Agulha.

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Se meu cartão recusasse na terapia, a terapeuta não ia trazer uma pessoa.  Ela ia trazer uma agulha, examinar meu sangue e me mostrar que eu tenho o mesmo DNA dos meus pais. 23 cromossomos recebidos de minha mãe, à quem eu herdei meu medo de fugir e 23 recebidos do meu pai, à quem eu herdei minha raiva incessante. Esse sangue me fez e eu não posso mudar-me.

Eu não posso voltar no tempo e fazer eles controlarem a raiva. Não é como maquiagem. Eu odeio meu nariz então eu contorno ele. Eu uso bronzeador para que eu não fique muito pálida. Não é uma coisa externa, como meu cabelo, que eu aliso para que não fique bagunçado, eu não posso cortar minhas veias, ou mudar meu DNA.

Mas seu cartão não precisa ser recusado na terapia para isso.

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Na escola, eu tinha poucos amigos, mas uma melhor amiga desde que me conheço por gente.

Emma Vedder é a pessoa mais legal que eu conheço. Ela ama ler, filmes antigo e sair para acampar no meio da semana. Seus pais eram a família perfeita, ricos e felizes, por isso isso que eu passava a maioria do tempo lá. Para escapar. Os Vedder eram a família mais rica da cidade, o que me garantia convite para festas e sentar na mesa dos "populares", Emma era minha salvadora, já que se eu não tivesse sua amizade eu não seria ninguém. Nós duas éramos geeks, mas éramos conhecidas por causa do pai de Emma, que empregava praticamente os pais de todo mundo da escola.

Na escola, eu sou praticamente uma arma acadêmica. Sempre manti notas boas, já que estudar era meu único refúgio contra tudo. Eu queria ser diferente dos meus pais, que saíram da escola pra me criar. Eu seria a melhor, se não fosse pelo Henry Horan.

Henry Horan o, menino mais insuportavelmente inteligente da minha sala. Talvez da escola. Ele não precisa estudar para nada, já que seu cérebro é uma usina de conhecimento. Eu sabia tudo sobre ele, sabia que ele tinha dois anéis, que sempre usava, escritos suas iniciais, H.H.
Sabia que seu pai era advogado e que sua família toda também, então tinha uma pressão sobre. Eu não sabia se ele realmente queria isso, geralmente nunca falo com ele. Ele só tem

Eu não diria que eu sou inteligente; sou apenas esforçada. Estudo sem parar todos os dias. Mas Henry não. Seu cérebro era uma coisa incrível. E isso me irritava, por que ele achava que era tudo um jogo. Eu realmente me dedicava aos estudos, e ele fazia tudo tão fácil, por isso ele era meu rival.

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-Kayleigh Amstutz.

Para que serve a minha vida e o que vou fazer com ela? Não sei se sinto medo. Não posso ler todos os livros que quero; não posso ser todas as pessoas que quero e viver todas as vidas que quero. E por que eu quero? Quero viver e sentir as nuances, os tons e as variações das experiências físicas e...

-Kayleigh Amstutz?

-Kayleigh-Emma cochicha e me desperta do meu transe e eu respondo a chamada.

-Kayleigh Amstutz, por acaso a senhorita está divagando na minha aula?-O pior professor, Nathaniel, me pergunta.

- Não, senhor.

-Kayleigh, seu objetivo é ficar na detenção por 1 hora?

-Não, senhor

-Então acho melhor você se concentrar-Eu conseguia sentir os amigos idiotas do Henry rindo de mim atrás da sala.

-Então turma, todos fizeram o dever de casa que eu passei semana passada? Estarei olhando.

Merdamerdamerdamerdamerdamerdamerda. Eu vou ficar na detenção.

-Amstutz? Você fez?-Nathaniel olha pra mim com um olhar de triunfo, como se a missão de vida dele fosse me afundar.

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Chego naquela sala que não era um ambiente totalmente novo para mim, e vejo Henry sentado no fundo. Meu celular vibra e vejo uma notificação.

Henry da aula de matemática

Não sabia que a perfeita Kayleigh Amstutz pegava detenção

Olho para trás e vejo Henry encarando o celular, esperando minha resposta. Ele me manda outra mensagem.

Esse lugar tá um saco, tenho um plano

Quê?

Coloquei laxante no café do professor, agora é só esperar

Fiquei um pouco confusa com o bate-papo aleatório, já que ele não era próximo meu, mas segui o rumo da conversa.

Não sabia que você fazia esse tipo de coisa, isso não vai dar errado?

Não se não formos pegos 😉
Aguarde minha mensagem

Guardei meu celular e esperei a mágica acontecer. Uns 10 minutos depois, Henry pede para ir ao banheiro.

Agora é só esperar, me fala quando ele sair daí

Não demora muito até o paxante fazer efeito e o professor se ausenta da sala. Aviso Henry e ele fala para eu sair pela janela, e encontrar ele no refeitório, o que eu faço já que essa escola não tem câmeras.

Vou pro refeitório e encontro Henry saindo pela janela.

- Oi, o que você fez com ele?- perguntei enquanto ele ajeitava as mechas loiras caindo em seus olhos (que por sinal, estavam mais hidratadas que as minhas).

- Então- ele começou seu discurso como se fosse um vilão animado com seu plano - esse professor vive enchendo meu saco, então a raiva já era de antes. Quando descobri que ele estava encarregado da detenção, pedi um "contato" meu - ele abriu aspas com as mãos - para ir na farmácia comprar alguns laxantes.

- Isso é tão coisa de filme.

- Coloquei os laxantes no café dele e esperei fazer efeito. Quando deu a hora, fui no banheiro e me tranquei lá, para ele não conseguir abrir a porta e escrementar na roupa.

- Você é mau - ri.

- Então, vamos sair daqui?

- Agora.

Enquanto corremos pela porta de trás da escola, penso que isso deve ser a coisa mais perigosa que eu já fiz na escola minha vida toda. Isso é legal.

- A gente correndo aqui me lembra aquele filme - falo em meio aos passos. -  10 coisas que eu odeio sobre você.

- Que filme é esse?

- Deixa. Você não pegou a referência - Lembro que ele não é tão obcecado com romance quanto eu.

The secret of usWhere stories live. Discover now