08.

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[ 🥃 ]

Jisung se levantou devagar da cama de Félix, deixando o amigo dormindo tranquilamente. Não desligou a televisão para poder sair fazendo um barulho à mais, e para poder fechar a porta com mais tranquilidade.

Observou o corredor pouquíssimo iluminado e suspirou. Deveria mesmo fazer isso? Não sabia, porém, de um jeito ou de outro, o garoto começou a andar pela breve escuridão, deixando as perguntas de lado, tomando cuidado para não trombar em nada, até porque seu pé ainda estava enfaixado.

Mas bem, andar devagar não deu tão certo quanto Jisung esperava, porque ele acabou se chocando com o corpo de Minho, que voltava da cozinha agora.

— Jisung? — Minho murmurou segurando os braços do mais jovem para não deixar ele cair ou desequilibrar devido ao baque dos corpos, mas o soltou quando teve certeza que ele estava estável — Você não disse que não ia vir? O que você tá fazendo aqui? O Félix sabe que você tá aqui?

— Eu mudei de ideia... Eu te mandei uma mensagem, você não viu?

— Não.

— Hm, entendi. É, bom, o Félix tá dormindo agora então ele não sabe que eu saí do quarto.

— Entendi.

Eles se encararam no escuro, mesmo com dificuldade os olhos se encontraram, isso com a ajuda do único resquício de luz no ambiente, que vinha do poste do lado de fora da casa.

A atmosfera era quieta, o espaço aonde estavam parecia ter um ar rarefeito, pois ambos não conseguiam respirar bem.

Estavam nervosos com essa aproximação.

Minho se aproximou um pouco mais, incerto sobre o que fazer ou sobre o que falar naquele momento. Jisung estranhou a aproximação e limpou a garganta, pronto para acabar com aquele silêncio esquisito — e matar sua curiosidade também.

— Então, o que você queria comigo? Por que me mandou mensagem essa hora?

— Eu- — Minhou parou. Não sabia o que falar. Deveria falar a verdade, que ele iria se arrepender depois, ou uma mentira idiota, que ele também iria se arrepender depois? As duas opções eram péssimas, mas ele tomou coragem para dar uma resposta — Na verdade, eu quero uma coisa de você, por isso te chamei aqui, eu só não sei como executar.

Han ficou ainda mais confuso, seus parafusos se trombavam dentro da cabeça. Ele continuou olhando para o rosto do Lee, procurando alguma dica na expressão do mais velho, por mais que não a enxergasse corretamente.

E, pensando em fazer algo, deixando sua cabeça ir um pouco longe, Jisung queria muito colocar em prática o que ele tinha planejado com Changbin, mas tinha medo de qual seria a reação do outro.

Ele só queria uma coisinha...

Minho foi se aproximando cada vez mais, mesmo pensando em não fazer nada, queria aproveitar a aproximação anormal que estava tendo com o garoto, acabando por deixar Jisung cada vez mais nervoso com sua presença.

— Acho que você deveria vol-

Minho nem teve a chance de completar sua frase, o garoto ondulado à sua frente o beijou em um piscar de olhos, pegando ele desprevenido. Um simples colar de bocas foi feito por parte do mais novo, não passando de um selinho singelo, porém, Minho não deixou isso acabar só naquilo e envolveu aquele simples beijo em algo maior, mais caloroso.

Transformou aquilo em um beijo de verdade.

Ele não se conteve e puxou Jisung para mais perto, colando ainda mais os seus corpos, enquanto aproveitava para apertar com as duas mãos a cintura fina.

o pai do meu melhor amigo.Onde histórias criam vida. Descubra agora