As irmãs Miller - Lilian, Victoria, Elise, Jade e Sarah - passaram anos afastadas, cada uma seguindo seu próprio caminho, até que a morte do pai as obriga a retornar ao rancho da família em Montana. O que deveria ser um reencontro pacífico acaba des...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sarah Miller, ainda jovem, com os longos cabelos castanhos caindo até a cintura, sentava-se em uma das poltronas de couro do escritório do rancho. Ela estava concentrada em um mapa das terras da família, traçando linhas com um lápis, ideias fervilhando em sua mente. Era o início dos anos 80, e Sarah já demonstrava seu talento natural para os negócios, mesmo que ainda fosse apenas assistente de seu pai. O rancho sempre fora a paixão dela e de Kevin, seu namorado de infância, com quem sonhava em expandir as terras e os negócios da família.
Kegan Hernandez, o marido de sua irmã Victoria, entrou no escritório casualmente. Ele também trabalhava no rancho, mas, diferentemente de Sarah, não demonstrava o mesmo amor pelas terras. Kegan era ambicioso e astuto, o tipo de homem que sempre buscava vantagem, mas Sarah ainda não enxergava essa parte dele.
— Hey, Sarah. O que está fazendo? — Kegan perguntou, encostando-se à mesa e observando o mapa que ela estava rabiscando.
Sarah levantou o olhar com um sorriso animado. Ela confiava em Kegan, pelo menos até aquele momento, e estava ansiosa para compartilhar sua ideia.
— Tô pensando numa coisa que pode mudar tudo aqui no rancho, algo grande — disse Sarah, animada, gesticulando para o mapa. — Sabe aquele terreno lá no leste, onde a terra não é tão boa para o pasto? Pensei em usar aquela área para abrir uma pequena plantação de aveia e trigo. Podemos diversificar os negócios. Se fizermos isso, além do gado, teremos uma outra fonte de renda. E como a demanda por grãos tá crescendo, podemos fornecer tanto para fazendeiros da região quanto para mercados mais distantes.
Kegan olhou para o mapa, fingindo estar intrigado.
— Interessante, mas você acha que o seu pai vai topar? — Ele perguntou, cruzando os braços, como se estivesse refletindo.
— Eu sei que meu pai é tradicional, mas se apresentarmos os números, mostrando como isso pode aumentar os lucros e garantir mais estabilidade a longo prazo... Eu sei que ele vai ouvir. Além disso, Kevin e eu já fizemos os cálculos — disse Sarah, orgulhosa. — Com um bom plano de irrigação, isso aqui pode dar certo. Eu ia falar com o papai ainda essa semana.
Kegan assentiu, parecendo pensar, mas na verdade já estava arquitetando seu próximo movimento.
— Acho uma ótima ideia, Sarah. Você tá sempre à frente — disse ele, com um sorriso falso. — Mas olha, por que você não espera mais um pouco? Talvez a gente devesse refinar um pouco mais o plano antes de apresentar. Se quiser, posso ajudar com isso.
Sarah sorriu, grata pela oferta, sem desconfiar de suas intenções.
— Obrigada, Kegan. Mas já tá tudo pronto. Só vou reunir uns papéis com as projeções e falar com papai ainda essa semana.
— Claro, claro — disse ele, com um tom suave, mas algo brilhava em seus olhos. — Fico à disposição, caso precise de alguma coisa.
Poucas horas depois, Kegan se aproximou da grande varanda onde Matthew Miller, o patriarca da família, tomava um café enquanto observava as colinas. O pai de Sarah era um homem robusto, com cabelos grisalhos e um semblante sério, sempre reservado e resistente a mudanças.
