Em Nova York, um jogo mortal está prestes a começar. Assassinos de aluguel são constantemente acionados pelas diversas gangues que dominam as sombras da cidade, cada uma com suas próprias regras e territórios. Durante anos, essas gangues mantiveram...
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Não sei quanto tempo estou no carro, mas desde que eu entrei eu só pensava no que tinha acabado de acontecer. Já passavam das quatro da manhã quando eu decidi sair do salão da festa, depois de checar o lugar por dentro e por fora sozinha. Eu recebi uma confirmação de que ele havia saído da propriedade mas perderam sua localização, mas mesmo assim eu continuei e ninguém veio tentar achar o sujeito. Quase implorei para meu pai, mas ele disse que mandar uma equipe naquele momento era arriscado, resumindo eu fiz papel de idiata na frente de todos que estavam na missão.
O resultado dessa brincadeira foi um ponto de comunicação perdido depois que eu arremessei ele na fonte.
Sinto o carro parar, olho para fora e vejo que estou na frente de casa e nem mesmo tinha percebido quando sai do quarteirão. Não espero o motorista desembarcar e abrir a porta, eu saio assim que destranca a mesma, subo os degraus em direção a porta batendo meus saltos louboutin a cada degrau.
O leitor lê meu dedo com a mesma rapidez que eu arregaço a porta de entrada na parede. Vejo meu pai sentado na mesa de jantar à minha frente enquanto lê um jornal, ele apenas levanta o olho, com uma calma inexplicável para alguém que foi xingado pela filha a poucos minutos na frente de uma equipe tática inteira.
Eu não perco tempo e abro a boca.
- Porque não vieram me ajudar? Porque me deixaram lá? Poderíamos ter pego aquele idiota se fossem mais rápidos!- Eu grito a plenos pulmões, mas meu pai apenas abaixa o jornal e o apoia na mesa enquanto me encara com tédio.
- Maevie...
- Não, sem Maeve.- Aponto o dedo para ele- Algum em noção quis me humilhar e roubar meu trabalho de mim e o pior foi que você me deixou lá, nem mesmo me ajudou, deixou que eu fosse humilhada- Só paro de gritar pois minha garganta está ardendo, então pego o objeto mais próximo a mim e jogo contra a parede.
- Maeve que droga. Meu cabelo!- Ouvi uma voz feminina e me viro para ver Morwen no lugar onde joguei o vaso de flores, que por pouco não acertou sua cabeça.
- Não vamos fazer nada- Meu pai disse simples, fazendo com que eu fique mais puta ainda. Nem mesmo ele está ao meu lado.- Você já fez seu show, se comportou como uma criança mimada e agora vai subir para seu quarto sem dizer um piu.- Estou prestes a abrir a boca quando ele bate a mão na mesa e se levanta- Só saia quando tiver pensamentos racionais.
Eu quero dizer tudo que penso na cara dele, me contenho minhas emoções e pelo bem da minha garganta subo para meu quarto.
Assim que entro bato com força a porta atrás de mim e me escoro na mesma, solto a lace da minha cabeça e a jogo em algum lugar no escuro.
