Derreta em minha boca

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(Lily on)

Acho impressionante o fato de eu está tão pouco tempo na igreja e já tenho funções, mas não reclamo muito não, até por que isso me proporciona passar mais tempo perto da Rebeca.

Eu aprendi que "não se deve cobiçar a mulher dos outros", mas como não cobiçar quando a mulher é tão mal tratada pelo marido? Eu com toda certeza seria uma melhor opção para ela, e talvez não me importe em ser a outra.

Coloco algumas cortinas lavadas em seu devido lugar dentro do depósito da igreja. A porta se abre e vejo Rebeca segurando uma caixa.

Vou até ela e pega a caixa do seu colo vendo que está pesada.

Lily- já disse para você não carregar coisas pesadas, deixem onde estão que eu as pego para trazer para cá - coloco a caixa num canto vazio do depósito.

Rebeca - aham, por que esse cuidado todo, nós duas somos mulheres, não faz diferença de quem carrega

Lily - eu tô acostumada a carregar coisas pesadas, e no meu ponto de vista, você é tão delicada como uma flor, deveria ficar sentada apenas mandando nos outros, e não carregando peso - falo muito rápido e depois que me toco no que tipo de coisa disse e o sentido que isso pode tomar, olho assustada para ela - só... Não carregue peso

Ela me olha surpresa mas logo da um dos seus sorrisos meigos e se aproxima apertando minhas bochechas

Rebeca - que fofa você, apesar de eu ser mais velha que você, você é uma amiga muito gentil e atenciosa

Amiga, eu sempre serei amiga de uma mulher mais velha, hetero e casada.

Lily - sim, uma amiga atenciosa - olho nos olhos dela, na qual está próxima de mim, a vontade e de puxar e beijar - ainda tem mais coisas para trazer para cá? - tiro sua mão do meu rosto e vou indo até a porta

Rebeca - na verdade não, já acabamos, obrigada por se oferecer para me ajudar

Lily - de nada, é meu dia de folga mesmo - tento abrir a porta e ela não abre - você trancou a porta quando entrou?

Rebeca - que? - ela vem e dou espaço para que ela abra a porta e a mesma não consegue - eu não tranquei, acho que fechou sozinha
Coloco minha mão na maçaneta para verificar se não trancaram ou se enterrou a porta, mas acabo sem perceber prensando ela contra a porta.

E por tá tão próximo, consigo sentir com mais nitidez o cheiro de seus cabelos, me aproximo de seu ouvido e falo baixo

Lily- seu cabelo tá cheiroso - vejo ela arrepiar - tão perto assim, da para sentir seu cheiro, você é muito cheirosa Rebeca - dou um risinho e me afasto um pouco, mas sem da espaço para ela sair da porta

Ela se vira para mim e está corada com leves arrepios.

Rebeca - sua boba, que brincadeira é essa? Se fosse um homem, eu acharia que está me paquerando, o que seria errado, pós sou casada com o pastor

Lily - e por eu ser mulher não posso tá te paquerando também? - ela fica pensando antes de responder - e sejamos sinceras Rebeca, você não está feliz nesse casamento

Me aproximo deixando nossos corpos colados, ponho o indicador em seu queixo a fazendo olhar pra meu rosto.

Rebeca - o que- O que você tá fazendo? Lily, se alguém entrar aqui pode ter a impressão errada

Lily - que impressão?

Rebeca - que estamos nos agarrando no depósito da igreja, duas mulheres e uma sendo a pastora

Lily - mas é exatamente isso que eu quero, não quero que seja só a impressão - coloco minha outra mão em sua cintura e minha perna entre as dela - se me dizer com toda sinceridade e jurando por Deus que és feliz no seu casamento, eu te solto e vou embora, mas se não poder fazer isso, deixa eu te fazer feliz, não me importo que continue casada ou se é uma mulher

Graça Proibida (Yuri/GL)Onde histórias criam vida. Descubra agora