Manuela é uma mulher de 24 anos, que atualmente atua como ginasta olímpica e nas horas vagas como modelo.
Vamos acompanhar a história da brasileira nas olimpíadas de Paris, aonde ela acaba conhecendo um Skatista um tanto quanto metido e arrogante.
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𝐌𝐀𝐍𝐔𝐄𝐋𝐀 𝐒𝐈𝐋𝐕𝐀. 📍𝐏𝐀𝐑𝐈𝐒. - 𝐌𝐄𝐒𝐌𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄.
Eu sempre achei que algumas coisas deviam ficar lá no passado, enterradas pra sempre. Principalmente quando machucam. O Mattheo... bom, ele foi um desses capítulos da minha vida que eu preferia nunca ter vivido. No começo, ele parecia o cara perfeito, sabe? Atencioso, carinhoso, daqueles que te fazem sentir única. Mas com o tempo, as coisas começaram a mudar. Ele virou possessivo, ciumento... controlava tudo. Eu demorei pra enxergar, mas quando vi, não teve volta. Ele me traiu.
Já faz mais de um ano desde então. E, pra ser sincera, até que tava tudo indo bem, eu focada na ginástica ,nas horas vagas fazendo bico de modelo, vivendo minha vida. Só que o Mattheo nunca aceitou o fim. Ele mandava mensagens sem parar, ligava de madrugada, deixava flores nos meus treinos como se nada tivesse acontecido. Eu tentei ignorar, mas tem hora que é impossível.
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Mattheo tava encostado no meu carro, me esperando. O coração disparou na hora.
— A gente precisa conversar — ele falou, a voz meio baixa, mas com um tom que me deu um arrepio na espinha.
— Mattheo, já falamos tudo o que tinha pra falar. Acabou. — Tentei me manter firme, mas por dentro eu tremia.
— Não é assim que as coisas terminam, Manuela. — Ele deu um passo pra frente, e eu automaticamente recuei.
— Vai embora, por favor — minha voz já não saía tão firme, e quando tentei passar por ele, senti sua mão no meu braço. Forte demais. Ele me puxou e eu não tive tempo nem de gritar.
Antes que eu percebesse o que tava acontecendo, ele me arrastou pro carro dele, estacionado atrás do meu. Me jogou no banco de trás, e na queda bati a cabeça com tudo na porta. Senti uma tontura e tudo ficou meio embaçado por alguns segundos, mas deu pra ver ele fechando a porta e trancando tudo.
Eu tava presa.
Ele entrou na frente e ligou o carro, como se fosse uma coisa normal. Como se fosse só mais um dia. Só que não era. Eu tava apavorada.
— Você acha que vai me deixar assim? — ele murmurou, olhando pelo retrovisor. — Acha que vou deixar isso acabar? Você é minha, Manuela.
Minha. Essa palavra ecoou na minha cabeça. Eu nunca fui dele. Nunca fui de ninguém. E, naquele momento, a raiva começou a se misturar com o medo. Eu precisava sair dali.
