NO DIA SEGUINTE, ME LEVANTEI CEDO E ME PREPAREI PARA IR À ESCOLA. Escolhi um conjunto confortável e casual, adequado para um dia de papelada e integração. O céu estava nublado e a chuva persistia, criando um cenário cinzento que parecia refletir minha própria sensação de expectativa misturada com incerteza.
Quando cheguei à escola, encontrei o escritório da administração facilmente e, após entregar todos os documentos necessários, fui recebida pela Sra. Peterson, que estava ocupada organizando papeis atrás de sua mesa.
— Olá! Aqui estão os documentos que precisava — disse, entregando uma pasta cheia de papeis.
— Obrigada, — respondeu a Sra. Peterson, olhando para os documentos antes de levantar o olhar para mim. — Você é a sexta pessoa que se transfere para a nossa escola este ano. Não sei o que trouxe tantas pessoas para essa cidade, mas espero que esteja tudo bem com você.
— A cidade não é muito movimentada? — perguntei, tentando manter a conversa leve e evitar um clima desconfortável.
— Ah, não muito, — confirmou a Sra. Peterson, balançando a cabeça. — Mas, por algum motivo, uma família bem estranha se mudou para cá no final do ano passado, e agora você chegou...
— Uma família estranha? — minha curiosidade foi instantaneamente aguçada.
— Sim, eles são realmente diferentes. Todos são muito pálidos, com olhos dourados que parecem até ouro derretido. O mais peculiar é que, embora todos pareçam semelhantes, são todos adotados. O casal, Carlisle e Esme Cullen, também tem uma aparência bastante única e todos eles compartilham dessas características.
— Nossa, isso é realmente curioso — comentei, tentando processar a informação.
— Sim, e o patriarca da família, Carlisle, é médico, enquanto Esme, a esposa dele, é arquiteta paisagista e tem sua própria construtora. Juntos, adotaram cinco crianças, e eles têm uma dinâmica bastante intrigante.
A conversa com a Sra. Peterson foi breve, mas foi o suficiente para despertar um interesse crescente em mim sobre essa família. Eu estava ansiosa para entender melhor quem eram os Cullens e o que poderia estar por trás de toda essa estranheza.
Após a conversa, saí do escritório e decidi explorar um pouco mais a escola antes de ir para casa. A escola tinha uma aura tranquila, com corredores decorados com fotos e trabalhos dos alunos. Enquanto caminhava, avistei uma sala de aula aberta com uma placa de “História Local” na porta. Decidi entrar e dar uma olhada.
Dentro da sala, encontrei uma pequena coleção de livros e artefatos relacionados à história de Forks. Havia também um mural com fotos antigas da cidade. Me aproximei do mural e comecei a examinar as imagens, esperando encontrar algo que pudesse ligar aos Cullens ou às lendas locais.
Uma das fotos chamava minha atenção: mostrava um grupo de pessoas em frente a uma casa antiga, e havia algo familiar nos rostos das pessoas. Uma jovem mulher com cabelos escuros e olhos intensos se destacava. Abaixo da foto, estava escrito "Família Denali - anos 60". Algo na imagem parecia se conectar com as descrições que eu havia ouvido sobre os Cullens.
Saí da sala de história com mais perguntas do que respostas e decidi que precisava de um tempo para refletir sobre tudo isso. Ao voltar para casa, percebi que o tempo estava começando a clarear um pouco, e a chuva havia diminuído para um leve chuvisco.
Dentro de casa, preparei um almoço simples e, enquanto comia, folheei novamente os diários e anotações de minha mãe. O que eu havia aprendido sobre vampiros e lendas parecia ganhar mais relevância agora, com a chegada dos Cullens. Eu estava determinada a descobrir mais sobre essas conexões.
À tarde, decidi visitar a biblioteca novamente para procurar informações sobre a família Denali e qualquer outra pista que pudesse relacionar aos Cullens. A biblioteca estava quase vazia, exceto por um grupo de estudantes fazendo uma pesquisa em grupo. Encontrei um livro sobre famílias influentes de Forks e, ao folheá-lo, encontrei uma seção sobre a história dos Denali e seus vínculos com os Cullens.
De volta à minha casa, a tarde foi preenchida com mais pesquisa e reflexões. Cada nova descoberta parecia adicionar uma nova camada ao mistério que eu estava começando a desbravar. O som da chuva caindo lá fora era uma constante companhia, mas não era mais uma distração; era um pano de fundo para a minha jornada de descoberta.
Enquanto me preparava para a noite, as palavras da Sra. Peterson e o que eu havia lido sobre os Cullens e os Denali ainda giravam em minha mente. Eu sabia que havia algo mais profundo por trás de tudo isso e estava determinada a descobrir o que realmente estava acontecendo em Forks.
Depois de revisar os livros sobre a história de Forks e os Denali, decidi que precisava de uma pausa. A mente estava cheia de informações e a chuva lá fora continuava a criar uma melancólica trilha sonora. Fui até a janela e olhei para o quintal. A luz do fim de tarde começava a iluminar suavemente o céu nublado, criando uma atmosfera mais tranquila.
Enquanto observava a chuva parar lentamente e as nuvens começaram a se dissipar, uma ideia surgiu. Decidi que precisava de um mapa local para ajudar a conectar os pontos que eu havia encontrado. Peguei o carro e fui até a loja de suprimentos do escritório da cidade. A loja tinha uma seção dedicada a mapas e eu rapidamente encontrei um mapa antigo de Forks e arredores.
De volta em casa, estudei o mapa com mais atenção. Marquei com um marcador algumas áreas de interesse, como a localização da escola, a biblioteca, e a casa dos Cullens. Pensei em como poderia fazer uma visita aos Cullens para entender melhor sua história e como ela se encaixava nas lendas e mistérios que eu estava descobrindo.
Enquanto a noite caía e a chuva recomeçava, decidi preparar um jantar leve. O processo de cozinhar e ouvir o som da chuva me ajudava a clarear a mente. Durante o jantar, os pensamentos sobre a família Cullen e suas peculiaridades continuavam a intrigar-me. Eu me perguntava sobre a verdadeira natureza deles e como se relacionavam com as visões que tinha.
Depois de comer, decidi começar a escrever no meu diário. Era uma maneira de organizar meus pensamentos e registrar minhas descobertas. Escrevi sobre a conversa com a Sra. Peterson, o que aprendi sobre os Cullens e os Denali, e como tudo isso parece se entrelaçar com os mistérios das lendas locais.
Enquanto escrevia, o cansaço começou a se instalar. Fechei o diário e me preparei para dormir, tentando afastar as preocupações e dúvidas que ainda rondavam minha mente. Antes de apagar as luzes, olhei para o céu através da janela e vi a lua surgindo, um lembrete tranquilo de que, apesar de toda a confusão, a beleza ainda estava presente.
Deitei-me na cama, sentindo a calma da noite envolver-me, e deixei que o sono finalmente me envolvesse. Sabia que, no dia seguinte, a busca por respostas continuaria e que a cidade de Forks ainda tinha muitos segredos a revelar.
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Enigmas De Forks (Twilight/Crepúsculo)
FanficFreya Merion, uma jovem órfã e emancipada, se muda para a sombria e chuvosa cidade de Forks após a misteriosa morte de seus pais. Com uma vida tranquila garantida por um investimento herdado, Freya enfrenta o desafio de se adaptar a uma nova cidade...