09 | trégua

664 82 103
                                    

━━━━━━━━

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

━━━━━━━━

ESTAVA há duas horas na mesma posição: encolhida em posição fetal sobre a cama, com o ar condicionado no mínimo e com o cobertor macio e fofinho a aquecendo. A melhor coisa do mundo.

Ainda estava chateada pelo último presente do Ceifador, e em como, mais uma vez, ele conseguiu se safar sem deixar rastros. Não conseguia parar de pensar no que ele queria dizer com aquela mensagem, com aquele presente. ¡ERES MÍA Y SOLO MÍA! UM SEGURANÇA NÃO VAI ME AFASTAR DE VOCÊ, QUERIDA... QUEM SERÁ O PRÓXIMO? TIC-TAC-TIC-TAC. O que mais a deixava apavorada era o fato dos olhos serem exatamente iguais aos de Bucky. E isso trazia uma torrente de pensamentos macabros de que, na realidade, não foi um aviso, e sim, uma ameaça a Bucky.

Estava assustada, e a cada minuto que relembrava dos acontecimentos recentes envolvendo o assassino, Mackenzie agradecia por ter Bucky Barnes por perto. Não admitiria isso para ele nem sobre a mira de uma metralhadora, mas sentia-se segura desde que ele entrou em sua vida — ainda mais depois de ter contratado os outros seguranças. Só esperava continuar sentindo-se segura assim até o momento que o Ceifador estivesse atrás das grades.

Ela virou na cama, encarando o teto e soltando um suspiro. Sentindo sede, e precisando dar um jeito em sua vida — as malas não seriam feitas sozinhas, infelizmente —, Mack levantou da cama e desceu as escadas na maior preguiça do mundo. Passando em frente ao quarto que Bucky estava usando, ela parou de andar, observando a porta aberta que parecia um convite bem interessante e irresistível.

O quarto dele era impecável, sem roupas espalhadas pelo chão, sem cuecas e meias sujas, e sem embalagens de comida ou louças velhas. Era, impressionantemente, limpo e organizado. A única bagunça que encontrou, de fato, foi sobre a cama de casal, que tinha os lençois e o edredom bagunçados, entregando que Bucky não havia feito a cama quando acordou naquela manhã.

Ela entrou no quarto, olhando para porta do banheiro que estava entreaberta. O som do chuveiro soava abafado e misturava-se com um assobio afinado. Mack mordeu o lábio inferior com força, evitando não pensar em Bucky debaixo daquele chuveiro: nu e molhado. Mackenzie sacudiu a cabeça para afastar os pensamentos e caminhou até a cama dele, passando a mão pelo lençol bagunçado.

O cheiro de Bucky estava por toda a parte. Um perfume masculino forte, gostoso e viciante. Do tipo que gruda em suas roupas e pele, do tipo que você sente de longe, do tipo que faz você virar o rosto para procurar o dono daquele cheiro. Era bom demais.

Ainda na ponta dos pés, Mackenzie vai até o armário dele, abrindo as portas sanfonadas e espiando as roupas. Tons escuros. Mas, o preto reinava na maioria das peças penduradas nos cabides. Os seus olhos foram atraídos para uma jaqueta de couro desgastado marrom, pesada e grossa. Perfeita.

Ela olhou por sobre os ombros antes de tirar a jaqueta do cabide e a vestir. Aquela peça tinha ainda mais o cheiro idiota de Bucky, deixando-a levemente tonta. Mack passou as mãos pela jaqueta e, no automático, abaixou a cabeça para inspirar o cheiro dele — feito uma adolescente boba e apaixonada.

Midnight Rain (ATO I) • Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora