Entre Cenas || Olivia Cooke e Emma D'arcy

Luz, Câmera e Coração

Emma e Olivia continuaram deitadas no sofá confortavelmente, aproveitando a companhia uma da outra. O ambiente estava envolto em uma suavidade que só a intimidade poderia proporcionar. Ambas não pensavam em nada, preferindo não remoer aquele assunto que pairava entre elas. Na verdade, nem era necessário; as duas sabiam o que estava acontecendo. Queriam apenas viver o momento, desfrutando da presença uma da outra, sem a pressão de discutir explicitamente o que sentiam, como se fosse um problema. E definitivamente não era.

Estavam imersas naquela bolha de conforto e serenidade quando uma voz ecoou, avisando que já iriam apagar as luzes da "cabana". Olivia deu uma pequena resmungada ao perceber que teria que sair do calor dos braços de Emma. Ao ouvir o som suave da reclamação de Olivia, Emma soltou uma risadinha, apreciando a maneira como a ruiva se deixava levar pela situação.

Com um suspiro resignado, Olivia se levantou primeiro, esticando os braços para se espreguiçar enquanto Emma a observava com um sorriso nos lábios. Elas saíram do set e seguiram em direção ao estacionamento em silêncio, mas essa quietude era confortável, quase como uma extensão do momento que haviam compartilhado no sofá.

Havia uma certa movimentação ao redor delas; os membros da equipe trabalhavam para desmontar os equipamentos e arrumar o espaço. O som das conversas e das risadas distantes criava um fundo sonoro que tornava tudo ainda mais aconchegante.

Ao chegarem em seus respectivos carros, ambas pararam e se voltaram uma para a outra. O olhar trocado entre elas carregava um significado que transcendia palavras. Emma sorriu suavemente enquanto Olivia mordeu o lábio inferior, hesitando por um instante.

“Então… até amanhã?”, perguntou Emma, quebrando o silêncio com uma voz suave.

“Sim, até amanhã,” respondeu Olivia, sua expressão iluminada por um brilho especial nos olhos.

Mas ambas não se moveram, ficaram paradas uma de frente para a outra enquanto seus corações batiam rapidamente. Olivia estava paralisada no olhar de Emma, ela simplesmente não conseguia desviar seu olhar. Emma percebendo dá aquele sorriso típico dela fazendo com que Olivia acorde do seu transe pronta pra se afastar.

Mas antes que ambas pudessem entrar em seus carros, Emma, com uma delicadeza inesperada, agarrou as mãos de Olivia e as trouxe em sua direção. O gesto foi suave, mas carregado de significado, fazendo com que Olivia encostasse seu corpo ao de Emma. A proximidade instantânea fez o coração de Olivia acelerar, e ela respirou fundo, tentando controlar a respiração que parecia ter se perdido em meio à intensidade do momento.

Emma observava cada pequena reação de Olivia, encantada pela vulnerabilidade que ela exibia. Era um lado dela que Emma não costumava ver – a mulher forte e confiante que sempre liderava com firmeza agora estava ali, nervosa e tímida sob seu olhar atento. E isso era algo que Emma estava começando a apreciar mais do que deveria. Havia uma beleza na fragilidade de Olivia que a fazia sentir-se ainda mais conectada.

Com um gesto carinhoso, Emma levou suas mãos até os longos cachos ruivos de Olivia, arrumando alguns fios que haviam se soltado. O toque suave dos dedos de Emma na pele de Olivia provocou um arrepio sutil. Depois, com um cuidado quase reverente, Emma posicionou uma mão na cintura de Olivia, mantendo-a ali, como se quisesse protegê-la daquele momento tão intenso e novo.

A proximidade entre elas aumentou quando Emma se inclinou levemente e deixou um beijo delicado na testa de Olivia. Foi um toque suave, cheio de ternura e carinho, que fez o estômago de Olivia revirar em uma mistura de ansiedade e alegria. Quando Emma se afastou, seu rosto iluminado por um sorriso genuíno refletia a felicidade daquele instante compartilhado.

"Até amanhã?" perguntou Emma, com um brilho nos olhos.

A timidez tomou conta de Olivia. Ela estava envergonhada e sentia seu estômago revirar em uma dança nervosa. Um leve sorriso escapuliu de seus lábios enquanto ela tentava encontrar as palavras certas. "É… sim, claro… até amanhã, Emma," respondeu ela, gaguejando levemente.