Ela perdeu o marido em um trágico acidente.
Ele perdeu o melhor amigo e a mulher que amava.
Uma viagem inesperada pode ser a única saída para um coração que se quebrou, mas a volta pode trazer algumas surpresas e um sentimento que esteve guardado a...
AVISO: esse capítulo contém cenas e menções que podem ou não causar gatilhos no leitor. Leia com responsabilidade ou pule as partes que lhe causem desconforto.
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"Isso é o que você faz quando quer alguma coisa. Você não procura razões pelas quais isso não funcionará. Você procura razões pelas quais isso acontecerá."
Taylor Jenkins Reid Em outra vida, talvez?
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Entrei hesitante no consultório da Dra. Hurly, e imediatamente meus olhos percorreram o ambiente com crescente confusão. Um leve cheiro de incenso pairava no ar, misturando-se com o aroma de ervas secas que estranhamente me acalmavam. As paredes, pintadas de um profundo tom de roxo me fizeram franzir o cenho e me questionar se eu havia entrado no lugar certo.
Esperava ver uma sala asséptica e formal, típica de um consultório, mas isso... isso parece mais o covil de alguma vidente ou algo do tipo.
— Olá? — chamei, minha voz ecoando levemente no espaço. A falta de pacientes dentro do cômodo também me deixou desconfiada. — Doutora Hurly?
Finalmente ouvi um movimento atrás de mim e me virei rapidamente. Uma mulher que parecia ser mais jovem do que eu saía por uma porta, vestindo casualmente um jeans e uma blusa de tricô cinza. O cabelo dela foi o que mais me chamou atenção, um tom pálido de rosa que me trouxe uma certa familiaridade. Eu conhecia aquele cabelo de algum lugar.
— Quincy, eu estava esperando por você. — Seu sorriso era alegre e poderia acalmar até mesmo a mais agitada das pessoas. — Bem vinda ao meu santuário de cura.
Santuário de cura?
Pisquei algumas vezes, tentando processar a informação. Será que me enganei de endereço? Quando contei à minha mãe que iria me encontrar com uma terapeuta, ela se animou e passou o contato de uma conhecida. Eu tinha que admitir que minha mãe tinha um gosto um tanto peculiar para escolher seus amigos.
— Desculpe, mas eu vim para uma consulta médica. É... terapia. Com a doutora Hurly. Posso estar no lugar errado, eu acho. Mas... você, por acaso seria... ela? — Eu ainda olhava para ela e a sala ao redor com certo espanto e curiosidade. Não era um consultório qualquer. Se é que eu podia chamar esse lugar dessa forma.
