Cap. 13: Negócios familiares.

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Serena e Clara estavam na sala de Serena, a luz da manhã entrando pelas janelas, enquanto a televisão pendurada na parede transmitia as notícias do dia

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Serena e Clara estavam na sala de Serena, a luz da manhã entrando pelas janelas, enquanto a televisão pendurada na parede transmitia as notícias do dia. O foco do momento era o trágico acidente que envolveu uma jovem e sua filha, cujos corpos foram encontrados carbonizados após o carro capotar e pegar fogo. Clara olhou para a tela com um sorriso sutil, se voltando para Serena com uma expressão que misturava admiração e incredulidade.

— Como a sua cabecinha diabólica conseguiu fazer isso? — Clara perguntou, cruzando os braços e encarando Serena, que permanecia séria.

Serena apenas deu de ombros, os olhos ainda fixos na TV por mais alguns segundos antes de finalmente responder, com uma calma fria em sua voz.

— Só precisei cobrar alguns favores. — Ela caminhou até a mesa, pegando uma caneta distraidamente. — Usei corpos não identificados. O fogo cuidou do resto. Nada que alguém possa identificar ou rastrear.

Clara riu, balançando a cabeça em um misto de fascínio e choque.

— Maldita. — Ela murmurou, com um sorriso largo nos lábios. — O que aconteceria se eles decidissem fazer algum teste nos corpos? Tipo, forense?

Serena soltou um suspiro, revirando os olhos levemente antes de olhar para Clara.

— Os corpos estão praticamente cremados. É impossível fazer qualquer teste útil. — Ela ergueu uma sobrancelha, quase desafiadora. — Lembra que eu sou formada em perícia forense, certo? Sei como isso funciona.

Clara soltou uma gargalhada, jogando-se no sofá da sala de Serena.

— Você é maldade pura, sabia? — Clara brincou, o tom carregado de humor negro, mas também de admiração pela precisão meticulosa de Serena.

— Alguém tem que ser. — Serena respondeu, sem qualquer emoção aparente, antes de se aproximar da janela, observando o movimento na rua abaixo. Ela sabia que estava sempre em risco, mas também sabia que estava sempre alguns passos à frente.

Nesse momento, Clara mudou de assunto, com uma expressão um pouco mais animada.

— Ah, falando nisso, você já está preparada para o baile beneficente da prefeita esta noite? — Ela perguntou, enquanto pegava o celular e começava a digitar algo. — Você sabe que temos que ir, né? Um evento de gala, todos os figurões da cidade vão estar lá. Inclusive os agentes do FBI que parecem estar em cima de você. Tem que ter cuidado. Essa noite você será apenas a promotora Serena Reid.

Serena virou-se lentamente, um sorriso de canto surgindo em seus lábios.

— Claro que estou pronta. — Ela caminhou em direção à porta. — Eu te vejo lá. Não se atrase.

 Não se atrase

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