cada segundo com Lizzie era um tesouro, e o fim do dia, o prêmio por toda a dedicação e paciência. O amor entre elas, assim como tudo que S/n fazia, era cuidado com a mesma atenção e carinho.

[...]

Ah, o fim do expediente! S/n mal podia conter a alegria. Assim que o relógio bateu a hora esperada, ela praticamente voou para o vestiário, trocando de roupa com a rapidez de quem está prestes a conquistar o mundo. Ah, claro, o perfume! Porque, afinal, nada melhor do que estar cheirosa para a sua Lizzie, né? S/n não deixava esse detalhe escapar nunca.

Já pronta, ela corre para o estacionamento e, lá está: seu Volvo preto. Entrou no carro com um sorriso no rosto e, bem, quem diria? A nossa engenheira tímida adorava uma dose de adrenalina! Saiu em disparada, cortando as ruas com pressa de quem está há horas contando os minutos para esse momento. Acelerou um pouquinho, sabe como é, só para sentir aquele friozinho na barriga.

E, como em um piscar de olhos, lá estava ela, de volta ao seu ninho de amor. Entrou em casa quase cantando e, antes mesmo de fechar a porta, já estava chamando por Lizzie. E quem aparece? A própria, com o entusiasmo de quem não via a hora de estar com S/n, pulando direto no colo dela. Um abraço aqui, um sorriso ali, até que... BUM! Elizabeth solta a bomba:

-Amor, minha mãe tá voltando de viagem e... vai ficar aqui em casa com a gente! ela vem hoje!

S/n, no que você imagina ser um choque? Nada disso! Ela reagiu animada, como quem adora uma novidade dessas. Depois de uma troca rápida de olhares, e sem mais palavras, as duas se beijaram, cheias de paixão. Mas, claro, nem tudo é romance, né? Logo após o beijo, Lizzie desceu do colo de S/n e saiu correndo para arrumar o quarto de hóspedes, porque, minha gente, a mãe tá chegando!

[...]

A noite havia chegado, e, como de costume, Elizabeth estava arrastando S/n para mais uma nova balada que havia acabado de estrear. Era típico de Elizabeth: ela jamais perderia a inauguração de uma festa, e sair sozinha nem passava pela sua cabeça. Naturalmente, sua namorada, S/n, era quase sempre forçada a acompanhá-la, algo que ela não curtia muito, já que preferia passar a noite bebendo whisky em casa, longe de lugares lotados com pessoas desconhecidas.

...

Agora as duas já estão na boate. O som vibrante preenchia o ambiente enquanto Elizabeth virava para S/n e dizia com um sorriso maroto:

- Vou no banheiro rapidinho, tá? Me espera aqui.

S/n acena, sem muito entusiasmo, e se dirige ao bar. Ela se aproxima do balcão e pede uma dose de whisky. O bartender, eficiente, logo prepara a bebida, que S/n vira em um único gole. Sem hesitar, ela pede outra dose. Enquanto esperava pela segunda rodada, uma mulher incrivelmente linda entra em seu campo de visão, sentando-se no banco ao lado. S/n, por mais que tentasse, não conseguia desviar o olhar. Hipnotizada, encarava a mulher de forma tão evidente que nem percebeu o quanto sua ação poderia parecer estranha.

Após alguns segundos de silêncio, a mulher finalmente se vira para ela, arqueando uma sobrancelha e abrindo um sorriso leve.

- Tá tudo bem? - pergunta, com uma voz suave, mas carregada de curiosidade. - Você está me encarando há um tempo.

S/n sai de seu transe abruptamente, gaguejando nervosa, enquanto as bochechas queimam de vergonha.

- E-eu... desculpa, não queria... não queria parecer estranha.

O bartender surge como um salvador, servindo rapidamente a segunda dose de whisky. S/n, sem pensar duas vezes, vira o copo de uma vez só, tentando acalmar os nervos. A mulher ao lado a observa, com um sorriso no canto dos lábios, claramente divertida com a situação.

- Qual o seu nome? - a mulher pergunta, ainda com aquele sorriso que deixava S/n cada vez mais desconcertada.

- Ah, sou S/n - responde, estendendo a mão timidamente, tentando ser cortês. - E o seu?

- Scarlett Johansson

A mulher ignora completamente a mão estendida de S/n e, em vez disso, se aproxima com delicadeza, deixando dois beijos nas bochechas da garota, um de cada lado, seguindo a tradição de um cumprimento mais íntimo. S/n, pega de surpresa, sente seu rosto esquentar ainda mais, e tudo o que consegue fazer é corar, sem palavras.

E lá estava S/n, num misto de constrangimento e nervosismo, tentando manter uma conversa com a mulher misteriosa ao seu lado. Para aliviar a situação, ela tenta ser educada.

- Posso te oferecer uma bebida?
- S/n pergunta, forçando um sorriso que tentava disfarçar a timidez.

- Claro, por que não? - responde a mulher, com um olhar intrigante, aceitando o gesto de gentileza.

Logo o garçom chega com o gin tônica da mulher, que pega o copo e, sem desviar o olhar, bebe tranquilamente enquanto encara profundamente os olhos de S/n. O olhar era tão intenso que fazia S/n se mexer desconfortável no banco.

Sem aviso, os olhos da mulher descem lentamente, fixando-se nos lábios de S/n, e de repente, a tensão no ar fica palpável. S/n sente seu corpo inteiro esquentar como se uma corrente elétrica tivesse passado por ela. A mulher se inclina levemente, seus rostos agora perigosamente próximos.

S/n, percebendo aonde aquilo estava indo, recua abruptamente, quase derrubando a cadeira ao se levantar de uma vez. Ela tosse nervosamente, tentando se recompor, e a mulher à sua frente se mexe desconfortável no banco, claramente surpresa com a reação.

- Eu... eu tenho namorada - S/n diz, tentando manter a voz firme, embora ainda visivelmente abalada pela tensão do momento.

A mulher suspira, frustrada, mas logo abre um sorriso malicioso, inclinando a cabeça de lado enquanto a olha fixamente.

- Que pena... um desperdício, sabe? - diz ela, encarando S/n com uma intensidade que a faz engolir seco.

S/n, ainda sem jeito, se prepara para responder quando um grito alto ecoa pelo bar. O som é inconfundível: era Elizabeth. Ela se vira e vê sua namorada correndo na direção delas.

Elizabeth pula nos braços da mulher que antes estava flertando com S/n, abraçando-a apertado, como se não houvesse mais ninguém no mundo. S/n observa a cena, completamente confusa, até que Elizabeth finalmente se afasta, virando-se para ela com um sorriso enorme.

- Ah, que bom! Vejo que já conheceu minha mãe! - Elizabeth diz, rindo, enquanto S/n e a mulher trocam olhares arregalados de choque.

- Mãe, essa é a S/n, minha namorada - completa Elizabeth, sem perceber o clima estranho no ar.

Assim que as palavras saem da boca de Elizabeth, tanto S/n quanto Scarlett - agora identificada como a mãe de Elizabeth - arregalam os olhos. Elas trocam um olhar longo, incrédulas, tentando processar o que acabou de acontecer.

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Continua...

Tirei essa ideia do nada e resolvi compartilhar com vocês! Esse é apenas o primeiro capítulo, bem curtinho, mas prometo que os próximos serão maiores. Curtam e comentem para que eu possa continuar a escrever! ♡

𝗔𝗺𝗼𝗿 𝗲𝗺 𝗱𝗼𝗯𝗿𝗼 (S/N G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora