8✧ Vidas que não seguem.

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- Você!?

Soltando a mão do corretor, boquiaberta.

- Não me diga que você é a nova moradora do condomínio?

Ele não tancou a ideia de eu ser a nova moradora do aurora sky, com uma expressão bem tensa em seu rosto no momento. O Sr. Thomas nos interrompe.

- Oh, vocês já se conhecem de algum lugar?

- Não, ela é...?

Com a descida do meu pai, eu o interrompi.

- Nos conhecemos hoje mais cedo. Eu encontrei o cachorro que ele havia perdido.

- Krypto, ela se refere.

Ele responde com patadas, enquanto eu reviro os olhos de lado e aceno confirmando.

- Que coincidência de ambos. E você é o Sr Matteo.

Ele fala enquanto cumprimenta meu pai.

- É um prazer conhecê-lo Sr. Thomas! Espero que a Sandy faça um ótimo negócio com o senhor.

- Já estamos fazendo!

- Precisamos começar pela área do jardim dos fundos.

O corretor nos encarrega de começar, como boa pessoa, meu pai os leva enquanto eu fico na sala olhando para os lados e Aiden se aproxima, pois ele tinha ficado. Provavelmente meu tormento se ascenderá novamente.

Continuando a olhar para os lados, ele também olha para os lados e puxa meu braço.

- Que teatrinho foi aquele seu?

- Eu só quero não causar problemas.

Desviando meu olhar dele, tento puxar meu braço, mas ele me agarra mais firme.

- Me larga seu imbecil!

Ele solta meu braço.

- Olha como você fala comigo, garota.

Ele me olha com um olhar julgador e ao mesmo tempo não gostando da minha presença.

- Vai fazer o quê, então?

- Então você está morando aqui no condomínio, não é?

- Algum problema?

Me afasto, ele vem se aproximando.

- Sim. Você é o problema. Cada vez mais os meu problemas estão se aproximando de mim. Olha só pra você, agora minha vizinha, quem diria. Você?

Ele bem sinistro, tento manter a distância enquanto ele fica me encarando.

- Estar me seguindo, é isso?

- Como você pode?... fala sério!Você também mora no condomínio!?

Ele é filho do Sr. Thomas. O que pode me surpreender ainda mais? Oh, sim pode! Ele também mora no condomínio, é óbvio.

- Parece que atraí um dos meus problemas, hein.

- Você quer dizer que sou um grande problema para você?

Ele vira as costas com um sorrisinho que me faz pensar aleatoriamente, em mil possibilidades de problemas.

- Seu pai é uma pessoa muito boa para te reconhecer.

- O que você está insinuando? Se você acha que vou voltar para aquela prisão, vai sonhando.

-Se não for aquele seu amigo pra te tirar como dessa última vez. O que você fará?

Ele está por trás de mim, e meu coração acelera com a frustração.

- Não, não!? Não aguento mais você achar que sou uma vadia. Acha que eu vendo droga, é isso? Seu...

De repente, ele se aproxima bruscamente e tapa minha boca com sua mão quente, interrompendo minhas palavras. O toque firme é um aviso claro: ele não quer que ninguém ouça o que estamos discutindo.

Com o outro braço, ele me puxa para mais perto, quase como se quisesse me esconder. Seus olhos estão fixos em algo à distância; ele parece estar ouvindo os passos se aproximando. A tensão no ar é palpável. Ele estar querendo manter nossa conversa sigilosa.

Sinto a mistura de raiva e medo enquanto tento processar a situação. Ele quer calar minha voz para esconder algo, mas isso só aumenta a pressão entre nós. O que será que nossos pais vão pensar se ouvirem?

Com a mão ainda tapando minha boca.

- Cala a boca! Você não percebe que eles estão vindo? Se eles ouvirem, tudo vai ficar ainda pior!

Tentando me soltar, meus olhos já cheios de raiva.

- Você não tem o direito de me calar! Eu não sou sua propriedade!

baixando a voz, mas ainda firme.

- Não é isso! Você não entende o que está em jogo aqui. Por favor, só fique quieta por um segundo!

Fica um silêncio constrangedor, e então saio rapidamente de perto dele.

- Eles não estão vindo. Você está escondendo alguma coisa?

Como se eu não percebesse.

- Presta atenção. Meu pai não sabe do que está acontecendo. Então é melhor você baixar a guarda.

Olhando para os lados ele vem se aproximando com um olhar furtivo, transmitindo a mim cautela em minhas palavras.

Olhando quase em seus olhos, nossos pais chegam sorridentes e o corretor vem em minha direção me direcionando ao andar de cima.

Ainda bem que eles não perceberam nossa discussão. O que eu tava pensando? Ele tem razão, nossos pais não devem nem sonhar que nós estamos nessa situação. Eles estão tão feliz.

A inspeção ocorreu bem, horas depois já estávamos na sala novamente para as últimas boas vindas a mim.

Posso estar com uma boa expressão, mas no fundo estou gritando em apuros.

Tentando ao máximo não fazer contato visual com ele, nem me aproximar. Passei sufoco, mas suportei. No entanto, Tarik os encaminha até a saída.

Nossos pais, se acenando, tiramos suas atenções para o lado pois assim eu e ele nos olhamos ferozmente, olhares de que o nosso problema está diante de nós, ou seja, somos problema um para o outro.

Alí estava sendo declarada nossa guerra firme, no entanto é o que eu pensei. Se não piorar.

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