• Capítulo 19

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Verena pov

Respirei fundo e pensei o que responderia.

- Por que eu não estou mais afim de ficar com você - menti e ele rir fraco

- Eu sei que está mentindo

- Mentindo? Eu simplesmente não quero mais. Não pode?

- Pode. Mas não faz sentido, a gente estava tão bem

- Mas era só ficada Richard, eu enjoei - menti mais uma vez, impossível enjoar dele e dessa vez ele gargalhou

- Agora você apelou. Eu sei que foi por causa daquele dia do elevador - ficamos alguns segundos em silêncio - Verena, foi você quem disse que não queria se envolver. Então, não tinha nada de errado eu ficar com outra pessoa - respirei fundo mais uma vez

- Eu sei, não te disse nada e não te cobrei nada - disse simples

- Mas se afastou - passou a mão no rosto e me olhou - Eu quero você perto! - nesse momento meu coração acelerou

- Eu não quero me envolver, Richard. - repito

- Por que, Verena? Porra, a gente se entende tão bem

- Eu não quero me machucar. Eu já te falei que não acredito em amores que dão certo

- E por isso precisa se afastar assim? - abaixei a cabeça

- Eu não gostei do que senti quando vi você com outra pessoa - olhei pra ele e ele sorriu de canto

-  Tá vendo Verena? A gente se gosta pô, qual o sentido de ficar longe?

- Pô, você é chatoo -  digo impaciente e ele rir

- Se você não quer, não vou insistir - diz vencido

Olhei uns segundos pra sua varanda e fiquei em silêncio. O porteiro interfonou e ele desceu pra buscar nosso jantar.

Levantei, fui até sua varanda e fiquei admirando a paisagem.

Pô Verena, qual é a sua? Ele está tão fofo falando de sentimentos, fazendo toda questão de ter você por perto e você fica nessa? Sua vacilona! Como diz Fernanda, depois fica aí pra titia. Aff! Como é difícil. Nesse momento queria minha mãe aqui, eu sei que ela ia me ajudar.

Ouvi a porta sendo aberta e virei vendo Richard entrar com as embalagens nas mãos.

- Quer ajudar pra colocar a mesa? - ele concorda com a cabeça

Comecei a abrir as embalagens e Richard trouxe as louças da cozinha. Arrumei tudo na mesa e sentamos pra comer.

- Gu deve estar até agora falando sobre hoje com meu pai - quebrou o silêncio

- Ele estava empolgadão

- É, ele está muito feliz

Voltamos a comer em silêncio. Parei de comer e fiquei o observando comer. Não posso negar o quanto ele é lindo, seus traços fortes e o maxilar marcado deixam ele ainda mais sexy. Esse cabelo loirin pivete caiu muito bem nele, e o sorriso nem se fala, é o homem mais lindo que já vi nesse mundo. Será mesmo que eu quero me afastar dele?

- Nossa, esse japonês é muito bom - ele diz

- É mesmo, uma delícia - concordei

- Agora já sei mais uma coisa que você gosta - sorriu de canto

- É

Terminamos de comer, ajudei ele a limpar tudo e voltamos pra sala

- Eu já vou - me aproximo da porta

- Tá, tudo bem - se aproxima de mim e me abraça

Abraço ele forte, meu rosto fica na altura do seu peito e consigo ouvir seu coração acelerado.

- Eu posso dormir aqui hoje? - pergunto ainda abraçada e ele me solta

- Não, não quero você aqui. Vai pra sua casa - diz brincando e eu mostro o dedo do meio pra ele - ohh menina ousada - eu rir

Saí de perto dele e me joguei no sofá

- Vamos fazer o que? - pergunto e olho pra ele

- Quer sair? - deita do meu lado

- Pra onde? - ele me olha e pensa

- Pera aê

Ele levanta, pega uma camisa que estava na cadeira e veste, calça seu chinelo e pega as chaves e sua carteira

- Vem - pega na minha mão e me ajuda a levantar

- Vamos pra onde? Olha minha roupa - digo

- Não precisa se arrumar - abriu a porta e saímos

Descemos até o estacionamento e entramos em seu carro. Ele deu a partida e saímos.

- Pra onde estamos indo? - olho pra ele

- Nenhum lugar importante, só quero te mostrar algo especial pra mim - me olha rápido e eu sorri

Continuei o caminho em silêncio, o clima estava estranho entre a gente. Ele não sabia o que se passava na minha cabeça e eu estava confusa em relação aos meus sentimentos.

Chegamos em um prédio e ele estacionou, parece até um pouco com o condomínio que a gente mora, subimos até um apartamento e ele abriu a porta.

- Você tem outro apartamento? Aqui é seu abatedouro? - ele riu

- Não, esse apartamento minha família fica quando vem pra o Brasil

- Ah tá - ele foi até a varanda e eu o segui

O apartamento tinha uma vista incrível, por ser muito alto, víamos quase toda sp

- Aqui é lindo - me aproximo

- É, aqui me lembra muito a Colômbia. Lá tem um lugar onde fico com minha família que a vista é muito parecida. Sempre que venho aqui lembro da minha família, dos nossos momentos juntos e ameniza um pouco a falta que eu sinto.

- Deve ser barra ficar longe da família, né

- Muito, as vezes me sinto muito sozinho aqui. Minha família é muito grande e aqui não tenho ninguém, só Juan mas ele já está pensando em voltar

- Mas você não vai ficar sozinho, sua vizinha vai estar com você - ele me olha e sorri de canto. Amo quando ele faz isso!

- Vou cobrar hein - eu sorri - E você? Só tem seu pai e Gustavo?

- Tenho minha família materna que mora na Itália, uma vez por ano vamos visitar e família paterna mora em Santo André, no interior, Gu sempre vai pra lá e eu vou poucas vezes. - olho pra vista - Me acostumei a ser só nos 3 que nem sinto falta de família grande, quando minha mãe faleceu eles até se aproximaram mais e me ajudaram muito, mas depois cada um seguiu seu rumo.

Por toda vida. • RICHARD RIOS •Onde histórias criam vida. Descubra agora