"Se mantenha acordado! Eu ainda estou aqui.."
Foi uma boa ideia Apuh sair da cidade dos pais, levar seu irmão junto, para vir morar e ser responsável sozinho?.. Deixar todos preocupados..
Aquele carro estava contra a mão, não é sua culpa, mas, foi s...
Ambos os garotos estavam no quarto, a bateria do celular do ruivo tinha acabado, o carregador foi emprestado por Lg, já que seu irmão ficou de vir entregar roupas e o que era necessário e ainda não chegou.
Então Apuh estava com uma camisa totalmente preta do moreno, pois a do ruivo manchou de sangue por completo.
Querendo ou não, Apuh queria tentar fazer amizade com o Luís.. mas o'que ele se mostrava ser, um garoto totalmente frio e introvertido.. ou não.
O ruivo pensava como começar uma conversa, mas nem conseguia olhar diretamente que desviava o olhar.. talvez seja por só saber seu nome?!
Uma loira de coque entrou no local, estava com uma prancheta em mãos, uma caneta preta firmemente posicionada em sua orelha direita. Ela vestia um jaleco branco impecável que ajustava perfeitamente em seu corpo, as mangas levemente arregaçadas, revelando um relógio de pulso prateado.
Apuh apenas a olhou, realmente confuso o porquê da doutora estar lá. Lg só a mediu com o olhar, mas voltando sua atenção para o aparelho em mãos.
— Você está sob cuidados porque sofreu um TCE. Isso pode resultar em várias mudanças, como dor de cabeça ou confusão mental. É fundamental que você me avise sobre qualquer sintoma novo, ok?.. — A doutora, Lange, falou com um rosto sério e seu tom de voz calmo, tentando não apavorar o ruivo.
Apuh apenas concordou, nem sabia que drogas significava TCE.. era uma sigla pra falar que ele iria morrer rapidamente ou lentamente?
O moreno até sabia o que significava, e estava prestando atenção a cada palavra que a médica, Lange, explicava, já que quem iria o cuidar.. era ele. Vai que Apuh faz alguma merda e ele nem vai saber o porquê daquilo?!
Poderia se mostrar desinteressado? Sim. Mas não estava, fingia estar interessado no próprio Instagram, queria saber o porque aquele ruivo o chamou atenção.. era diferente, sei lá! Mas achava que só talvez, não queria mais sair daquele quarto enquanto tivesse a companhia de Apuh.
Lange ainda explicava, algumas coisas lendo e escrevendo na prancheta que segurava, a explicação era bem complexa podemos dizer, onde teria as dores de cabeças frequentes, algumas dificuldade para lembrar várias coisas, tontura com desmaios, vomito e talvez as vezes convulsão.
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17:20
Neste momento, estava apenas Apuh no quarto; ele olhava pela janela, que apenas mostrava outras clínicas, nada de interessante.
Ele se perguntava todo minuto onde o responsável de seu quarto, Lg, estava.. porque tipo, ele saiu! Sem falar absolutamente nada.
A camisa preta ainda estava no corpo do ruivo, era um pouco mais larga que normalmente usava.. mas por perceber, o garoto Lg amava roupas maiores que ele, isso que Apuh é menor!..
O de olhos negros ergue a camisa levando até o nariz a cheirando.. era um perfume doce, que realmente não parecia como a personalidade e aparência que combinaria com o moreno! Mas tudo bem, o perfume é perfeito.. como o dono da camis- opa?
Talvez Apuh estivesse meio confuso, porque sente uma sensação estranha quando o garoto se aproximava.. ou até mesmo falava, que voz!
"Não era possível que eu estivesse começando a me apaixonar por um mafioso!"
Enquanto isso, Lg estava fora do hospital em uma ligação, e com um cigarro entre dois dedos. Ele escutava seu chefe reclamando, mas estava totalmente desinteressado.. olha que ele tinha muito respeito pelo Jazz.
— "Olha aqui, Lg! É melhor se livrar das responsabilidades do ruivinho ali.. você sabe que é um dos melhores membros para as missões em específico." — Jazz reclamava.
— Jazz, tem o Victor. Ele tem as mesmas habilidades que eu. E também! Eu to precisando de folga que você me prometeu, vou aproveitar esses dias, depois eu volto e nós finge que nada aconteceu. — Lg responde, saindo a fumaça de sua boca e cada palavra.
O chefe da máfia não respondeu, apenas desligou, provavelmente.. ele se estressou. O que fez o moreno revirou os olhos apagando o cigarro com os dedos e jogando no lixo que tinha ao seu lado.
Toda vez que Lg se estressar ou estava preocupado com algo ele não conseguia se conter, ele precisava fumar.. e quando não tinha nenhum por perto, ninguém o segurava.
Lg voltou para dentro do quarto junto a Apuh, que estava deitado olhando pro teto, acho que não percebeu que o de olhos rosados tinha voltado para o local.
— Apuh? — O moreno chama a atenção.
— Que- O que? — O ruivo volta de onde estava.. dizendo mundo da lua; Percebendo que seu responsável do quarto tinha voltado.
— Nada.. Só achei que você estava chapado. — O moreno se senta novamente na poltrona, provavelmente passaria mais uma noite naquele lugar, até o hospital dar alta..
— Hum.. Posso te conhecer melhor? Já que vou passar um longo tempo com você. — O ruivo questiona, bom, não podemos negar! Ele queria mesmo era conhecer Lg para se aproximar dele.
— Você já sabe meu nome, apelido e idade.. o que mais quer saber? — O moreno perguntou se apoiando na própria mão olhando diretamente pros olhos negros.
— Ah!.. agora tu me complica.. Bom, posso falar de mim então. — Apuh propôs, esperando o moreno confirmar.
Lg o olhava, medindo Apuh com o olhar, de cima a baixo.. realmente nem sabia o porquê, mas achou aquele corpo bem interessante para ele. Logo balança a cabeça levemente tirando aqueles pensamentos, e concordou. "Claro. Sim prossiga..."
— Bom, como você sabe meu nome é Apuh, e meu sobrenome é Lazzari. — Apuh explica.
O moreno o olhou com curiosidade.. era literalmente o sobrenome de uma das famílias que tem a história mais rica da Itália.. e também tem uma máfia bem poderosa com o mesmo nome que passa em gerações. Como Lg sabia disso? Claro, ele tinha seus contatos graças ao Jazz.
— Eu tenho vinte anos também! Meu pai e mãe são de outra cidade, vim pra essa cidade no começo do ano! E faço faculdade de administração. — O ruivo responde, com um mínimo sorriso no rosto, nesse momento ele estava sentado na cama.
— Uau. Realmente pra quem tem vinte anos é até estranho querer sair da casa dos pais. — O moreno fala, olhando diretamente para o garoto em sua frente.
Apuh ri levemente, com um sorriso junto no rosto. Não sabia porque! Mas ele confiava demais pra ser um estranho que o salvou.
"O que eu to fazendo da minha vida com um estranho que comecei a conhecer hoje?!"
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