CAPITULO 2

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- Olha! Ele está vindo aqui - disse Karen. Me virei e observei Scott com uma bandeja nas mãos, vindo até nossa mesa de almoço. Ele sentou ao meu lado e pois sua bandeja sob a mesa.

- Oi - cumprimentou.

- Oi - disse eu.

- Oi! Eu também estou aqui - disse Karen do outro lado da mesa.

- Oi Karen - disse e sorriu para ela.

Não falamos nada a partir de então. Ás vezes eu olhava pra ele e ele olhava pra mim, enquanto isso, as pessoas ao redor ficavam olhando pra nós. Eles não entendiam, o porque de um cara bonito sentar na minha mesa.

Nós estávamos andando no corredor e as pessoas continuavam olhando. Anastácia passou por nós e deu seu sorriso sedutor para Scott, e ele também sorriu, mas era um sorriso simpático, não sedutor. Eu preciso admitir que fiquei com ciúme.

Eu já estava na minha última aula e a pior de todas, pois Anastácia está nela. Ela fica rodiada de garotas que querem ser igual a ela e os garotos ficam babando pela mesma. O professor estava passando uma tarefa na lousa, quando terminei de copiar e guardar meu material, Anastácia olhou para mim e fez uma careta de desgosto, eu virei a cara e sai da sala.

***

Já eram quatro horas da tarde quando eu estava a caminho do bosque, e escutei um barulho atrás de um arbusto, parecia que havia alguém me espionando.

- Quem está aí?! - gritei. Nada. Ninguém respondeu. Fiquei ee alerta, e respirei fundo até escutar uma respiração. Eu tinha escutado uma respiração de longe, será que era um dos meus poderes aparecendo?

- Eu sei que tem alguém aí - falei. Escutei um barulho de alguém saindo do arbusto, quando me virei percebi que estava errada, não tinha alguém saindo do arbusto e sim pulando do arbusto em minha direção para atacar. Não consegui ver quem era, pois foi muito rápido e não parecia humano, mas era um homem. Ele pulou em cima de mim caindo os dois no chão e eu tentei empurra-lo, mas não deu certo, ele era muito forte, ele estava em cima de mim e não conseguia mais me mexer, fiquei com muita raiva.

- Pelo menos consegui fazer seus sentimentos fluírem, mas ainda tem que aprender a se defender e atacar, pois você não me deu trabalho nenhum - disse ele, e reconheci a voz masculina. Scott. Ele me soltou e me levantei.

- Você está tentando me matar?! - gritei, ficando com mais raiva do que já estava.

- Não, só estou testando suas forças - argumentou. Ele estava olhando fixamente para os meus olhos, e deu pra perceber que admirava a vista. Imediatamente peguei minha garrafa que refletia, a posicionei de modo que dava para ver meu reflexo, gritei e soltei a garrafa que caiu no chão. Meus olhos estavam vermelhos, não vermelhos de cansaço ou sono. A cor verde deles havia sumido e um vermelho sangue apareceu no seu lugar.

- Mas...mas o que está acontecendo comigo? - gaguejei.

- Não se preocupe, eles estão assim porque a sua raiva a estimulou - disse Scott. Eu desabei, e Scott me pegou a tempo, antes que eu caísse no chão, eu comecei a chorar em seus braços, e ele me abraçou mais forte.

- Eu sou um monstro - disse a mim mesma.

- Não. Você não é um monstro, você só está assustada, ficou bom assim - elogiou.

- Não ficou, olhe para mim! - falei. Ele aliviou o abraço e olhou em meus olhos e sorriu.

- Fica bom de qualquer jeito - disse.

Quando parei de chorar, ele me ajudou a levantar e andamos para dentro do bosque. Chegamos num espaço que ele havia escolhido para treinarmos.
- Pegue isto - disse ele jogando um punhal para mim - de hoje em diante você ai levar um desses com você em todo lugar - Peguei o punhal e olhei os detalhes nele. Havia espirais ao redor do cabo e sua cor era turquesa, que por incrível que pareça é minha cor preferida.

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