Segundo Capitulo
Harry continuou olhando para o rosto do professor enquanto ele dormia, ele havia desacordado enquanto Harry se alimentava dele, não havia percebido o quanto de sangue já havia tomado, até sentir o professor ficar mole em seus braços, fazendo ele parar para segurar Snape direito.
Ele levou as mãos ao rosto, sem acreditar naquilo, havia ficado duro enquanto sugava Snape, o som baixo que deixou os lábios do professor enquanto o sugava havia ido direto para o meio de suas pernas, Harry nunca havia sentido tanta vontade de foder alguém igual aquele momento.
Mas ainda era Snape, maldito professor Severus Snape. Enquanto voltava a olhar para o homem em sua cama, Harry se perguntou se era possível transformar todo aquele ódio em desejo. Não tinha problemas com a aparência dele, não como tinha a alguns anos atras, Snape era agradável, mais ainda era um saco.
Ele balançou a cabeça e ergueu os olhos quando ouviu os passos na frente da casa.
Deixou o quarto em silencio fechando a porta e jogando um feitiço de privacidade na porta ele desceu as escadas devagar, sentindo o cheiro de cachorro. Harry fez uma careta e parou no topo da escada, vendo seu padrinho cansado ao fim dela.
- Você está bem? – Harry perguntou e Sirius apenas balançou a cabeça, ele olhou para Harry e sorriu.
- Parece bem melhor. – Sirius comentou enquanto se dirigia a cozinha.
- Snape ainda está aqui, dormindo no meu quarto – Falou e Sirius pareceu ficar tenso, ele baixou os ombros. – Obrigado.
- Vocês dois... – Black fez uma careta ao imaginar, ele olhou com desespero para o afilhado, vendo o olhar relaxado. – Aquele merda...
- Eu não dormi com o seu afilhado, Black. – Harry olhou para trás, o professor parecia bem melhor. – Eu só fiquei muito fraco.
- Claro. – Sirius resmungou algo sobre velhos tarados e seu afilhado.
Harry empurrou Sirius para a mesa, enquanto tomava o lugar dele para preparar o café da manhã, um silencio estranho se instalou na cozinha.
- Eu preciso de acesso a biblioteca – Harry comentou depois de um tempo, Sirius o olhou.
- Você tem acesso a biblioteca...
- A parte restrita – Falou e o Black apenas concordou, olhando para as costas do garoto. – Quero estudar um pouco sobre o meu... problema.
- Achei que com sua ignorância grifinoria, não iria ler nada sobre o assunto – Severus comentou em um tom de descaso. – Estou surpreso.
Harry decidiu ignorar enquanto colocava o café da manhã na mesa, empurrando as canecas de chá para os dois. Ele puxou a própria, enquanto assoprava, se encostou na pia, ainda em pé, seus olhos foram para Severus olhando para a marca que havia deixado em seu pescoço, Harry sentiu uma presunção daquilo.
Seus olhos se encontraram com os de Snape, eles ficaram naquilo, vendo quem desviaria primeiro e os dois desviaram ao mesmo tempo, quando Sirius se levantou.
- Vou dormir um pouco, e tomar banho para tirar esse cheiro de... – Sirius parou e olhou para o pequeno, não mais pequeno, Prongs, Harry sentiu um aperto.
- Descanse Pad.
Harry manteve os olhos nele até que saísse da cozinha. Sirius parecia extremamente cansado, não tinha mais aquela alegria de quando o encontrou, e parecia que tudo começou a fugir do controle desde a batalha no ministério. A experiência de quase morte e então os vampiros atacando Hogwarts justo na noite que Sirius saiu para ficar com Remus.
- Ele precisa de ajuda psicológica. – Severus falou baixo, e Harry o olhou.
- Eu sei... só que... – Harry mordeu o lábio.
- Então o convença, antes que ele quebre de vez
Harry ficou em silencio, sabia que Snape estava certo, precisava ajudar Sirius, não podia deixar ele pior do que já estava, sabia o quanto seu padrinho estava se esforçando por ele, e a única coisa que Harry fazia era ficar se negando a se alimentar e agindo feito um adolescente idiota.
- Vou voltar para Hogwarts. – Severus falou se levantando, Harry o olhou. – Potter... volto em dois dias.
- Obrigado professor.
Severus não disse nada apenas fez um leve movimento com a cabeça e seguiu para a sala, Harry ouviu o sussurro e então o som do flu, o silencio se seguiu pela casa e Harry se sentiu vazio.
Seus passos calmos e despretensiosos o levaram mais uma vez até o quarto de Regulus, aquilo o deixava confuso, mas mais uma vez se deixou entrar, seus olhos se fecharam quando o cheiro o invadiu novamente, Harry fechou a porta atras dele e caminhou até a cama.
Contra todas os avisos e seu bom senso, Harry se viu deitado na cama, o rosto no travesseiro, o cheiro que ele tinha quase certeza ser de Regulus Black estava forte ali ainda, ele balançou a cabeça confuso.
Depois de todo aqueles anos, não era para ter nada além do cheiro de um quarto fechado, não o cheiro do Sonserino, tão forte. Ele imaginou que a casa havia preservado aquele quarto a longo de todos aqueles anos, esperando seu verdadeiro dono voltar.
Harry sentiu sua mente apagar, enquanto ainda apertava o travesseiro com o cheiro forte. Havia algo de errado com ele, havia algo de muito errado a meses, mas... ele se sentiu ridículo por se sentir atraído pelo cheiro de um cara morto.
Morto, morto pelos malditos inferis.
Harry se sentou, olhando para a porta, ele saiu de lá, precisava pesquisar sobre vampiros mágicos e não podia continuar evitando aquilo. Havia tantas perguntas, sobre o porquê Severus parecia atraído para ele de repente, ou sobre porque o cheiro de Regulus estava deixando-o tão, extasiado.
Harry deu um pequeno sorriso, quando conseguiu passar para a área restrita da biblioteca. Os livros ali pareciam emanar magia negra, ele passou os dedos sentindo-se reconfortado com aquilo, ele parou procurando devagar pelos livros sobre criaturas magicas, então criaturas das trevas. Ele parou em um sobre vampiros mágicos e sorriu. Sabia o quanto aquela biblioteca era bem abastecida com conhecimento.
Não é à toa que Hermione sempre ficava trancada aqui dentro quando vinha para cá.
Enquanto lia o livro, Harry foi sentindo-se afundar cada vez mais, até seus olhos se arregalarem ao parar em uma parte bem grifada.
Veneno viciante.
Isso com certeza explicava.
...
Então???
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Veneno
VampireHarry perdeu mais do que a vida naquela noite em Hogwarts. Um vazio incompreensível, a mente silenciosa e os pesadelos acabaram. Ele estava finalmente livre da influência de Voldemort? Mas essa é a menor das preocupações, uma vez que havia sido m...