Cap. 12: Negociação.

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Serena estava concentrada em sua tela, revisando os detalhes de um caso que havia sido complicado desde o início

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Serena estava concentrada em sua tela, revisando os detalhes de um caso que havia sido complicado desde o início. Cada vez que tentava se aprofundar nos documentos, a sensação incômoda de que algo estava para acontecer não a deixava em paz. Seus pensamentos foram interrompidos bruscamente quando Clara entrou na sala com a porta praticamente batendo contra a parede, os olhos fixos em Serena, e sua expressão levemente alterada.

— Você usou o seu próprio carro? — Clara praticamente gritou, o rosto vermelho de indignação.

Serena a olhou, confusa, e depois voltou sua atenção para o computador, tentando disfarçar a tensão crescente.

— Do que você está falando? — respondeu, de forma contida, mantendo sua calma habitual.

— O nojento do parque, Serena! — Clara avançou até a mesa de Serena, apoiando as mãos na superfície. — Você usou o seu próprio carro para sequestra-lo?

Serena suspirou, sem tirar os olhos do monitor.

— Eu não o sequestrei, Clara. Eu apenas lhe dei uma carona.

— Você só pode estar brincando! — Clara explodiu, batendo a mão na mesa. — Como depois de todos esses anos você ainda consegue fazer algo tão imbecil? Porra Serena!

Serena virou-se bruscamente, seus olhos se estreitando em alerta.

— Cuidado com a boca, Clara — ela respondeu, sua voz carregada de frieza. — O que aconteceu?

Clara bufou, seus lábios tremendo de raiva, antes de soltar a bomba.

— Dante me ligou. Eles conseguiram gravações do carro que o homem do parque entrou antes de ser assassinado! Eles viram seu carro, Serena!

Serena ficou em silêncio por alguns segundos, absorvendo as palavras de Clara. O nervosismo começou a subir por seu peito como um peso insuportável.

— Eles vão enviar agentes para a cafeteira — Clara continuou, a voz carregada de desespero. — Como você pode ter sido tão idiota a ponto de usar o seu próprio carro?

Serena sentiu o corpo tenso, a adrenalina começando a pulsar nas veias. Por mais que sempre tomasse todas as precauções, desta vez havia vacilado. Ela sabia que estava em apuros, mas se recusava a demonstrar qualquer sinal de fraqueza.

— O que vamos fazer agora, Serena? — Clara continuou, quase implorando por uma resposta. — A atendente do drive-thru viu você perfeitamente. Ela pode dar uma descrição sua e...

— Não. — Serena a cortou, levantando-se da cadeira de forma brusca. — Isso não vai acontecer.

Serena agarrou sua bolsa e caminhou rapidamente em direção à porta.

— Serena, o que você vai fazer? — Clara perguntou, agora mais apreensiva do que com raiva.

— Resolver. — foi tudo o que Serena disse, com uma frieza que enviou um arrepio pela espinha de Clara, antes de sair da sala com passos firmes.

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