Aparecendo aqui no início para pedir que vocês dêem estrelinhas!
Boa leitura.
No dia seguinte, Freen acordou determinada, tinha em mente fazer a vizinha falar. Tomou banho, colocou uma roupa confortável e almoçou com seus pais, e irmãos. Todos notavam que a garota estava meio calada, mas ninguém comentou nada a respeito e quando terminaram de comer, até livraram ela de lavar a louça, passaram a vez pro Fernando.
– Mãe, o que acha de convidar os vizinhos para almoçar aqui qualquer dia? - Falou sentando ao lado da sua mãe, no sofá. - Eles são donos do Armstrong's Restaurant.
– Você quer é ver a vizinha. - Fernando falou aparecendo na sala, fazendo a morena o ignorar.
– Não é uma má ideia, precisamos de amigos novos no bairro. - Sua mãe falou, também ignorando o filho. - E tenho que entregar a cesta que a menina ignorou.
– Ela é meio triste...- Freen falou encostando a cabeça no sofá – Mas é tão bonita.
— Você falou noventa vezes que ela é bonita. - Sua mãe disse rindo, fazendo a filha rir também.- Então vamos lá.- Falou olhando Freen. - Já deixo a cesta e você vê a "menina bonita".
Freen não poderia estar mais feliz, foi correndo até a cozinha, pegou a cesta negada pela vizinha e entregou pra sua mãe. As duas saíram de casa em direção à casa ao lado.
– Oi, me chamo Flora, sou a vizinha da casa ao lado.
– Oi. - Estendeu a mão, cumprimentando ela. - Prazer, sou o William . Sejam bem vindas ao bairro.
– Vim deixar essa cesta, passamos aqui ontem e Freen disse que não foi recebida muito bem.
– Nossa filha deve ter atendido ela. - William falou pensativo. - Mas obrigado, e pode entrar, vou chamar minha esposa.
Freen só faltou empurrar sua mãe para entrar logo na casa da vizinha, e quando entraram, ela se decepcionou um pouco por não ver a "menina bonita" ali. Mas seus olhos gostavam da bela casa, era enorme e extremamente arrumada.
William desceu a escada com Olivia, que foi super simpática com as duas. Agradeceu pela cesta e chamou elas para tomar um chá na cozinha.
– Tenho uma filha da sua idade. - Falou olhando Freen.
– E onde ela está? - Perguntou curiosa, fazendo sua mãe dar um pequeno chute por baixo da mesa, Freen encolheu os ombros e sorriu inocente.
– Rebecca não é muito de sair do quarto.
A morena gostou do nome que ouviu, percebeu que a "menina bonita" também tinha o nome bonito.
– Eu posso ver ela? - Olivia pensou bem antes de responder a pergunta, mas percebeu que sua filha precisa de amigos, e Freen parecia ser uma boa garota.
– Claro! - Sorriu amigável. – Só não se assuste se ela não for muito receptiva. É o primeiro quarto à esquerda, após a escada.
— Obrigada! - Freen levantou em êxtase da cadeira, queria muito ver a morena de novo.
Respirou fundo enquanto subia a escada. "Seja legal comigo, Rebecca. Por favor” era a única coisa que passava pela sua cabeça até chegar no último degrau.
Encheu o peito de coragem ao bater na porta do quarto, mas não ouviu nada. Ao bater de leve mais uma vez, a porta abriu lentamente com o pequeno impacto. Freen colocou a mão na maçaneta e pensou duas vezes antes de empurrar a porta vagarosamente.
E assim que abriu, se deparou com um quarto completamente escuro, a única luz que a deixava ver um pouco do cômodo, era a da janela que invadia.
A verdade é que Rebecca ouviu as batidas na porta, e estava de olhos fechados deitada na cama. Ela não queria abrir a porta, pois "sabia" que era a mãe dela perturbando seus pensamentos.
– Rebecca? - Ouviu uma voz diferente, e ao mesmo tempo sabia quem era. Abriu os olhos, mas não quis se mexer. – Você está acordada? - Freen encostou na parede e sem querer a cabeça dela encostou no interruptor, acendendo a luz.
Ela percebeu duas camas no quarto, deduziu que Rebecca tinha um irmão. Olhou pra cama da morena, e ela estava deitada de olhos abertos, Freen achou estranho a menina nem se quer olhar pra ela.
– Desculpa entrar assim. - Falou envergonhada. – Queria ver você.
Rebecca sem querer olhou pra Freen, e a garota de olhos castanhos sentiu seu corpo tremer com o olhar. Era a primeira vez que a garota olhou pra ela.
– Se você quiser posso sair... - Sorriu quadrado. Ela queria que a Rebecca falasse com ela, nem que fosse pra xingar. – Você ainda está triste? - Perguntou se aproximando da cama. – Ontem você estava pra baixo.
Freen notou que Rebecca estava meio magra demais. Seu rosto pálido e com olheiras não deixaram a loira deixar pensar o quanto a morena era linda.
– Porque você não fala comigo? - Perguntou cruzando os braços.
Rebecca queria falar com Freen, mas ao mesmo tempo não estava afim de fazer amizade com ninguém.
– Eu vou sentar e esperar você me falar alguma coisa. - Freen não ia desistir de ouvir a voz da morena.
Olhou pelo quarto em busca de uma cadeira mas não achou, então sentou na cama ao lado, e Rebecca levantou na mesma hora para empurrar a loira com tudo no chão.
– Você é louca? - Freen perguntou incrédula levantando do chão. – Porque diabos me empurrou?
A morena estava com raiva no olhar, seu pulso fechado e respiração ofegante. O que Freen não sabe, é que se sentou na cama do Richie, e aquilo mexeu com Rebecca de todos os jeitos.
A morena colocou as mãos no rosto e começou a chorar desesperadamente, ela era muito sensível em relação às coisas do seu irmão. Apenas Olivia pode tocar nas coisas dele, e ver Freen sentando naquela cama fez seu sangue ferver.
Freen não estava entendendo nada. Não sabia o que fazer, e ao ver Rebecca chorar daquele jeito, percebeu que aquela garota não sofre desde ontem a noite. Percebeu que ela está sendo machucada a muito tempo.
Em uma tentativa de tentar abraçar Rebecca, Freen levou outro empurrão. Não sabia que nesse momento, a morena a odiava.
– Fica aí chorando então! Foda-se. -Falou irritada, saindo do quarto. – Garota estranha.
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trust me - freenbecky
FanfictionRebecca Armstrong entra em depressão profunda depois de perder seu irmão gêmeo em um acidente de carro. Não fala, não sai de casa, não quer comer e não quer viver há sete meses. Os pais da garota não sabem mais mais oque fazer. Depois de tantos psic...