O tilintar das xícaras se misturava ao murmúrio suave das conversas dos clientes no café. Era uma manhã típica de segunda-feira, e o fluxo de pessoas atrás de café parecia não ter fim. Eu me movia entre as mesas e o balcão, guiada pela rotina, mas naquele dia, algo parecia diferente.
Havia uma inquietação em mim que não conseguia ignorar. Não era o trabalho, mas o que ainda permanecia na minha mente desde o fim de semana: Bang Chan. Desde aquele encontro no bar, o nome dele pairava na minha cabeça. Seu jeito de me olhar, as palavras enigmáticas e misteriosas... tinha algo nele que eu não conseguia decifrar, mas que me atraía de um jeito que eu não sabia explicar. Tentei afastar esses pensamentos enquanto anotava o pedido de uma cliente.
— Um cappuccino e um croissant, por favor.
Assenti com um sorriso gentil e caminhei até o balcão. Minhas mãos seguiam o fluxo habitual do trabalho, mas minha mente estava longe dali. Parte de mim tentava entender o que havia de tão intrigante em Bang, enquanto outra parte tentava me convencer de que eu estava exagerando ao extremo. Talvez ele fosse só um cara misterioso, nada além disso. Mas então, o sino da porta tocou.
Sem olhar, senti a presença dele invadir o espaço. Meu coração acelerou, e quando me virei, lá estava ele, parado na entrada, como se aquele fosse o lugar mais natural para estar numa manhã de segunda-feira.
Bang Chan.
Ele caminhou até o balcão com a mesma confiança discreta de antes, seus olhos vasculhando o ambiente, até finalmente encontrarem os meus. Um arrepio percorreu minha espinha, mas me mantive calma, o mais profissional possível. Ele parou perto de mim, e mesmo com o barulho ao redor, parecia que éramos só nós dois naquele instante.
— Um expresso, por favor — sua voz era tão grave quanto eu me lembrava, e seu olhar, intenso demais para um começo de expediente.
Fiz um sinal com a cabeça, confirmei o pedido e me virei para preparar o café. Sabia que ele estava me observando, sentia seus olhos em mim. A curiosidade no olhar dele me deixava desconfortável e, ao mesmo tempo, inquieta. Por que ele estava ali? Será que me seguiu? Ou era só coincidência?
Enquanto preparava o expresso, me perguntei de novo: quem é Bang Chan de verdade? Tinha algo nele que me parecia inalcançável, como se ele estivesse além desse mundo.
Entreguei o café sem dizer nada, mas antes que ele se afastasse, não consegui me conter.
— Por que você está aqui? — A pergunta saiu um pouco mais afiada do que eu esperava, mas eu tinha uma necessidade de saber.
Chan sorriu de lado, aquele tipo de sorriso que não responde nada, mas também não nega.
— Talvez eu apenas goste do seu café — ele disse, levando o copo aos lábios, os olhos ainda presos nos meus, como se estivesse me desafiando a perguntar mais.
Quis fazer isso. Quis insistir, perguntar quem ele realmente era, por que ele parecia olhar tão fundo em mim. Mas, por algum motivo, não consegui. Parte de mim temia a resposta.
— Então, é só isso? — Perguntei, tentando manter o controle, mas com uma ansiedade crescendo.
Ele deu uma risada baixa, sorriu e tomou um gole do café antes de responder.
— Talvez eu só esteja esperando o momento certo para contar o resto.
Antes que eu pudesse dizer algo, um cliente novo entrou, e meu olhar desviou por um instante. Quando voltei a procurar Chan, ele já estava caminhando em direção à porta.
— Até a próxima, Yuwon — disse, sem olhar para trás, e simplesmente desapareceu nas ruas movimentadas de Seul.
Fiquei ali, por um momento, encarando a porta pela qual ele tinha saído, num misto de frustração e curiosidade. Definitivamente, ele não era alguém comum. E eu sabia que, se quisesse descobrir mais, teria que ir fundo nisso, mesmo que fosse perigoso.
Nos dias que seguiram, tentei me concentrar na rotina do café. Atendia os clientes, servia bebidas, trocava conversas com meus colegas. Mas, na verdade, eu olhava para a porta, esperando vê-lo entrar de novo, esperando mais uma pista do que ele escondia tão bem assim.
Porque, no fundo, eu sabia que ele voltaria. Algo me dizia que, assim como eu estava curiosa sobre ele, havia algo nele que o fazia voltar para mim. Algo que talvez, com o tempo, eu entenderia.
E, assim, a calmaria da minha vida começava a se desfazer, pouco a pouco.
Genteeeeeeeee, eu tô chorando! 😭 Tô na metade dessa fanfic já.
Apenas me resta postar os capítulos que estão em meus rascunhos e revisar tudo para ver se tem alguns erros ou alguma parte sem contexto. Já peço desculpas pelo capítulo curto. Eventualmente, os capítulos terão em torno dessa base de palavras, 700/800, enfim. Já agradeço também pelos os que votaram e comentaram nos primeiros capítulos, muito obrigada, de verdade! Foi muito difícil escrever ela(ainda está sendo), especialmente com meu bloqueio criativo :(
Amo vocês, mwah!
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❙ 𝓓𝐈𝐒𝐆𝐔𝐈𝐒𝐄𝐃, ℳ𝐑. 𝓥𝐀𝐌𝐏𝐈𝐑𝐄?﹙𝖡𝖺𝗇𝗀 𝖢𝗁𝖺𝗇﹚
Fanficㅤ🦇 ❙﹙𝗗𝗜𝗦𝗚𝗨𝗜𝗦𝗘𝗗, 𝗠𝗥. 𝗩𝗔𝗠𝗣𝗜𝗥𝗘?﹚↴ ㅤ ❝𝓓𝙚𝙨𝙙𝙚 𝙖 𝙥𝙧𝙞𝙢𝙚𝙞𝙧𝙖 𝙫𝙚𝙯 𝙦𝙪𝙚 𝙩𝙚 𝙫𝙞, 𝙔𝙪𝙬𝙤𝙣, 𝙤 𝙘𝙝𝙚𝙞𝙧𝙤 𝙞𝙣𝙚𝙗𝙧𝙞𝙖𝙣𝙩𝙚 𝙙𝙚 𝙨𝙚𝙪 𝙨𝙖𝙣𝙜𝙪𝙚 𝙢𝙚 𝙖𝙩𝙧𝙖𝙞𝙪❞ ↪ 𝐄𝐋𝐀 𝖾́ 𝖺 𝖽𝖾𝖿𝗂𝗇𝗂𝖼̧𝖺̃𝗈 𝖽𝖾 𝗰�...