Capítulo 25

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oioioioi....

boa leitura...

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Dia 169 de 365


Julia estava ao telefone com Franklin quando S/n entrou em casa, alguns dias haviam se passado desde o início das aulas. E desde então a mulher ligava quase diariamente para o homem tentando falar com S/n, e nada, ela estava irredutível.

-- Franklin, isso preciso mudar -- Disse brava como se a culpa fosse dele, ele soltou um suspiro desviando o olhar para a garota que enchia um copo de água com os olhos nele -- Ela não aprontou mais nada?

Era sempre uma pergunta presente na conversa, a verdade é que ela não aceitava que a garota estivesse tão bem sem ela.

Mas estava.

-- Eu já disse que não, está tudo bem...

-- Não está nada bem! -- Cortou grosseiramente -- Minha própria filha não fala comigo, e você me diz que está tudo bem?

S/n podia ouvir o chiado no telefone quando o homem afastou o aparelho. Ignorando a mulher.

-- Tem comida no forno, querida -- Sussurrou e ela sorriu beijando a bochecha dele -- Julia, pelo amor de Deus! Eu passei anos nessa mesma situação e não surtei com você, me poupe. -- A mulher fez um barulho indignada.

-- Me dá isso – S/n disse cansada e ele a olhou duvidoso.

-- Como é que você pode dizer isso, Frankl...

-- Julia! – S/n disse brava -- Para com isso, eu estou ótima, como nunca antes, para de incomodar o meu PAI todos os dias -- Deu ênfase na palavra -- Eu não quero falar com você e nem sei se um dia vou querer, então nos poupe disso. Estou cansada de você agindo como se essa merda toda não fosse coisa sua -- A mulher ficou muda na linha -- Você provocou isso, só você e o seu egoísmo. Então para!

Desligou o aparelho e entregou ao homem que a analisava.

-- Filha? -- Ela negou -- Você não precisava -- Disse baixo.

-- Precisava sim, papai. Eu nunca disse isso, mas você é o único pai que eu quero, e nada vai mudar isso -- Afirmou sincera. -- O homem que me comprou os mais belos presentes por anos e os guardou sem nem esperança de um dia me entregar, só por me amar -- Ele sorriu -- Ninguém vai mudar o fato de que você é o meu pai, o único. Não importa o que digam.

Isso era referência a uma conversa que ela ouviu dias antes, onde Julia queria impor um exame de DNA a ele e S/n. O homem soube que ela ouviu e ficou sem jeito.

-- Me desculpa, não era para você ter escutado isso -- A abraçou e ela se deixou ser abraçada -- Eu amo você, querida.

-- Eu também amo você, pai. Muito -- Recebeu um beijo na cabeça -- Devo ressaltar que você está ficando gordinho? -- Disse depois de um tempo e ele se separou dela com os olhos cerrados.

-- Isso aqui é...

-- Resultado das cervejas com o Alejandro, eu sei -- Riu e ele a acompanhou -- Você devia se exercitar mais, sabe? Está na idade... -- Brincou e ele abriu a boca chocado.

A relação deles estava cada dia mais estreita.

-- Vamos combinar então, eu começo a correr – Ele colocou um sorriso no canto dos lábios -- E você, mocinha, começa a sair pela porta quando for dormir na casa ao lado – S/n virou um pimentão de tanta vergonha, abria a boca e fechava -- Qual é!? Eu sei, acha mesmo que um ex militar não ouviria alguém escalando a grade velha de plantas?!

Dois Lados (Adaptação Camila/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora