NUM DIA QUALQUER DE OUTUBRO, BEM ANTES DA POPULARIZAÇÃO DO DIA DAS BRUXAS, surgiu a chegada de um jovem depreciado, natural do Utah. Ele deixou para trás dois lares que não mereciam sua presença, mas a compaixão parecia inútil quando sua saúde mental o forçava a relembrar os abusos psicológicos e agressões perpetrados pela esposa bastarda de seu patriarca.
Os relacionamentos familiares se esgotaram, e durante dias e visitas constantes em psiquiatras e médicos especializados nunca lhe deram um diagnóstico certo. Suspeitando claramente que o problema dele era insano, porque o garoto seria conhecido por eles novamente sendo mais um monstro sádico e irado prosperando caos inimaginável na cidade de Swan Lake — a cidade onde toda a fantasia de Tchaikovsky não tinha um final feliz, mas sim um final sangrento em danças de horror e gritos.
Contudo, seres humanos tendem a saber na fase inicial da vida enquanto crianças que são forçadas a descobrirem o mundo. Obrigadas a crescerem dependendo da idade adequada: mas e quanto ao um pequeno rapazinho Albarn? Este no qual perdera a mãe — Lynda Robert Albarn —, assassinada misteriosamente após um acidente pela estrada enquanto viajava de férias de trabalho.
Os traumas também seriam forçados ou facilmente superados sob uma mente inocente ainda em estado de desenvolvimento? Independente do ocorrido… Ninguém sequer foi capaz de salvá-lo, pois aquele lindo rostinho e coração puro se invalidaram conforme a vida corria com o tempo.
Apagando memórias de infância agora predestinado a ser um jovem homem,a alma de Henry carregava um ódio imenso no peito, achava enigmático se desvencilhar dele, especialmente agora em seus plenos dezoito anos quando escolheu conviver em um lugar desconhecido, onde dificilmente teriam de lidar com ele em uma nova família num outro lar. Albarn mentalmente estava despreparado, suas tias deveriam ter dado explicações melhores sobre a expulsão do sobrinho; todavia escrever uma carta legível para a moradora de seu novo recinto foi o suficiente apesar dos maus comportamentos que o pálido recusava a pensar.
Vamos esclarecer uma coisa, aquela passagem era a abertura de um novo futuro.
Ademais, seu fodido passado sempre o enlouquecia, já que Edward Albarn nunca desempenhou o papel de um bom pai. Sua esposa, Carmen, além de rígida, soube manipulá-lo com maestria, seduzindo-o. Henry frequentemente se irritava ao vê-la mentindo, percebendo que a mulher estava casada com Edward interessada em sua riqueza, também roubava sua confiança. A madrasta achava que o marido era ingênuo demais.
Graças à ignorância do homem, o filho mais velho começou a colecionar rancor mesclado em solidão, infelizmente sofrendo bullying e exclusão social durante o colégio ainda no ensino fundamental.
O Albarn mais novo mantinha distância das pessoas, considerado pelos outros desde cedo, como “anormal” embora fingisse tomar seus medicamentos para depois cuspir para dentro do lixo.
Enquanto a relação da madrasta e o afilhado era frequentemente tensa, marcada por broncas e até agressões físicas por parte do pai, quando ele a acusava de inventar uma "mentira.”Os filhos dela eram os preferidos deles – isso o machucava profundamente.
Henry prejudicou demais acontecimentos pela imensidão de lares caóticos, evitava voltar para a casa do pai, jamais temeria suas tias novamente.
O transtornado garoto viveu acostumado a observar seu negligente patriarca trazer prostitutas para casa todas as noites — antes de se casar com Carmen — assim, mudou sua perspectiva hesitando em colocar os pés no colchão velho da cama de madeira, sentindo embrulho no fundo do estômago repulsivo ao espiar pelo buraco da parede branca manchada o progenitor transar agressivamente com as vadias que pagava: gemidos, puxões de cabelo, tapas. Ele era só uma criança, que porra de pai doente! Quem diria para o menino que mulheres não eram apenas vadias?!
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HENRY ALBARN: ESCURIDÃO E ULTRAVIOLÊNCIA
TerrorAssim como em qualquer cidade pequena do interior, existem histórias bizarras ou até mesmo lendas que saem da boca do povo. Em Swan Lake isso não era diferente ou subestimado demais. Apesar dos turistas visitarem-na apenas no verão, o que eles não s...