92 capítulo

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Pov lisa

Acordo sentindo um frio pelo corpo inteiro, dolorida. Abro os olhos e vejo um quarto mofado e sujo, com manchas de sangue espalhadas pelas paredes. Não consigo acreditar que estou deitada em um dos quartos das vítimas… crianças morreram aqui. Olho para minhas mãos e vejo que estou com correntes nos pés e nas mãos, com pedaços de metal que as prendem. Sinto calafrios por todo o corpo; estou nua. Eu deveria ter matado esses filhos da puta, mas sei que se eu fizesse isso, seria ainda pior, não só para mim, mas para todos ao meu redor. Escuto a porta de metal se abrir e me assusto com o barulho.

— Olá, quem acordou? Se sente bem, Lalisa? — Taehyung aparece mascarado.

— O que é exatamente se sentir bem para você?

— Foder crianças. — Sinto vontade de vomitar com suas palavras.— Como é uma delícia, Lalisa.

— Eu tenho nojo de você, Taehyung. Deveria ter te matado.

— Felizmente, você não me matou, porque se o tivesse feito, seria ainda pior. Não só você, mas sua esposa, suas amigas e a Emily continuariam comigo.

— Mas como você continuaria comigo sendo que estaria morto, seu burro?

— É fácil. Minha equipe escolheria alguém pior que eu. Talvez eu saiba quem é.

— E quem seria?

— Rodrigo…

— Eu conheço esse nome.

— Talvez porque ele seja o seu cozinheiro. Lembra que ele simplesmente sumiu da sua cozinha? Pois ele está aqui, doidinho para te comer. Sabe uma coisa muito legal dele? Ele é canibal. Às vezes, ele some com algumas crianças para comê-las. Tem mais canibais por aqui, então ele cozinha especificamente para eles. — Eu tinha um traidor na minha própria casa… como deixei isso acontecer? — Você é muito burra, Lalisa. Tirou as câmeras, mas nunca imaginou que eu estava na sua casa o tempo todo. — Não consigo rebater suas palavras; não sei o que dizer. Ele estava me vigiando com alguém infiltrado na minha casa. — Hoje eu irei te poupar, mas amanhã não terei um pingo de dó da sua bucetinha. — Começo a rir das suas risadas.

— Eu aviso ou vocês descobrem? — Ele chega até mim e me dá um tapa no rosto.

— Cala a boca, vadia.

— "Vadia" para mim não é uma forma de ofensa, e sim um elogio. Você só está me encorajando a querer te matar, mas acho que te colocar em uma cadeia reforçada vai ser ainda melhor; chega a ser excitante. — Taehyung tira a máscara, revelando seu rosto. Seus cabelos são lisos e pretos, sua pele é morena e seus olhos, marrons. Ele me parece alguém. Ele dá um sorriso que me causa calafrios.

— Já experimentou a dor? Porque se você não sentiu… — Ele começa a chutar minhas costelas sem piedade. Não consigo me defender por causa das correntes que me prendem. Grito para ele parar, mas seus chutes ficam ainda mais fortes. Ele se agacha e me dá um soco na boca, afastando-se.

— Eu havia falado que você iria se arrepender de ter entrado no meu caminho, Lalisa. Agora irá sofrer as consequências. Antes de eu sair, tenho um comunicado para você: parabéns, sua filha ou seu filho morreu. — Ele sai do quarto, me deixando sozinha. Espero profundamente que seja mentira; não quero que Lana morra e tudo por minha causa. Estou pagando pelos meus pecados, por ter me envolvido nessa situação. Começo a chorar; não quero voltar para casa recebendo a notícia de que Lana morreu. Quero tanto ver minha filha nos meus braços. Por que isso está acontecendo comigo? Por que?!
Escuto a porta se abrir e vejo um homem branco, com cabelos pretos e olhos puxados. Me encolho, querendo me proteger.

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