Chapter VI

69 8 4
                                    

Frio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Frio.

Seu rosto estava frio, suas mãos estavam frias.

Senti seus dedos gelados tocando em meu pescoço enquanto Clarisse La Rue me beijava de volta.

O que Afrodite está aprontando? Deve ser alguma brincadeira de mal gosto, não é possível..

Aprofundei o beijo, tentando não pensar em nada. Não lembro qual foi a última vez na minha vida em que não pensei, só agi. Também não lembro da última vez que me senti tão bem e tão... Humano.

Calor.

É claro que começo a me sentir quente. Como não sentiria?

Coloco as mãos em sua cintura, puxando-a para mais perto de mim. Consigo perceber que estamos em uma péssima posição, lado a lado, mas no momento isso não me importa muito.

No momento em que começo a pensar que estamos com os lábios colados a tempo demais, ela se afasta, ofegante.

São 5h30 da manhã. A garota em minha frente está estática, olhando fixamente nos meus olhos. Eu não sei porque fiz isso, só sei que cedi a um impulso que nem eu sabia que tinha... E honestamente não me sinto arrependido.

Clarisse continua me encarando. Ainda estamos muito perto um do outro. Seu rosto está vermelho, tanto pelas lágrimas que ela soltou mais cedo como por vergonha, imagino. Ela faz menção de falar algo, abrindo e fechando a boca mais de uma vez enquanto eu a olho, sem um pingo de arrependimento pelo que fiz. Há muito tempo não sentia algo tão ardente dentro de mim quanto senti nos últimos cinco minutos.

A coloração de seus olhos, geralmente castanhos, está vermelha. Eu já vi os olhos de Ares quando ele está com raiva... Exatamente assim.

É isso, essa é a hora que vou morrer. Ela vai me matar.

- Clarisse, eu... - tento me explicar, sem conseguir terminar a frase.

Ela me empurra, selando mais uma vez nossos lábios.

Sinto meu corpo indo para trás na cadeira, enquanto a mulher em minha frente levanta, me fazendo olhar para cima para não desgrudar meus lábios dos dela.

Clarisse, a garota que me inferniza há anos, coloca uma das mãos em meus ombros, parando de me beijar enquanto coloca suas pernas envolta do meu corpo, sentando no meu colo. Respiro ofegante, tentando não parecer desesperado enquanto coloco as duas mãos em sua cintura.

Ela está de frente para mim e é impossível não reparar no quão bela ela havia se tornado.

Não era mais a garota fortinha que se vestia como um rapaz no meio do acampamento, reprimindo os campistas menores.

Era uma mulher bonita, que eu nunca havia reparado. Meu mundo, até o começo desta semana, girava somente em torno de Annabeth Chase e eu mesmo me impedia de enxergar outras mulheres desse jeito.

FighterOnde histórias criam vida. Descubra agora