CAPÍTULO DOIS: Vermelho vibrante

50 4 0
                                    

ALERTA DE GATILHO

Atenção leitores e leitoras, este capítulo contém cenas de violência, acuamento de vítima e instabilidade psicológica retratando o perfil de um psicopata.

DISCLAIMER: os pensamentos de Henry são, DELE! Não concordo com nada que ele diz e volto a repetir — isso é ficção, nada possui ligação comigo ou outras pessoas.

Boa leitura

_______________________________________

ERA HORA DO JANTAR, POR VOLTA DAS SEIS HORAS, E QUARENTA E CINCO MINUTOS. Todos os receptivos membros da família compareceram pontualmente sentados em seus determinados assentos, June estendia alinhadamente o comprimento da toalha na imensa mesa rústica da sala de jantar, outras arrumadeiras mantiveram três garfos indicados para: salada, carne, sobremesa nos guardanapos dobrados ao lado dos quatro pratos — porcelanatos com detalhes decorativos — já os serviçais de bebidas trouxeram vinhos brancos de linhagem portuguesa para que a dona do casarão pudesse degustar.

O candelabro de cedro prata com nove velas parafinas dissolvendo no calor da língua de fogo, arvorando bálsamo destacando a fumaça. Iluminou-se sob o centro da mesa, nada restou, tudo estava definitivamente pronto.

A psicanalista Grant se ofereceu para cortar em fatias sua costela bovina assada ao molho de churrasco; sobrepondo nos pratos do trio de garotos. Os gêmeos e a matriarca rezavam habitualmente para Deus e Santa Maria em agradecimento aos banquetes do dia a dia. Exceto seu hóspede do qual preferia alimentar-se de imediato. Albarn esperou pelo último “amém”, enfim pegando primeiramente as folhas de alface temperadas por gotas de vinagre e azeite de oliva extra forte — verduras em primeiro lugar.

Brian e seu irmão fizeram seus pratos de comida com alimentos idênticos, tendo um acompanhamento de carne, salada, batatas coradas. Notando a governanta levar uma molheira de puro vidro para ambos. Cada irmão implorava por molho branco ser derramado nas batatas cozidas.

— Jezebel, sirva-me mais vinho! — Saracoteando o sino agarrado em sua canhota, a mais velha ordenou um de seus serviçais expostos na parede. O primeiro a ser chamado era pardo, barba branca, cabelos encaracolados. Sem delongas arrancou a rolha apreendida na garrafa firmemente, derramando o majestoso vinho europeu caríssimo. Nunca permitiria a taça de sua patroa vazia; portanto nenhuma garrafa serviria para estar intacta — Obrigada! Agora podem se acomodar. — Os demais se retiraram. Melissa não queria ficar de ressaca no dia seguinte, ela era uma mulher responsável.

— Carne deliciosa, senhora Grant — Cerrando a faca no pedaço da costela, Henry mastigava devagar não perdendo a educação e seu lisonjeiro — Aposto que  qualidade melhor que esta não há muito por aqui.

— Cozinhar é uma das artimanhas dela — o gêmeo de cabelos loiros sussurrava próximo a orelha do pálido, abrindo um sorriso ladino. A convivência de ambos era fluida — Toda exagerada! — Fez uma expressão caricata, mostrando a ponta da língua. O jovem moreno de dentes metálicos grunhiu insatisfeito pela interação dos dois; queria estar contente todavia era improvável. Brian merecia amizades melhores, porque no ponto de vista de Billy, aquele rapaz parecia enganá-lo ocultamente. No entanto, por alguma razão, iria descobrir qualquer suspeita futuramente.

— Não precisa me agradecer Henry, nossos cozinheiros da casa que são os creditados merecedores. — realmente odiava querer se gabar, as longas unhas pintadas em esmalte preto batucando agressivamente na madeira. Finalizando sua refeição, esfregava o guardanapo nos lábios manchando nele com seu batom carmesim — Ah, preciso retocar minha maquiagem antes de nossa sessão. Estou horrível! — Reclamou da aparência quando notou tons vermelhos fora dos contornos da boca.

HENRY ALBARN: ESCURIDÃO E ULTRAVIOLÊNCIA Onde histórias criam vida. Descubra agora