CAPÍTULO QUATRO: Encarcerado por garras demoníacas

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AVISO DE GATILHO

Esse capítulo contém uma descrição deveras retratada de um assassino, contemplando um cadáver ( não, relaxem, não há nada haver com necrofilia) talvez possa ser desconfortável para alguns leitores, fique atento e tome cuidado ao ler.

DISCLAIMER: O depoimento da Gisele será mais contado daqui pra frente, não queria estender neste capítulo pois ficaria muito grande e perderia a graça.

Quanto a cena sexual de Henry e Brian, não vejam isso como algo romântico — por mais que pareça ser —, é todo o começo da relação perturbada e abusiva dos dois.

Boa leitura

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UMA INQUIETAÇÃO CHUVOSA E GRITANTE NO TEMPORAL NUBLADO PROVIA ANÁTEMA NA NATUREZA LÚGUBRE DE SWAN LAKE. Inicialmente entardecia-se pela amplitude do céu encoberta por turvações cinzentas que se aglomeravam no horizonte; intensificando a escuridão vespertina do nevoeiro, comovendo os moradores.

Habitualmente feirantes e comerciários voltavam à ativa. No entanto, os agentes  começaram as deduções do sumiço de Yoshida Miller, essas sob as quais sequer foram achadas nem cinco por cento das possíveis certezas. No mínimo processo deste caso não houve pistas adequadas, afinal, a vizinhança do bairro Odile era negativamente enxerida com as histórias de outras casas de outros residentes.

Porém na residência Albarn Vincent esconde um mistério desde o dia fatídico do desaparecimento. Aquelas mulheres mal saíam para a rua; elas não abriram mais as janelas ou cumprimentavam as pessoas dizendo: “Deus te abençoe”, quando finalizavam curtas conversas. Na realidade, Miranda e Gisele queriam privar suas vidas silenciando as provas do crime.

A primeira tia de Henry se questionava: “por que o deixei sozinho com aquele menino?” O garotinho parecia ser muito respeitoso e amado por sua família.

Ela achava que Henry não matou inesperadamente — mesmo tendo causado um homicídio por espontânea vontade — de propósito. Gisele se recusava a aceitar que seu sobrinho feriu aquele garoto. Henry sussurrava entre lágrimas; soluçando e engasgando sempre que tentava explicar. Dizendo para elas sobre um homem ter invadido a casa e matado Yoshida. Será que também saberia explicar o assoalho avermelhado por sangue humano? Esse vermelho que era exatamente igual ao manchado nas roupas do sobrinho? Gisele não era burra, pois em sã consciência soubera que se continuasse a esconder isso, sua mulher e ela contariam como cúmplices do assassinato.

Ela se arrependia constantemente por não ter supervisionado, estabeleceu poucas regras mas esqueceu de ter sido mais atenta, assim saberia o que realmente ocorreu. À medida que os dias corriam, o receio de saírem para as ruas aumentava. Ela não conseguia admitir que o garoto fosse um monstro.

Melissa havia telefonado — avisando que sua análise iria fundo, suas notícias viriam em breve — contudo nenhuma novidade foi anunciada, já que a psicanalista só disse para Gisele o quão ele estava se adaptando aos poucos, sendo benevolente e intimidador.

Vinte de outubro fora marcado no calendário pendurado na parede da cozinha, os dias seguiram-se adiante entretanto, as mulheres verificavam determinados lados do jardim para que ninguém suspeitasse do odor fétido — onde o corpo da primeira vítima mantinha oculto debaixo de uma terra, circulado por vermes sugando todas as expansões de um cadáver sem cor.

Em cada rotina matinal que seguiam, ainda clamavam o nome do sobrinho mesmo sem querer, pedindo-lhe para rezar antes das refeições mas devido a tamanha sorte… Gisele e Miranda pensavam estar livres da perturbação.

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⏰ Última atualização: Oct 26 ⏰

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