Briga - Shouyou

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Keiji sabia que esse dia chegaria, e esperava ansiosamente para saber o motivo. Shoyou  realmente se meteu em encrenca, e com outros 2 meninos da sua sala, e, para o seu azar, nem Yaku e nem Kenma estavam livres, ou seja, os seus outros 2 filhos teriam que ficar na sala. Não queria que eles ficassem sozinhos no pátio, então, não tinha escolha.

– Minha corujinha ruiva! – Bokuto exclamou quando viu o filho.

O garoto, sem esperar nada, foi em direção ao mais velho, logo sendo pegado no colo. Olhou para o lado e viu Tooru, Hajime, um garotinho que chutava ser o tal Tobio, e mais um garoto. Parecia ter a mesma idade de Kyoko, estava de cabeça baixa e com as mãos juntas. Pensou ser o irmão mais velho do garotinho.

– Oque aconteceu? – Keiji disse, e entrou na sala. – Iwaizume-san, Olá. – Comprimentou.

– Bokuto-san. – Hajime fez reverência, sendo acompanhado do garotinho.

– Tooru... – O bicolor rosnou o nome do acastanhado.

– Koutarou... – Fez o mesmo.

– Por favor, senhores. – A diretora tentou amenizar. – Tem mais crianças aqui.

Keiji olhou pela sala, e viu mais 2 garotos. Um tinha cabelos vermelhos e estava de braços cruzados, enquanto ao outro, tinha cabelo esverdeados e um olhar calmo. Concluiu que esses dois também tinham se envolvido em encrenca, mais especificamente, encrenca com Shoyou.

– Por que a minha corujinha está aqui? – O bicolor refez a pergunta do marido.

Keiji, vendo que iria demorar um pouco, se sentou em uma das cadeiras que tinha ali e chamou seus outros 2 filhos para se sentarem perto de si. Obedeceram o mais velho, e o loiro se sentou na perna do pai, e Kyoko apoiou a cabeça no ombro do mesmo.

– Shoyou, conte oque aconteceu, por favor. – A mulher pediu.

– A gente t-tava brincando de vôlei, aí o Iwaizume-kun j-jogou a bola pra cima, pra eu c-cortar, mas o Tendou – Apontou para o garoto de cabelos vermelhos. – disse que o Iwaizume-kun jogava a bola de um jeito estranho. Eu não quero que ninguém fale mal dele! – Falou a última frase mais alto, e abraçou o pai.

– Tendou. – A mulher direcionou o olhar para o garotinho.

– É que ele joga aquela bola de um jeito estranho, tia! – Bateu o pé no chão. – O Ushijima joga melhor que ele!

– Tendou, eu já falei pra parar de dizer isso. – O esverdeado falou.

– Mas é a verdade! Você ainda vai ser capitão do meu time!

– Quer contar sua versão, Tobio? – A mulher disse.

– É a mesma coisa do Sho, mas ele esqueceu de dizer outra coisa. – Olhou para a mulher. – Ele tava falando que o Sho pula de um jeito estranho! Eu não quero que ninguém fale dele! E os pulos dele são ótimos! – Levantou os braços, exclamando com gestos. – E eu só joguei a bola nele quando ele ficou falando do Sho.

– Tá vendo!? – O acastanhado disse. – Meu filho só defendeu o amigo dele, não tem nada demais!

– Tooru, cala a boca. – Hajime o advertiu.

– O problema é que o Tobio acabou rosnando para o Tendou, algo que pode ser perigoso de se fazer na idade dele; e Tendou fez o mesmo, e irei informar os pais deles quando chegarem. Eles não poderam vir agora. – Avisou.

– Eu peço desculpas, senhorita. – Fez reverência. – Irei ensinar o Tobio a controlar um pouco isso. – O alfa disse.

– A corujinha não fez nada, não entendo do porquê estar tomando bronca. – Koutarou falou.

– É o nosso dever avisar os pais do que acontece. – Se levantou da cadeira. – Satori, peça desculpas para o Tobio e o Shoyou. – O avermelhado até iria discordar, porém a mão do amigo no seu braço o fez para.

– Desculpa por rosna pra você, Iwaizume. Desculpa por falar de você, Bokuto. – Abaixou a cabeça.

– Agora você, Tobio.

– Desculpa por rosna pra você, e ter jogado a bola na sua cara, Tendou. – Olhou para o avermelhado, e logo depois foi em direção a Koutarou, e olhou para cima, em direção ao ruivo. – E desculpa por você ter escutado isso; os seus pulos são ótimos! – Esticou a mãozinha para o ruivo.

– Obrigado, Iwaizume-kun. – Sorriu.

As duas famílias logo saíram da sala e foram em direção a saída da escola. O ruivo desceu do colo do pai, foi em direção a Tooru, que estava com Tobio nos braços.

– Tio, o senhor vai brigar com o Iwaizume? – Olhou para o acastanhado. – Não briga com ele, por favor! – Fez voz de choro para o mais velho.

– Chibi-chan, não irei brigar com ele, não se preocupe. – Sorriu. – Apareça lá em casa para brincar com ele, sim? Mas não leva o teu pai, ele é chato. – Olhou para o bicolor.

– Chato!? Eu!?

– Sim! Você! – Entregou Tobio para o marido.

– Asahi, vem pra cá. – Hajime chamou pelo garoto. – É capaz do teu pai te jogar no Koutarou. – Disse risonho.

– Asahi! – Kyoko disse, e abraçou o garoto.

Os dois que estavam brigando pararam após tem tempo, algo que era estranho, já que pensaram que ele brigariam até saírem na porrada.

– Vamos! Não quero pegar germes deles! – Koutarou puxou pela família, e - infantilmente - deu língua para o acastanhado.

– Tooru, cala a boca. – Hajime disse, antes que o ômega falasse algo.

Ambas as famílias entraram nos seus carros, e foram em direção às próprias casa. O carro dos Bokuto's estavam as altas conversas; Kyoko falava sobre Yachi, uma menina que tinha conhecido a pouco tempo, ela falava como se estivesse apaixonada pela ômega; Kei falava sobre um tal de Tadashi, um garoto que conheceu e que já eram melhores amigo; E Shoyou falava sobre Tobio. Keiji tinha presentimetos bons sobre eles, então, escutava atenciosamente seus filhos falarem sobre eles.

Keiji suspeitava que Koutarou talvez iria pegar nos pés dos garotos, já que não queria que seus filhos 'namorassem' cedo, principalmente com Tobio. O bicolor tinha uma certa rivalidade com o atual Iwaizume, uma rivalidade que os outros nunca tentaram entender. O ex-Oikawa provocava bastante o bicolor, seja com frases ou com ações, e sempre depois disso, Hajime o mandava calar a boca para evitarem conflito. Admirava a paciência que o mais velho tinha. Só esperava que essa rivalidade não interferisse na amizade de Shoyou e Tobio.

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Bom, essa fanfic era bem curtinha, mas eu queria postar ela!
Obrigado pela leitura!

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