Com Todos os Medos 🩸

A Pureza do Amor

São Paulo, Brasil, 25 de março de 2024, 08h30.

~Narradora's Pov:

Eram 08h30 da manhã quando Victória abriu os olhos. Percorreu uma breve trilha em sua memória para se lembrar da noite passada, meio confusa. Entende onde estava e com quem estava ao ver as roupas jogadas pelo chão da sala. "Então não foi sonho. Realmente aconteceu, sem ser ilusão da minha cabeça".

Quando abre melhor os olhos, vê os dedos de sua mão esquerda entrelaçados com os do homem enorme atrás dela, dormindo tão pesado que chegava a roncar um pouco. Fazia o braço forte de travesseiro, e se aconchegou ainda mais junto ao corpo de Gianlucca. A moça sentia toda a calma e segurança que emanava do corpo do mais velho, e estava prestes a dormir de novo.

É quando sente beijos em seu pescoço, fazendo com que sorrisse. Sobe a mão direita até os cabelos de seu marido, fazendo carinho. Virou-se para o rapaz, deixando um beijo bem demorado e completamente apaixonado nos lábios de Gian.

- Oi... – ela o cumprimenta, sorrindo quando ele a beija novamente.

- Oi, princesa. Como passou a noite?

Ela sabe que é uma daquelas perguntas onde ele a provoca. Deitou-se com as costas no colchão, ajeitando os cabelos ondulados no travesseiro, enquanto ele apoiava o peso do corpo no cotovelo esquerdo, lhe observando.

- Dormi maravilhosamente bem. Melhor ainda por ter você ao meu lado.

- Bom saber – beija a testa da morena – Eu amei cada segundo de ontem.

O sussurro em seu ouvido fez Victória travar e corar violentamente. Aquela noite de amor foi memorável para a moça, já que considerou esse momento como algo mágico e encantador. Os braços de Gian se tornaram seu porto-seguro.

- Eu não tiro você da cabeça – ele confessa, fazendo Victória sorrir tímida.

- Ah é? – pergunta, e dessa vez ele trava.

Há algo em Victória que ele não sabe dizer o que é, mas que o deixa completamente louco. Ela facilmente o seduz com o jogo de manha. Joga charme, o olha no fundo dos olhos com doçura e sua voz carrega sutileza. E ela sabe perfeitamente o que causa nele, e por isso gosta de deixá-lo desse jeito: bobo.

- Que foi, sr. Mauad? Perdeu alguma coisa em mim?

- Eu me perdi em você, sra. Mauad.

Ela dá um sorriso sincero, e logo sente os lábios do marido tomarem os seus calmamente. As manhãs de ambos têm todo o potencial para serem desse jeito: felizes e aconchegantes. Gianlucca faz de tudo por ela, afinal, ele é uma boa mistura de árabes e italianos. Os homens árabes quando se apaixonam fazem qualquer coisa por sua mulher, e os italianos são bem expressivos no amor.

Ele a ama.

E tem total consciência de seus sentimentos.

O beijo dele era viciante. Victória sabia que tentar sair do colchão ia ser guerra vencida, mas até tentou quando se separaram. O problema foi que Gian a puxou de volta para o colchão com facilidade, assim que sentou. Ela gargalha, tentando novamente e incorrendo na mesma consequência.

- Gianlucca, eu preciso sair! Alguém pode nos ver aqui.

- Não precisa não. Eu mandei todo mundo não passar do hall de entrada e não virar à esquerda. Ninguém vai ver ninguém.

Não demora para que ele fique sobre seu corpo, fazendo com que a moça parasse de rir.

- É sério, amor.